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AGU quer saber se Eduardo Bolsonaro manipulou dólares para lucrar com tarifaço

Órgão solicita que fatos sejam apurados no âmbito do inquérito que investiga atuação de Eduardo Bolsonaro contra autoridades brasileiras

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que operações financeiras suspeitas realizadas antes do anúncio de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil sejam investigadas no inquérito que apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

No documento enviado ao STF no sábado (19), a AGU aponta indícios de uso de informação privilegiada em operações de câmbio realizadas horas antes do chamado “tarifaço” anunciado durante o governo Donald Trump.

A suspeita é de que agentes do mercado financeiro tenham se beneficiado de informações sigilosas para obter lucros expressivos com a antecipação do impacto econômico das medidas.

A AGU cita uma reportagem do Jornal Nacional, veiculada em 18 de julho, que revelou movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro antes do anúncio oficial das tarifas. O órgão solicita que os fatos sejam apurados no âmbito do inquérito já em curso no STF, que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Ministro Jorge Messias, da AGU, dá entrada em hospital após sentir  desconforto

Assinado por Flavio José Roman, advogado-geral da União substituto, o pedido também requer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sejam notificadas. A AGU pede que a CVM tome “providências administrativas e civis” a respeito das transações.

Segundo o documento, há suspeita de que as operações tenham sido baseadas em informações antecipadas sobre as sanções comerciais. A AGU menciona uma publicação feita por Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que indicava a possibilidade de ganhos de até 50% com esse tipo de operação.

A prática, segundo a AGU, pode configurar crime de uso indevido de informação relevante ainda não divulgada ao mercado, previsto na legislação brasileira, com pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

Investigações contra Eduardo Bolsonaro
O órgão também destaca que os fatos têm ligação direta com a investigação em andamento contra Eduardo Bolsonaro, que apura suspeitas de tentativa de obstrução da Justiça e coação por parte do parlamentar e de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação menciona ainda um parecer da PGR que aponta o uso de sanções comerciais como forma de pressionar o Judiciário brasileiro. “A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil, para gerar uma pressão política e social no Poder Judiciário”, diz trecho citado no documento.

*ICL


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Bolsonaro guardava dólares na gaveta de suas cuecas; saques foram fracionados

Parte do dinheiro estava no escritório e uma outra parte na gaveta onde o ex-presidente guarda suas cuecas

Durante a operação de busca e apreensão desta sexta-feira (18), a Polícia Federal encontrou um total de U$ 14 mil e ainda outros R$ 8 mil na casa de Jair Bolsonaro. Junto aos valores, os investigadores localizaram vários recibos de saque da conta do ex-presidente que comprovam que Bolsonaro optou por sacar em dólar o dinheiro que recebeu por meio das campanhas de Pix em 2023.

A PF encontrou uma parte do dinheiro no escritório da casa de Jair Bolsonaro e uma outra parte na gaveta onde o ex-presidente guarda suas cuecas dentro do quarto.

Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões por meio de Pix de janeiro a julho de 2023, após ele ter pedido doações a seus seguidores para pagar multas aplicadas pela Justiça.

Nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou uma série de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica, além de ter ficado proibido de falar com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).

Questionado por jornalistas sobre a apreensão, Bolsonaro afirmou: “Sempre guardei dólar em casa, pô”. O ex-presidente ainda afirmou que tem os recibos de saque de dólares no Banco do Brasil.

Levantamento feito pela coluna em dados públicos de prestação de contas eleitorais mostra que Jair Bolsonaro não declarou manter nenhum dinheiro em espécie ao se candidatar.

Nas 47 páginas da decisão que levou à ação da PF, Moraes cita diversos posts de Bolsonaro e de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado que faz lobby nos Estados Unidos, como provas da atuação reiterada da família para cometer os crimes de coação no curso do processo e obstrução da Justiça.

Nas publicações, eles estimulam e posteriormente celebram a aplicação de tarifas comerciais de 50% impostas pelo presidente americano, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Eduardo ainda fez campanha para a aplicação de sanções pessoais contra autoridades, entre elas o próprio Moraes.

Os dois ainda são acusados pela PF do crime de atentado à soberania.

Na decisão, ainda é citada uma reunião de Jair Bolsonaro com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, em 6 de maio.

*Juliana Dal Piva/ICL


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