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Justiça

Flávio Dino cobra polícias estaduais após bloqueios golpistas e atos de violência em SP

Ministro da Justiça ainda mandou recado aos arruaceiros bolsonaristas.

Na manhã deste sábado (7), através das redes sociais, Dino citou os casos recentes e citou a responsabilidade das Polícias Militares, subordinadas aos governos estaduais.

“Sobre atos políticos em São Paulo e em algumas outras cidades, inclusive com absurdas agressões, a atribuição constitucional, em um primeiro momento, é das esferas policiais locais. Quando se caracterizar a competência federal, estamos mobilizados para atuar imediatamente”, escreveu o ministro.

“Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas, sabotagens violentas, golpismo político etc. Recomendo que pessoas agredidas procurem imediatamente Delegacias da Polícia Civil para registro da ocorrência, se possível com imagens”, prosseguiu.

Dino ainda deu orientações para quem for vítima de violência e mandou recado aos golpistas: “Depois do registro da ocorrência policial, sugiro o envio ao Ministério Público, que certamente vai atuar contra arruaceiros nas suas cidades. Sobre crimes federais, estamos tomando todas as providências, inclusive na manhã deste sábado”.

*Com Forum

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Bolsonarismo

Luciano Hang disponibilizou caminhões da Havan para bloqueios golpistas em SC

O estado de Santa Catarina foi o maior foco de manifestações golpistas com a vitória de Lula.

Segundo Patrícia Farmann, GGN, o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan, financiou parte da paralisações golpistas em Santa Catarina, com o envio de caminhões.

A informação foi apurada pela Agência Pública. Luciano Hang e outros empresários catarinenses, como Emílio Dalçoquio, que incentivou a greve dos caminhoneiros em 2018, e Luiz Henrique Crestani, dono do grupo Luke, “tiveram ativa participação nas manifestações golpistas”, informou a reportagem.

O estado de Santa Catarina foi o maior foco de manifestações golpistas desde o dia 30 de outubro, com a derrota de Jair Bolsonaro e a vitória de Lula, incluindo o polêmico episódio de bolsonaristas levantando o braço direito, em gesto nazista. O estado teve 41 bloqueios de rodovias até o dia 31, o maior do país.

E também um dos que mais entregou votos a Bolsonaro: quase 70% dos catarinenses votaram para a reeleição do atual mandatário.

Caminhões da Havan e de outros empresários

Estes atos estão sendo investigados pelas autoridades. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, foi a responsável por desfazer os bloqueios e interdições de caminhões e de pessoas nas rodovias do país. E um documento da instituição mostra que “caminhões a serviço da Havan” foram usados em bloqueios no estado do sul do país.

O dono da Havan é investigado em processos de atos antidemocráticos e já foi apontado por fazer parte do grupo de empresários que articulavam um golpe de Estado, com a vitória de Lula, ainda em agosto deste ano. Hang também doou R$ 1,02 milhão à campanha de Jair Bolsonaro.

Crestani, do grupo Luke, já admitiu publicamente nas redes sociais que seus caminhões foram usados nos bloqueios golpistas. “Nossos caminhões da @lukelogistica estão parados em Palma Sola”, escreveu.

Investigados de organização criminosa

O caso de Santa Catarina se soma a outros de São Paulo e Espírito Santo, no qual procuradores estaduais encaminharam ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, os indícios e documentos que revelam a participação de empresários nos bloqueios golpistas.

Os procuradores acreditam que o financiamento desses atos pelos empresários integra uma grande articulação nacional pelos mesmos, o que configuraria organização criminosa. Em outra frente de investigação, apura-se a omissão da PRF sobre os bloqueios e a ciência antecipada do órgão de que haveria os atos, sem movimentar mais pessoal ou trabalho de prevenção.

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