Quando Bolsonaro caiu, a Jovem Pan desabou

Verdade seja dita, não sejamos ingênuos. Além da Jovem Pan ser extremamente agradecida a Bolsonaro, por ser promovida por ele e ainda levar uma boa verba da Secom, durante quatro anos, outros cabotinistas que emburacaram nesse mesmo teatro, agora, encontram-se fora do cartão postal do poder e, consequentemente amargam uma magreza mais magra que seus princípios.

A história que está  rolando nas redes é a de que a Jovem Pan, hoje, cheira a defunto. A repimpada máquina de propaganda do bolsonarismo, sabiamente atrelou-se ao que existiu de mais vil no governo miliciano de Bolsonaro.

Nessa maré de frenesi a favor, os relinchados de gargantas, como Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Ana Paula do Vôlei, foram descartados pela emissora.

Agora, os antigos oradores do fascismo nativo seguem seus arroubos de eloquência para ninguém em seus canais pessoais, mostrando que, quem concedeu o cartaz desse teatro de horrores, foi Bolsonaro.

Ou Seja, a Jovem Pan e seus asseclas se serviram muito mais de Bolsonaro do que este deles. Eles colheram a glorificação do fascismo que tem tara por morte, violência ou algo que o valha.

Nesse momento, essa parcela da sociedade, depois da derrota de Bolsonaro para Lula, está vestida de morta, num silêncio de arrombar os tímpanos. Partiu em fuga espinoteada, como o próprio Bolsonaro.

Daquela Jovem Pan não sobrou sequer a nostalgia. Os derrotados não promovem lembranças saudosas. De costume, o que se vê é que o próprio derrotado prefere ser esquecido do que ser lembrado por sua derrota. Mesmo que tenha todo um arsenal midiático nas mãos, sabe que uma audiência não se faz com autopublicidade, administrando uma empresa de comunicação na base da sobrevivência.

Isso tem uma grandiosa significação, a de se descobrir que a mídia precisa mais da mídia do que o próprio beneficiado por ela. Daí que, hoje, os horizontes da Jovem Pan, assim como as bestas que se serviam dela, nunca passou de uma grande mentira midiática, que dependia basicamente de uma legião de diabos que seguia Bolsonaro para onde esse morcego se emburacava.

Hoje, ninguém nota mais a programação da Jovem Pan, porque, com a derrota de Bolsonaro, desde então, nunca mais houve barulho animado na emissora que não se encontra mais em terra firme, ao contrário, está na beira do barranco amargando a bancarrota com a fuga dos anunciantes.

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Bolsonaro assume incompetência para governar: “Não dá para ir além do que estamos fazendo”

Bolsonaro disse hoje que ele e sua equipe ministerial estão trabalhando “há semanas” para minimizar os efeitos do novo coronavírus no país, destacando que não há como ir além do que já está sendo feito.

E o que está sendo feito além de beneficiar os ricos na pandemia? Nada!

Se nada foi feito pela imensa maior parte da população, que são os mais pobres, nada continuará sendo feito por esse governo genocida.

Bolsonaro disse que os empregos estão sendo “exterminados” e que o governo não pode levar o pânico à população quando o próprio Ministro da Saúde de seu governo pede diuturnamente que ninguém saia de casa.

Afinal, quem está governando?

A MP publicada por Bolsonaro flexibiliza ainda mais a CLT. E o cínico diz que é uma maneira de preservar empregos.

O fato é que Bolsonaro consegue criar uma epidemia de desempregos dentro da pandemia do coronavírus.

Certamente, é o único presidente no mundo com uma atitude tão descarada contra o seu povo para defender os interesses do grande capital.

Empresários que apoiam esta MP criminosa só se esquecem que, sem ter como consumir por falta de salário, eles vão à bancarrota muito mais rápido.

Bolsonaro, com essa medida, quer forçar com os trabalhadores a voltarem a trabalhar impondo uma produção que não terá demanda correspondente, o que levará o país a ter muito mais mortes e muito mais empresas quebradas.

Para Bolsonaro, nada é tão ruim ou letal que não possa ser pior e mais assassino.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas