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Lula condena morte de crianças em conflito entre Israel e Hamas: ‘Não é uma guerra, é um genocídio’

Presidente ainda terá um telefonema com o Emir do Catar para tratar sobre a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira que o conflito entre Israel e Hamas é um “genocídio” e voltou a criticar a mortes de crianças no conflito no Oriente Médio.

— É muito grave o que está acontecendo do Oriente Médio, não se trata de discutir quem está certo e errado, quem deu o primeiro tiro, quem deu o segundo, o problema é que não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não tem nada a ver com essa guerra — afirmou Lula durante evento no Palácio do Planalto.

O presidente tem chamado o ataque de 7 de outubro do Hamas de “terrorista”, mas também tem feito críticas a contraofensiva de Israel. Nesta segunda-feira, afirmou que o ataque do Hamas não seria justificativa para Israel matar “milhões de inocentes”.

Na semana passada, Lula associou, pela primeira vez, a definição ao Hamas. Na ocasião, também chamou a reação de Israel de “insana”.

O governo dos EUA vetou moção apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pedia uma “pausa humanitária” dos conflitos em Gaza. Foi argumentado que o texto não deixava claro o poder de autodefesa de Israel. O movimento foi visto como um sinal de enfraquecimento da ONU.

Brasileiros
Lula afirmou ainda que tem um telefonema nesta quarta-feira com o Emir do Catar para tratar sobre a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza.

— Eu tenho um telefonema com o emir do Catar para tentar ver se encontro alguém capaz de conversar com alguém para ver se a gente consegue liberar, primeiro os brasileiros que estão retidos na Faixa de Gaza a poucos quilômetros da fronteira com o Egito, que estão querendo voltar para o Brasil e que até agora não foi permitido a eles o direito de voltar.

Autoridades internacionais ainda buscam uma solução para a saída de cidadão da Faixa de Gaza. Do lado brasileiro, são 26 cidadãos que aguardam a liberação da fronteira para a saída de pessoas.

Após negociações do Itamaraty com as autoridades locais, os brasileiros foram realocados para um local mais próximo da passagem de Rafah – em uma distância de aproximadamente 1 km, segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Um ônibus deve levar os cidadãos até a cidade do Cairo, no Egito, mas só quando a segurança da passagem e as autorizações forem acertadas.