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Por que Biden não promoveu a Cúpula da Covid como busca de solução para vacinação mundial, como propôs Lula?

Se o critério da Cúpula do Clima é salvar vidas, salvando o planeta, por que não usar esse belo exemplo para discutir o que mais está matando os seres humanos no mundo neste momento, principalmente nos países mais pobres?

Se Joe Biden atingiu todas as metas de vacinação prometida, o que merece aplauso, esse ato heroico deveria ser dirigido aos países que estão sendo esmagados pela covid por não terem o mesmo poderio econômico dos EUA. Por isso, essa façanha de Hércules do presidente americano, na verdade, é o que deveria estar sendo discutido hoje na Cúpula do Clima, a salvação dos povos para que estes salvem o planeta, não o inverso.

Não há nada mais premente do que a devassa humana que a covid está provocando no planeta, por falta de vacinação, não exatamente de vacina. Os EUA, como tem dinheiro, tem vacina para três vezes a sua população, enquanto países africanos e tantos outros sofrem golpes certeiros com a pandemia.

É conveniente aos EUA promover a Cúpula do Clima para salvar o verde e preservar a vida da terra, enquanto mais de 7 bilhões de pessoas sofrem e morrem com a covid, porque os interesses do poder econômico impedem que todos os países tenham acesso às vacinas, já que não houve a quebra das patentes das vacinas.

Como explicou Lula, o coronavírus só será extinto do planeta com a união de todos os países em busca de uma solução conjunta e não com o “cada um por si”, como estamos assistindo.

Sobre a questão que envolve Biden e Bolsonaro, a situação do Brasil na pandemia não é desconhecida por Biden, já que o país está no olho do furacão global como principal laboratório de novas cepas do vírus. Isso não anula as críticas de Biden ao monstro amazônico, ao contrário, já que a covid e a falta de vacinação dos brasileiros, mas principalmente dos indígenas, tem dado uma forcinha ao genocida no seu propósito de exterminar os povos originários da Amazônia.

Então, Biden, como presidente da maior potência econômica, não convocar uma reunião urgente para discussão do que mais aflige o mundo hoje, ao invés de debater metas de redução de carbono para as próximas décadas, se comparado à urgência que a calamidade da covid está provocando no planeta, cheira a pura hipocrisia.

No caso do Brasil, em que, por bondade com as grandes farmacêuticas, Bolsonaro foi contra a quebra das patentes das vacinas, numa atitude de grandeza de Biden, pedindo para que o mundo todo ignorasse os interesses dos grandes laboratórios privados e democratizasse o acesso às diversas formas de vacinas, de imediato, daria um tabefe na cara do genocida.

Mas parece que isso é pedir muito para o abnegado presidente norte-americano que, na verdade, segue o lema, “Deus salve a América, mas somente a América”.

Não há sentido em discutir metas ambientais para 2030, enquanto só no Brasil quase 4 mil brasileiros morrem todos os dias pelo coronavírus e o mundo já soma mais de 3 milhões de mortes e que, por falta de vacinação, não há perspectiva de quando o mundo se livrará do vírus e, muito menos, quantos ainda morrerão com a doença.

Tudo isso para atender aos interesses da indústria farmacêutica mundial.

Não há nada mais urgente e crucial que daria solução instantânea para frear essa carnificina global que não seja a vacinação global com a quebra das patentes e um fundo internacional para que todos os países tenham acesso à vacinação e acabe de uma vez por todas com essa angustiante desigualdade que provoca a morte de tantos seres humanos no planeta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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