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“Se fizer a reforma, o país quebra”, diz Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida

Maria Lúcia Fattorelli, Coordenadora da Auditoria Cidadã da Divida foi enfática ao dizer que, se a reforma da Previdência sair, o Brasil quebra.

Ela vem afirmando o oposto que diz o governo e economistas sobre a reforma. Fundamentada em cálculos e estatísticas objetivas, a auditora traz argumentos firmes que desmentem a propaganda intensa e mentirosa feita pelo governo de que os pobres pagarão menos ou mesmo que os militares ficarão de fora.

Em entrevista concedida por Maria Lúcia ao DCM, ela esclarece que:

“O principal objetivo dessa reforma é introduzir um sistema de capitalização numa modalidade muito específica em que só o trabalhador contribui para uma conta individual e que não exige que as empresas participem. A participação patronal é colocada na PEC como uma ‘possibilidade’. É claro que essa possibilidade não vai acontecer porque se uma empresa contratar só pela capitalização o custo dela vai ser mais baixo. Até por uma questão concorrencial nenhuma empresa vai ser boazinha, pois o produto fica mais caro. O projeto ainda proíbe a participação governamental. Ou seja, é uma conta individual. Considerando a vantagem que trará para as empresas, todas as vagas que forem abertas colocarão essa condição de contratação. Diante dessa crise fabricada pelo Banco Central, o trabalhador vai aceitar a proposta da vaga com opção pela capitalização. A partir daí não tem volta, terá que se aposentar na modalidade capitalização”.

“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual”.

A auditora diz ainda que são aproximadamente 60 milhões de brasileiros trabalhando na informalidade ou desempregados, sim, o número é este mesmo. e citou como exemplo, o Chile onde tem um contingente muito menor de trabalhadores e o custo dessa transição foi de 136% do PIB, estamos falando de mais de R$ 9 trilhões. Quem vai pagar essa conta? Ela é impagável. No Chile, esse modelo deu totalmente errado. Por isso afirmo que, ao contrário do que o governo diz, se aprovar a reforma da Previdência, O Brasil quebra.