Transmissão da febre oropouche ocorreu de gestante para o feto, de 30 semanas, em Pernambuco.
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de óbito fetal causado por febre oropouche, em Pernambuco. O feto, de 30 semanas, foi contaminado por transmissão vertical, ou seja, a partir da mãe, de 28 anos.
“Continuam em investigação oito casos de transmissão vertical de Oropouche. São quatro casos em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Quatro casos evoluíram para óbito fetal e quatro casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia”, informou o ministério.
Especialistas trabalham em conjunto com secretarias estaduais de Saúde, acompanhados pelo Ministério da Saúde, “para concluir se há relação entre Oropouche e casos de malformação ou abortamento”.
Entenda a doença
O vírus causador da doença, o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), foi registrado no Brasil pela primeira vez em 1960, mas os casos são mais comuns na região Amazônica. A doença é transmitida para os seres humanos principalmente pelo mosquito conhecido como maruim quando ele pica um animal ou pessoa infectados e depois pica uma pessoa sem o vírus.
No geral, os sintomas são parecidos com os da dengue, como dor muscular, náusea, dor de cabeça e diarreia.
Não existe um tratamento específico para a doença, por isso, as autoridades recomendam evitar viagens para regiões com alta incidência dos casos e se proteger contra a picada a partir de roupas que cubram a maior parte do corpo e repelentes.