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Sergio Moro, que corrompeu a Justiça, defende pacote anti-STF

Sergio Moro, que corrompeu a Justiça, defende pacote anti-STF

Em uma publcação no X nesta sexta-feira (11), o ex-juiz parcial e atual senador Sergio Moro (Republicanos) expressou seu apoio à PEC 8/2021, aprovada na última quarta-feira (9) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A proposta, que integra um pacote anti-STF, visa limitar os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), restringindo, entre outras coisas, as decisões monocráticas dos ministros, ou seja, aquelas tomadas de forma individual sem consulta ao plenário.

Moro rebateu as críticas feitas por setores da imprensa, classificando-as como “conversa fiada”. Em seu tuíte, o senador afirmou: “Conversa fiada de vários jornais ao qualificarem a PEC 8/2021 como radical. Extremismo é admitir que um ministro do STF não eleito possa suspender sozinho e indefinidamente lei aprovada por 513 deputados, 81 senadores e ainda sancionada pelo presidente da República”. O senador defendeu a proposta, argumentando que ela restabelece a legitimidade das decisões legislativas e do Executivo.

Apesar do apoio no Congresso, as PECs têm enfrentado resistência por parte de ministros do STF. Segundo informações de Valdo Cruz, do g1, os magistrados, embora concordem parcialmente com a ideia de limitar decisões individuais, argumentam que a formulação e os ajustes deveriam partir do próprio tribunal, evitando o que chamam de “vício de origem” nas propostas vindas do Legislativo. Eles também manifestaram ceticismo quanto ao avanço da chamada “PEC da revogação”, que permitiria ao Congresso derrubar decisões do STF, classificando-a como uma ameaça à separação de poderes.

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Vídeo: Lula, na Inglaterra, faz uma bela defesa Julian Assange; o jornalista criador do WikiLeaks está preso em Londres desde 2019

Após ser perguntado por uma jornalista sobre Julian Assange, preso político que está na Inglaterra sob ameaça de extradição aos EUA, onde pode ser condenado por vazar documentos secretos, Lula diz que “é uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra os outros esteja preso” (veja vídeo abaixo).

Assange, fundador da WikiLeaks, vazou documentos secretos dos EUA, mostrando dados sobre o ataque aéreo a Bagdá em 12 de julho de 2007, os registros de guerra do Afeganistão e do Iraque e o CableGate (vazamento de telegramas diplomáticos do país, iniciado em novembro de 2010)

Tais documentos revelavam excessos dos EUA durante os mencionados conflitos armados. No ataque aéreo a Bagdá, por exemplo, doze homens foram mortos, incluindo dois funcionários da agência de notícias Reuters, e duas crianças ficaram seriamente feridas. Já os telegramas do CableGate traziam, inclusive, críticas a líderes políticos brasileiros e pedido de vigilânia sobre alguns deles, por parte de políticos estadunidenses, visando vantagens estratégicas sobre o país.

“É uma vergonha que o Assange, um jornalista que denunciou falcatruas de um Estado contra outro, esteja preso e a gente não faça nada para libertá-lo. Acho que é preciso um movimento da imprensa mundial em defesa da liberdade dele, mas também da liberdade para denunciar as coisas”, afirmou o presidente Lula.

*Com Agenda do Poder 

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