O que de forma nenhuma diminui o sentimento de perda por sua partida tão prematura, principalmente no auge de sua carreira e com um público tão extenso.
Na verdade, o fato de muitos brasileiros não a conhecerem não é um caso isolado. A revolução digital promoveu uma reviravolta no mercado musical.
O que antes era comandado inteiramente pela indústria cultural de massa, produção, difusão e distribuição, não existe mais.
Ser mais ouvido em época de revolução digital, não significa ser ouvido por todos.
Essa é a grande armadilha da pulverização cultural, pós-indústria fonográfica.
As grandes gravadoras internacionais não existem mais e o ambiente, naturalmente, fragmentou-se, ficou infinitamente mais plural e, com isso, o “espelho da sociedade” ficou mais amplo, e a oferta é tão grande via Youtube.
Hoje e cada vez mais será assim, a concorrência permite apenas pequenos nichos.
Aqueles “fenômenos”, como Beatles, nunca mais se repetirão, porque os conglomerados que reinavam, faliram e a produção independente será cada vez maior alcançando um público cada vez menor e localizado. É o reverso da globalização cultural.
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