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Queiroz manda recado para o clã: estou leprozaço, mas estou vivo

Não tem como Bolsonaro se fingir de surdo ou tonto, Queiroz pode ser politicamente raquítico, mas como todos sabem, ele é uma espécie de Mauro Cid caixa-2, o faz tudo, o Apolo da picaretagem do clã.

É o torto, é o capenga, mas é quem põe a mão na merda, tanto que, antes mesmo de Bolsonaro assumir a presidência em 2019, estourou o escândalo, via Coaf, em que o espingolado Queiroz aparece como principal operador do esquema de rachadinha, ou seja, formação de quadrilha e peculato de Flávio Bolsonaro.

Aquele padrão comum que todo brasileiro sabe que o clã opera e foi justamente na conta de Michelle Bolsonaro que apareceram os depósitos feitos por Queiroz, que deram 4 anos de bafafá e nem uma explicação plausível do chefe do clã e, muito menos do primogênito.

Claro que Queiroz, quando ameaça, está falando de outros vai e vens que ele teve cintura para lidar e segurava na cacunda todos os rolos envolvendo o clã. O homem sempre esteve pronto, melhor dizendo, de prontidão para servir de mula da caravana de fantasmas devolviam 90% do salário para os Bolsonaro.

Lógico, Queiroz soltou esse pombo, em que coloca a espada na cabeça de Bolsonaro e a faca na nuca de Flávio, em acordo com o ex-sócio do 01, arregimentado pelo próprio para dar cores mais fortes às ameaças.

Queiroz manda recado para o clã, está duro e os filhos desempregados, quer um Pix gorducho e umas tetas parrudas do Estado para alimentar a filharada.

O recado está dado por Queiroz ao estilo, manda quem pode, obedece quem tem juízo. Deixou claro que não quer ser tratado como um encosto exorcizado.

 

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Opinião

Bolsonaro volta a cuspir marimbondos às vésperas de ser cassado

À luta, seguidores do Mito!

Jairzinho Paz & Amor, edição revista e atualizada, desembarcou no Brasil depois de 100 dias em Miami e manteve-se em silêncio obsequioso. Edição revista e atualizada porque a original data de 7 de setembro de 2021, quando ele chamou de canalha o ministro Alexandre de Moraes, teve que se desculpar e passou a miar.

Aconselhado por amigos e advogados, adotou desde então uma postura discreta. Bolsonaro atendeu aos chamados da Polícia Federal para depor sobre joias que recebeu de presente, carteiras de vacinação falsificadas e o golpe do 8 de Janeiro. Tudo para não irritar Moraes e seus colegas, que em breve o julgariam.

Quem sabe assim eles não seriam mais complacentes com ele; quem sabe assim não lhe aplicariam apenas uma multa ao invés de cassar os direitos políticos dele sob a acusação de abuso do poder e atos hostis à democracia? Ao concluir que não adiantou comportar-se tão bem, agora volta a cuspir marimbondos.

Em visita a Porto Alegre, carente de afagos, ele cuspiu os primeiros:

Hoje [ontem], começa o meu julgamento político. Ou melhor, não é político, é politiqueiro. Da mais baixa intenção por parte de alguns. Não estou atacando o TSE. Mas a fundamentação é inacreditável: ‘Reuniu-se com embaixadores’. O outro cara, no ano passado, se reuniu com a nata do PCC no Complexo do Alemão, no Rio, e vai se reunir com a nata do Foro de São Paulo”.

Sobre o Supremo Tribunal Federal, a quem cabe julgar se leis aprovadas pelo Congresso estão de acordo com a Constituição:

“Não pode 594 pessoas [a totalidade de senadores e deputados federais] decidirem de um jeito e outras 11 [os ministros do STF] decidirem diferente”.

Ora, segundo a Constituição, só pode. Na sequência, Bolsonaro revelou ter sido alvo de uma nova investida da Justiça, na quarta-feira (21):

“Foram na minha casa querer saber como está a minha filha, de 12 anos de idade. Os caras, inclusive, não têm limite. […] Não tem nenhuma denúncia, nada contra ela. Foram lá para saber como é que está o cartão de vacina dela”.

“Os caras” são agentes do Ministério Público Federal. A carteira de vacinação de Laura foi falsificada. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem da Presidência, falsificou carteira para Bolsonaro e para sua própria mulher. Mauro Cid está preso. Encontraram uma minuta de golpe no seu celular.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi um dos promotores da reaparição do Jairzinho Paz & Amor. Mas ontem, à primeira cuspidela de marimbondos, subiu nos tamancos e convocou o partido para que saia em defesa de Bolsonaro:

“É um momento em que precisamos nos unir, o PL é um partido de direita. Faremos reuniões com nossos deputados por todo o país. Isto começará na segunda, em São Paulo, onde Bolsonaro estará para uma visita à Assembleia Legislativa do estado”.

Em apelo dirigido aos bolsonaristas, elevou o tom:

“Não vamos admitir injustiças com o nosso capitão. Não acredito que um presidente da República fique inelegível pelo que falou. Isso não existe em nenhum lugar do mundo. Bolsonaro vai seguir firme e será o nosso candidato nas próximas eleições”.

O que deu em Valdemar, tão pacífico até aqui? Deve ter levado ferroada de marimbondo.

*Blog do Noblat

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Matéria Política

Clã Bolsonaro gastou R$ 1,5 mi em dinheiro vivo, nos últimos 24 anos.

Gastar em dinheiro vivo não é crime, porém, como única forma de fugir de investigações e da formalização do sistema financeiro, todos os criminosos gastam os frutos de seus ganhos em dinheiro vivo.

Como não é usual que uma pessoa realize compra de imóveis que em valores atuais superam R$ 400 mil, em dinheiro vivo, o fato chama a atenção das investigações contra o clã Bolsonaro. Portanto, nem é necessário ressaltar que dinheiro sujo só pode ser gasto sem passar pelo mercado financeiro, ou seja, em dinheiro vivo.

A matéria de O Globo, na coluna de Ancelmo Góis,  destaca que os valores totais gastos pelo clã do presidente, supera R$ 1,5 mi, nos últimos 24 anos e esse volume é, no mínimo, estranho.il em dinheiro por um imóvel, em 1996. Ela não se pronunciou sobre o assunto. Ana Cristina Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, comprou cinco propriedades em espécie entre 2002

Os gastos mais elevados foram em nome da ex-companheira de Jair Bolsonaro, mãe de Carlos e Flávio e Eduardo Bolsonaro.

Aos 59 anos e 19 dias de idade, Rogéria está requisitando declarações de tempo de serviço para dar entrada no pedido no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Em seu blog, Ancelmo Góis revela uma das solicitações, feita à Prefeitura do Rio, para comprovar os sete anos em que trabalhou em cargo comissionado, de janeiro de 2009 a agosto de 2016.

O pedido à Prefeitura do Rio foi feito em 27 de fevereiro deste ano. Os dados foram liberados no fim de março e estão à disposição de Rogéria.