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O diário da Lava Jato: Se Youssef abrir a boca, Moro e Dallagnol perdem o mandato e vão para a cadeia

Uma pergunta que já vem com a resposta pronta, de tão óbvia.

Por que tanta indignação do ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, com a prisão de um sujeito que simplesmente foi preso duas vezes (no caso do Banestado, em 2003, e na Lava Jato, em 2014), pelo mesmo Moro e os mesmos procuradores?

Carta marcada? Jogo combinado? Seja lá que acordo essa gente tem para Dallagnol dispensar tanto interesse e defesa de um doleiro bandido que eles mesmos, por duas vezes, prenderam por bandidagem.

É muita burrice, é muita bandeira, qualquer idiota já entendeu duas coisas, ou melhor, confirmou duas coisas, que Youssef é uma espécie de diário das imundícies praticadas pela Força-tarefa da Lava Jato, comandada por Moro e Dallagnol, num sistema que tem muito mais caroço que angu por baixo da casca de combate à corrupção.

A tentativa de Dallagnol e Moro de botar debaixo do braço R$ 2,5 bilhões da Petrobras, ou seja, da própria União, deixa claro que a ex-república de Curitiba tem uma ganância maior do que a garganta.

Outro fato que grita pelas coincidências é a atitude insuspeita do TRF-4. Aquele tribunal de exceção em que três desembargadores, amigos de Moro, não só fizeram uma leitura dinâmica do processo da condenação Lula, como bateram recorde da façanha, ampliando a pena de Lula sem qualquer prova de crime.

Certamente, Dallagnol e Moro, achando que todo esse rolo estaria perdido nas noites dos tempos, não contavam que o novo juiz da Lava Jato revisitaria dois personagens centrais da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e Tacla Duran.

Pois bem, se o novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, mandou prender por duas vezes Alberto Youssef, seguindo a filosofia da Lava Jato, o TRF-4 foi novamente o derradeiro cão de guarda de Moro e Dallagnol para soltar o mesmo Alberto Youssef.

O problema é que tanta publicidade da Lava Jato fez o casco da sociedade ficar couraçado de forma mecanizada e, imediatamente, todos percebem que nessa relação Youssef/Moro/Dallagnol/TRF-4, uma coisa puxa a outra, sob qualquer olhar.

Como dissemos nesta terça-feira, “Tacla Duran vem aí e o bicho vai pegar”, a preocupação de Moro e Dallagnol com o novo juiz da Lava Jato, não é pouca e eles têm razão, porque, tudo indica, que há guardado a sete chaves na língua de Youssef e de Tacla Duran segredos de um diário de cada um capaz de detonar os mandatos de Moro e Dallagnol e ainda levá-los à prisão.

Na verdade, essa nova Lava Jato está apenas desabrochando e, ao que parece, não está interessado nos bacorinhos, mas nos leitões parrudos da operação que manipularam, de forma criminosa, as leis desse país para golpear Dilma, prender Lula e levar Bolsonaro ao poder com o próprio Moro à tiracolo.

Ou seja, tem muito pernil assado para sair desse forno.

A conferir.

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