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EAD: governo proíbe Direito, Medicina e outros cursos a distância

EAD regulamentada. O governo Lula anunciou nesta segunda (19) um novo marco regulatório para a Educação a Distância (EAD) no Brasil, com mudanças significativas nas diretrizes de oferta de cursos superiores.

MEC cursos EAD: veja a regulamentação dos cursos EAD
Assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, o decreto veda 100% do ensino EAD para os cursos de Medicina, Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem. Já outros cursos presenciais deverão ter, pelo menos, 70% de aulas presenciais. Licenciaturas e demais cursos da área da Saúde deverão ter, pelo menos, 50% de aulas presenciais.

A nova regulamentação tem como objetivo garantir a qualidade do ensino e adequar a formação profissional à complexidade das áreas.

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A decisão foi apresentada em reunião no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, representantes de instituições de ensino, entidades civis e conselhos profissionais. Segundo Santana, o novo marco responde à necessidade de reverter o crescimento desordenado da modalidade EAD, especialmente em áreas que exigem práticas e formação técnica rigorosa.

Engenharia fica de fora
Apesar das críticas e das sinalizações anteriores do próprio MEC, o curso de Engenharia foi liberado para funcionar no formato EAD, podendo manter até 90% das atividades de forma remota. A decisão contraria expectativas de maior restrição também nessa área, já que 70% dos calouros em Engenharia estão atualmente matriculados em cursos não presenciais.

EAD semipresencial
O decreto institui a categoria “semipresencial” para cursos que terão, obrigatoriamente, parte das atividades de forma física. Cursos como Farmácia, Biomedicina, Fisioterapia, Educação Física e Licenciaturas entram nesse grupo. Eles poderão ofertar até 50% da carga horária a distância, sendo exigido que pelo menos 30% das atividades sejam presenciais e os 20% restantes possam ocorrer presencialmente ou via aulas síncronas (remotas, mas ao vivo).

Os polos de EAD, que funcionam como braços físicos das instituições, precisarão garantir infraestrutura mínima: recepção, sala de coordenação, laboratórios, espaços de estudo, internet estável e mediadores pedagógicos capacitados. As provas devem ser realizadas presencialmente e terão peso maior na nota final dos alunos. Avaliações deverão incluir questões discursivas que representem ao menos um terço da pontuação.

Período de transição
As instituições de ensino superior terão até dois anos para se adaptarem à nova política. Alunos já matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos na modalidade EAD poderão concluir sua formação no formato originalmente previsto.

Reação do setor e das entidades civis
A União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou o decreto como um “primeiro passo importante” para garantir a qualidade do ensino superior no Brasil. Já o setor privado da educação demonstrou preocupação com as limitações impostas e o impacto econômico na expansão da EAD, que nos últimos anos registrou um crescimento de 700% nas matrículas.

A decisão foi saudada por conselhos profissionais como o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), que desde 2024 vinha alertando para os riscos da formação a distância na área. Um documentário produzido pela entidade, “Formação em risco”, mostrou a precariedade dos polos de EAD e a falta de campos de estágio, apontando impactos diretos na qualidade da assistência à saúde.

*TVTNews

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Vídeo: Declaração idiota de Bolsonaro “Cocô dia sim, dia não” é questão de vestibular da PUC

Questão se refere à declaração do presidente, em resposta a um jornalista, sobre se é possível crescer mantendo a preservação ambiental.

 

A resposta destemperada e escatológica que Jair Bolsonaro deu a um repórter do Valor Econômico, no dia 9 de agosto, foi parar na prova de Geografia do Vestibular de Verão 2020 da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), realizada neste sábado (19).

Ao ser questionado se, na sua avaliação, é possível “crescer com preservação”, Bolsonaro aconselhou ao repórter “comer menos e fazer cocô dia sim, dia não” para combater a poluição ambiental.

Na prova, o enunciado da pergunta foi este: “Considere o texto a seguir e responda a questão”.

“’É só você deixar de comer menos um pouquinho. Você fala para mim em poluição ambiental. É só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também. Agora, o mundo, quando eu falei que cresce mais de 70 milhões por ano, precisa de uma política de planejamento familiar. Não é controle, não. Você vai ler na capa da Folha amanhã que eu tô dizendo que tem que ter controle de natalidade’, disse a autoridade pública”.

Em seguida veio a pergunta: “Qual opção realmente contribui para a preservação do meio ambiente?”.

Depois, foram apresentadas as alternativas: A) Priorizar a agropecuária extensiva como prática produtiva; B) Criminalização das Organizações Não Governamentais (ONGs); C) Ampliação da coleta e tratamento do esgoto; D) Restrição da divulgação dos dados relativos ao desmatamento; E) Redução do efetivo das instituições ambientais que monitoram o impacto das atividades humanas.

O vestibular da PUC-PR oferece mais de 7 mil vagas para 60 cursos nas modalidades presencial, EAD e semipresencial.

 

 

*Com informações da Forum

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TRF-4, que aumentou a pena de Lula, absolve Eliseu Padilha

Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil no governo Michel Temer, foi absolvido por unanimidade pelo TRF-4 em uma ação de improbidade, relata Fausto Macedo.

Padilha havia sido acusado pelo MPF de atuar, por meio de suas empresas, para obter e manter um certificado de entidade assistencial que garantia imunidade tributária à universidade gaúcha Ulbra.

Padilha foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta atuação de empresas dele na obtenção e manutenção do Certificado de Entidade Assistencial (Cebas) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o que garantia a esta imunidade tributária.

Segundo o desembargador Leal Júnior, da 4ª Turma do tribunal, “soa inverossímil a afirmação de que os contratos relativos a EAD seriam mera simulação, realizada para “esquentar” os pagamentos efetuados pelo desenvolvimento de atividade de lobby pelo deputado em favor da obtenção do certificado de filantropia pela universidade. Isso porque serviços daquela natureza, pela prova dos autos, foram efetivamente prestados”.