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Bolsonaro comete abuso de poder em Londres e quem paga é o contribuinte

Ele transformou a viagem oficial para o funeral da rainha Elizabeth II em vantagem eleitoral e descumpre todas as regras possíveis.

O presidente Bolsonaro não consegue entender o papel do chefe de estado. Convidado como representante do Brasil no funeral da rainha Elizabeth II, ele transformou a viagem oficial em vantagem eleitoral e descumpre todas as regras possíveis.

Primeiro, em vez de ir com algum representante do governo, ele vai acompanhado do pastor Silas Malafaia, um líder religioso que se comporta de forma inadequada. Para completar, o embaixador do Brasil no Reino Unido, Frederico Arruda, ainda faz uma declaração ridícula no Twitter, dizendo que não há honra maior do que receber Malafaia.

Bolsonaro usa toda a visibilidade de um chefe de estado em um momento histórico para campanha de reeleição. Fala sobre o preço da gasolina, xinga o adversário. E quando é perguntado sobre esse uso do funeral da rainha como campanha eleitoral, ele interrompe rispidamente a entrevista e diz para o repórter fazer ” uma pergunta decente”.

Essa é uma pergunta decente. Como o presidente do Brasil tem a coragem de ir para Londres fazer campanha? Em usar a residência oficial do embaixador para discursar na sacada e gravar vídeos de campanha? Isso é abuso do poder que ele tem como chefe de estado.

Quem vai pagar o custo dessa viagem somos nós. Ele mistura as coisas e o custo é do Brasil. Basta lembrar que a campanha dele declarou um gasto de R$ 30 mil com o 7 de setembro. Ele pegou o avião presidencial para ir ao Rio para fazer campanha, o que é totalmente irregular. Ele distorce o papel de chefe de estado, usa os recursos brasileiros para fazer campanha. Ele não sair do papel de representante do Brasil, é um presidente de exercício do cargo.

Cabe à Justiça Eleitoral avaliar as ações das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Soraya Thronicke (União) para proibir o uso destas imagens na campanha eleitoral. É apenas contenção de danos. A grande questão que fica é que nossos recursos pagam os absurdos do presidente Bolsonaro.

*Miriam Leitão/O Globo

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