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Qual o significado de ‘Bella Ciao’, entoada em restaurante com Fabio Faria?

No jornalístico “Central da Transição”, da GloboNews, a jornalista Natuza Nery contou que uma fonte próxima a ela revelou que o Ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fabio Faria, foi recebido em um restaurante de Brasília ao som da música “Bella Ciao”, uma espécie de hino antifascista que nasceu na Itália.

No relato, Natuza diz que a fonte a revelou que muitos dos clientes se levantaram para bater palmas e cantar o clássico. “Mas ele entendeu?”, perguntou a jornalista à fonte. “Acho que ele não entendeu o significado da música”, respondeu a fonte.

Afinal, qual o significado de ‘Bella Ciao’? Una mattina, mi son svegliato/oh bella, ciao! Bella, ciao! Bella, ciao, ciao, ciao!/Una mattina, mi son svegliato/ed ho trovato l’invaso

Assim começa a canção que virou símbolo da Resistência Italiana, “Bella Ciao”. Curiosamente, a música, resgatada nos últimos anos por causa da série “La Casa de Papel”, não era muito conhecida durante a Segunda Guerra Mundial e passou a ser associada ao movimento “partigiano” apenas no fim dos anos 1940, ganhando o mundo ao longo das décadas seguintes e virando um hino de liberdade.

Até hoje sua origem não foi muito bem esclarecida, mas há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emilia-Romagna no início do século 20.

No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas no assunto, que acreditam que ela seja um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

“Bella Ciao” já foi a trilha sonora de protestos em diversos cantos do planeta, como as manifestações pró-democracia em Hong Kong, em 2014, e os atos da praça Taksim, na Turquia, em 2013. E até mais recentemente, no Irã, em uma versão persa que se tornou símbolo da luta das mulheres iranianas.

Também embalou campanhas eleitorais do partido de extrema esquerda grego Syriza, do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras.

Durante os mandatos de Silvio Berlusconi como chefe de governo, a música antifascista era frequentemente cantada em forma de protesto por partidos de esquerda italianos.

Entre os que já emprestaram sua voz à canção estão o cantor e compositor Giorgio Gaber, a banda Modena City Ramblers e o francês Yves Montand, alguns dos principais responsáveis por sua disseminação.

Uma manhã, eu acordei, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Uma manhã, eu acordei e encontrei o invasor.

Oh partigiano, me leve embora, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Oh partigiano, me leve embora, pois sinto que vou morrer.

E seu eu morrer como partigiano, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E se eu morrer como partigiano você deve me enterrar. Me enterrar lá em cima na montanha, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Me enterrar lá em cima na montanha, sob a sombra de uma bela flor.

E as pessoas que passarão, oh bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E as pessoas que passarão te dir.

*Com Uol

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Vídeo – Itália: Ao som de Bella Ciao, Manifestantes se mobilizam contra ex-premiê de ultradireita Matteo Salvini

‘Sardinhas’, como manifestantes se autointitulam, reuniram mais gente do que comício de Salvini nas eleições do Estado da Emilia-Romagna.

Um movimento espontâneo e organizado pelas redes sociais virou a pedra no sapato do ex-ministro Matteo Salvini, em um dos bastiões da esquerda na Itália, o Estado da Emilia-Romagna.

Autodenominado como “sardinhas”, o grupo assumiu a linha de frente para evitar que o popular secretário da Liga conquiste o governo da Emilia-Romagna, no norte do país, nas eleições regionais de 26 de janeiro.

A mobilização surgiu na última quinta-feira (14/11), quando Salvini abriu a campanha eleitoral de sua candidata a governadora, Lucia Borgonzoni, com um comício em uma arena de Bolonha com capacidade para 5,6 mil pessoas.

No Facebook, quatro internautas convocaram uma manifestação chamado “6 mil sardinhas contra Salvini”, que tinha como objetivo reunir mais pessoas do que o comício do ex-ministro do Interior. Os organizadores pediram que os participantes não levassem bandeiras de partidos, apenas cartazes representando sardinhas.

A manifestação ocorreu na Piazza Maggiore, a 1,5 quilômetro do evento de Salvini, e durou cerca de 20 minutos, reunindo entre 12 mil e 13 mil pessoas, o dobro do esperado.

A manifestação se repetiu nesta segunda-feira (18/111), mas em Modena, onde 7.000 indivíduos ignoraram o mau tempo para se espremer “como sardinhas em lata” em uma praça do centro da cidade.

Assim como em Bolonha, o ato desta segunda foi realizado paralelamente a um comício do ex-ministro e embalado pelo som de “Bella ciao!”, música símbolo da resistência italiana contra o nazifascismo, e do slogan “Modena não se liga”, em referência ao partido de extrema direita.

“Queríamos tocar um despertador coletivo, e isso aconteceu”, disse Mattia Santori, um dos organizadores do flash mob, na última sexta-feira (15/11). Segundo ele, o objetivo era acordar a esquerda, “que dormiu por tempo demais”. “Não queríamos chegar ao dia seguinte às eleições com todos se perguntando ‘como foi possível?'”, acrescentou.

Assista à manifestação em Modena:

 

 

*Com informações do Ópera Mundi