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Musk ameaça Lula e diz que buscará apreender ativos do governo brasileiro

O ataque repercutiu no Palácio do Planalto, no Itamaraty e entre ministros da Corte.

O empresário Elon Musk, dono da rede social X, fez uma ameaça ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (2), após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar a suspensão da plataforma no Brasil. Segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o bilionário declarou que pretende apreender ativos do governo brasileiro caso o país não devolva propriedades confiscadas do X e da SpaceX.

“A não ser que o governo brasileiro devolva propriedades ilegalmente apreendidas do X e do SpaceX, nós vamos buscar reciprocidade na apreensão de ativos do governo também. Espero que Lula goste de voos comerciais”, escreveu Musk no X. A publicação foi um comentário a outro post sobre a apreensão do avião do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

A ameaça de Musk repercutiu no Palácio do Planalto, no Itamaraty e entre ministros do STF. A interpretação predominante é que o empresário estaria tentando vincular uma decisão judicial do STF ao governo brasileiro, apesar da separação de Poderes.

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Governo quer mecanismo que obrigue Petrobras a vender ativos, incluindo refinarias

Proposta estaria atrelada à privatização, defendida pelo MME como saída para ampliar competição.

O governo avalia incluir no projeto de lei da privatização da Petrobras um mecanismo para obrigar a companhia a se desfazer de uma lista de ativos, incluindo refinarias, informaram à Folha integrantes do governo envolvidos nas discussões, segundo a Folha.

Na visão de defensores da medida o setor é hoje excessivamente concentrado nas mãos da empresa, o que dá a ela poder de mercado suficiente para influenciar os preços e manter margens de lucro elevadas —ponto que tem sido ressaltado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas críticas à companhia.

A aposta dessa ala do governo é que uma maior competição no mercado de óleo e gás pode ajudar a reduzir os preços de combustíveis no médio e longo prazo.

A Petrobras chegou a assinar em 2019 um acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para vender 8 de suas 13 refinarias, mas a empresa até agora se desfez de apenas uma instalação —ritmo considerado indesejável e insuficiente por integrantes do governo.

A proposta em discussão daria ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) o poder de definir diretrizes para promoção da livre concorrência na indústria do petróleo e gás natural, o que incluiria a possibilidade de indicar os ativos a serem vendidos integralmente pela Petrobras.

O colegiado tem como membros efetivos dez ministros de Estado, entre eles os de Minas e Energia, da Economia, da Casa Civil e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), além do secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e do presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

O CNPE também poderia definir o prazo máximo para a conclusão das operações, bem como critérios a serem preenchidos pelos compradores para que haja ampliação efetiva da concorrência.

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