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Vídeo: A emocionante revelação de Thelminha (BBB) a Lula de como se formou em médica pelo Prouni

Essa manifestação do 07 de setembro que está arrastando pessoas ricas e que se hospedam nos hotéis mais caros do Brasil, em Brasília, não é exatamente o livre exercício de cidadania ou mesmo apoio a Bolsonaro, mas ao político nefasto que ele é, que trata negros e pobres como resto da sociedade. E eles, logicamente, são contra histórias como a de Thelminha e Gil que tiveram ascensão social através da educação pelos programas do governo Lula.

O que essa gente faz em Brasília é tentar impedir que Lula volte ao poder e, novamente, permita que milhões de brasileiros segregados pelo governo Bolsonaro tenham história como a desses dois que se emocionam e nos emocionam nessa lindo encontro com Lula.

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BBB não reflete a sociedade brasileira, mas a caricatura do Brasil

Temos lido que o que ocorre no Big Brother Brasil reflete o comportamento da sociedade brasileira. Não assisto BBB, mas pelos comentários que refletem o programa, é nítida a manipulação da Globo para conseguir o que sempre almeja, audiência.

Isso faz lembrar a mesma Globo, décadas atrás, exilando os grandes compositores, grandes músicos brasileiros para colocar no lugar o lixo da indústria fonográfica, brasileiro ou internacional, quando criou uma espécie de mantra que se transformou num esperanto das grandes gravadoras internacionais: “Não interessa a qualidade artística de um grande compositor, de um grande intérprete, mas sim, sua atitude”.

Na verdade, essa atitude tida como preponderante para se vender um produto artístico em que o tal artista se propôs a virar, era um leque de estereótipos efêmeros que, desgastados, em dias, era substituído por outros com “novos  comportamentos”.

É isso que a Globo faz agora, porque é da natureza da própria indústria da cultura de massa, da qual a emissora é a nave mãe no Brasil.

Não foram poucas as porcarias que a Globo sempre vendeu como se fossem reflexo da cultura do povo brasileiro, amesquinhando uma cultura extremamente rica e diversa de uma enorme parcela da sociedade que sempre preservou o que há de mais rico na nossa identidade, numa atitude política impressionante com uma capacidade de resistência e luta que jamais se deixou atropelar pelo trator do capitalismo cultural.

Mas para um cidadão médio que, na maioria das vezes, foi forjado dentro desse ambiente encapsulado dos interesses da indústria cultural e, com isso, ignorando seu próprio universo identitário, essa balela do exótico apimentado, jogado na conta dos pobres com a justificativa de fazer programas ou produções popularescos, é aceito como verdade absoluta.

No Brasil, a ignorância mediana parece não ter fim. E essa ideia de que ali, naquele balaio de novas modas conceituais há uma realidade do Brasil, é o mesmo que foi criado para servir à elite econômica e produzir personagens políticas como Collor, Bolsonaro, Moro e o próprio FHC, com seu neoliberalismo mofo, cheirando à naftalina que está sendo novamente apresentado como a salvação do país desde o golpe contra Dilma, com as reformas que prometem um Brasil maravilha que, na realidade, promovem uma segregação nunca vista na história desse país, que aumenta de forma instantânea a pobreza, a miséria com cada vez menos brasileiros tendo acesso a empregos, à alimentação, pagando no gás, na gasolina, no diesel, entre muitos outros produtos, como a cesta básica, preços internacionais, enquanto o salário de quem ainda tem emprego está congelado, quando não reduzido.

O resultado não poderia ser outro que não essa tragédia que a pandemia neoliberal está produzindo com a pandemia da Covid-19. É tudo uma coisa só.

Para essa gente, o que interessa é produzir grosserias saudando uma suposta realidade brasileira, colocando-nos na condição política de colônia escravocrata para servir aos interesses do grande capital, nacional e internacional.

O BBB, que tem causado vertigem em muita gente de que é isso a realidade brasileira, é somente mais uma das muitas caricaturas que a Globo produziu no país desde a sua criação como rede de televisão.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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