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Saúde

Enquanto diversos países seguem vacinando seu povo, Brasil não deverá vacinar antes de fevereiro

É o que afirma a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo.

E Bolsonaro tem a coragem de dizer, “não estou nem aí pra isso”.

Embora vários países no mundo já estejam vacinando contra a Covid-19, o Brasil não deve fazer parte dessa lista tão cedo. A avaliação é da Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25).

Para Margareth, o Brasil não fez negociações no timing adequado, quando outros países já estavam tendo conversas com os fabricantes das vacinas.

“A Anvisa só pode registrar um produto que tenha registro em seu país de origem e nenhuma das duas avançadas no Brasil, que são a da Sinovac e da AstraZeneca, têm”, afirma. “Então, elas não poderiam ser utilizadas para vacinar a população brasileira, explica.

Segundo ela, há seis meses, que foi a época em que os estudos de fase 3 começaram, era necessário uma coordenação mais harmônica e centralizada do governo federal, mas com a anuência e parceria da comunidade acadêmica.

“Isso não aconteceu realisticamente, a impressão que nós temos é que antes de fevereiro ninguém deve ser vacinado no Brasil”, prevê.

Com isso, o contágio no Brasil pode levar mais tempo para ser freado, analisa a pesquisadora

 

*Com informações da CNN

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Jornalista revela que Reino Unido fez lobby com Bolsonaro antes de ele ser eleito presidente

Os contatos privados do governo britânico com o atual presidente do Brasil podem explicar o porquê da vacina britânica contra a COVID-19, da AstraZeneca, ser prioridade para o governo sul-americano, conta jornalista investigativo à Sputnik.

O governo britânico teria secretamente feito lobby com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em nome dos interesses de grandes corporações britânicas, mesmo antes dele ter sido eleito para a Presidência em 2018, segundo documentos obtidos pelo site de notícias independentes Brasil Wire.

John McEvoy, jornalista investigativo, explicou à Sputnik a importância de suas descobertas, conforme descrito em seu artigo “‘Strategic Partners’: Britain’s secret lobbying of Bolsonaro for Big Pharma, Oil and Mining” (“‘Parceiros estratégicos’: lobby secreto britânico de Bolsonaro por grande farmacêutica, petróleo e mineração”).

Sputnik: Explique o que você e seus colegas encontraram em relação a esses documentos que mostram o lobby pré-eleitoral de Jair Bolsonaro pelo governo do Reino Unido?

John McEvoy: Descobrimos que o governo britânico estava secretamente fazendo lobby para o candidato Jair Bolsonaro antes da eleição presidencial de 2018. O então embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan, convidou Bolsonaro para uma reunião privada na residência pessoal de Rangarajan com os “parceiros estratégicos” britânicos no Brasil. Esses “parceiros estratégicos” são uma lista das principais corporações britânicas – BP, Shell, AstraZeneca, Anglo-American e outras. Também temos detalhes de mais reuniões entre Bolsonaro e representantes britânicos antes, durante e depois da campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro conduziu abusos dos direitos humanos consideráveis e uma resposta desastrosa à COVID-19, logo é importante saber qual o papel britânico neste país.

Sputnik: Não é normal os governos fazerem lobby entre si?

John McEvoy: Sim, é normal – parte da missão do Escritório de Relações Internacionais, Comunidade e Desenvolvimento (FCDO, na sigla em inglês) é proteger e apoiar as empresas britânicas no exterior. Porém, Jair Bolsonaro – um homem que pediu o retorno de uma ditadura ao Brasil e que se expressa abertamente em seu ódio pelas comunidades indígenas brasileiras – não é normal. Nesse contexto, estava bem claro, em junho de 2018, que suporte da BP ou da Shell, por exemplo, no Brasil poderia implicar a expansão para territórios indígenas, abusos dos direitos humanos, e venda de recursos soberanos do Brasil. Agora, também vimos a resposta desastrosa de Bolsonaro à COVID-19. Ele colocou quase todas as esperanças do Brasil na vacina AstraZeneca, recusando-se a fazer pedidos de outras opções mais viáveis. Quase 200 mil brasileiros morreram de COVID-19, e vale a pena questionar se os esforços de lobby britânicos contribuíram para essa política desastrosa.

Sputnik: Qual é a importância, se houver, do fato de que esses esforços de lobby começaram antes de Bolsonaro ser eleito?

John McEvoy: Acho importante obter detalhes de toda e qualquer comunicação britânica com Bolsonaro […], mas também é importante que essa comunicação tenha ocorrido antes das eleições, dado o longo e conhecido histórico de interferências britânicas em eleições estrangeiras. Se Bolsonaro se recusasse a jogar com o capital britânico, teria de se preocupar com o Reino Unido apoiando secretamente outro candidato?

Sputnik: Existem exemplos do governo brasileiro favorecendo os interesses comerciais do Reino Unido em detrimento dos seus próprios interesses por causa desse lobby?

John McEvoy: A confiança de Bolsonaro na vacina AstraZeneca foi descrita como “absurda” e “perigosamente homicida”. Este é, talvez, o exemplo mais presciente, mas a BP, a Shell e a Anglo-American também expandiram a sua presença no Brasil. Bolsonaro supervisionou com eficácia uma venda incerta dos recursos naturais do Brasil, e essas empresas de mineração britânicas estão entre as que mais lucraram.

Sputnik: De onde vieram esses documentos?

John McEvoy: Estivemos em uma batalha prolongada pela liberdade de informação com o FCDO no ano passado. Aos poucos, estamos obtendo mais e mais detalhes das relações britânicas com Bolsonaro antes, durante e depois da eleição presidencial extremamente polêmica de 2018 no Brasil. Foi, efetivamente, o produto de um golpe lento – o Partido dos Trabalhadores, que melhorou a vida dos pobres do Brasil em basicamente todas as medidas socioeconômicas que você possa imaginar, teve um candidato destituído e outro, o principal candidato às eleições, preso por motivos totalmente duvidosos.

*Do Sputnik

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Bolsonaro cria grupo que concentra decisão de vacina contra Covid-19 no governo federal

Criação de grupo com representantes dos Ministérios ocorre após suspensão da vacina de Oxford e avanço de vacinas russa e chinesa.

Após o anúncio da paralisação dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, o governo federal poderia estimular o avanço das vacinas chinesa e russa no Brasil. Entretanto, o grupo criado nesta quinta-feira (10) para tomar essa decisão não conta com representantes da sociedade civil e acadêmicos, e sim por 19 pessoas, 18 delas integrantes dos Ministérios do governo Bolsonaro.

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) a criação do grupo de trabalho, sob o comando do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que será responsável por “coordenar as ações governamentais relativas à aquisição, ao registro, à produção e à distribuição de vacina(s) com qualidade, eficácia e segurança comprovadas”.

Pese o avanço do desenvolvimento das vacinas da chinesa Coronavac, pelo Instituto Butantã, e a russa Sputnik, pelo Instituto de Tecnologia do Paraná, o governo concentrará este poder de decisão sobre o registro e aquisição das vacinas no Brasil no grupo criado.

Trecho da resolução publicada no DOU estabelece que o coordenador do grupo de trabalho, que é o Ministério da Saúde, “poderá convidar agentes públicos, especialistas e pesquisadores de instituições públicas e privadas para participar de suas reuniões”, mas “sem direito a voto”.

A medida ocorre dias após a farmacêutica AstraZeneca anunciar a paralisação nos testes da vacina, que estavam sendo feitos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nos voluntários brasileiros, por conta de uma reação adversa verificada em um dos pacientes.

Nesta quarta (09), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho, afirmou que o contrato do governo federal com a AstraZeneca não sofrerá alteração

Paralela à de Oxford, principal aposta do governo Bolsonaro, outros quatro estudos clínicos de vacinas estão sendo feitos no Brasil. Três deles eram reconhecidos pelo governo federal, incluindo a chinesa desenvolvida pela Sinovac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan, a das farmacêuticas alemã e norte-americana BioNTech e Pfizer, e a da Johnson & Johnson.

Já a vacina russa, que já apresentou resposta imune e planeja obter a autorização da Anvisa para iniciar os testes no Paraná até o final deste mês, vem sendo ignorada pelo governo.

E, para além dos testes, caberá a este grupo de trabalho determinar quais vacinas serão adquiridas, registradas, produzidas e distribuídas no Brasil, concentrando a “estratégia nacional de imunização voluntária”, descreve a medida publicada no DOU.

Os integrantes do grupo de trabalho são 3 da Casa Civil, 3 do Ministério da Defesa, 3 do Ministério das Relações Exteriores, 1 do Ministério da Economia, 4 do Ministério da Saúde, 1 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, 1 do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 1 da Controladoria-Geral da União, 1 da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, 2 da Secretaria de Governo, e somente 1 da Anvisa.

Abaixo, confira a Resolução:

 

*Com informações do GGN