A cidade de Nova York encabeça a lista das cidades com maior quantidade de bilionários no mundo e com o maior número de vítimas do coronavírus.
84 bilionários, cujo patrimônio líquido combinado de US$ 469,7 bilhões, é maior do que o PIB da Áustria.
É o mesmo lugar em que o mundo, perplexo, assiste ao enterro de pobres em enormes valas comuns, mostrando que a barbárie capitalista e o conceito de civilização estão cada dia mais distantes, separados pela ganância e pelo egoísmo doentio.
A maior cidade dos EUA é sede das duas maiores bolsas de valores do mundo e abriga a maioria dos bilionários nos últimos cinco anos e tem uma das piores políticas de segregação social que a selvageria liberal pode produzir.
Sem assistência médica, por falta de um sistema público de saúde, os EUA, mas sobretudo Nova York, escancaram a incapacidade do sistema financeiro em conviver com quem está fora de seu mecanismo desumano.
É louco, porque o homem criou um sistema em que o próprio ser humano passou a não ter importância nenhuma e sim o mercado, ou seja, tudo para o mercado e pelo mercado.
Aquilo é um campo de extermínio de quem não tem dinheiro e, portanto, merece morrer da forma mais desumana e bárbara.
Isso é o capitalismo e seus costumes mostrando que, do fanatismo capitalista à barbárie, não há mais do que um passo, e a barbárie sempre terá mais força.
A capital mundial da “liberdade”, com a pandemia do coronavírus, revela que ela só existe como slogan. Quem não tem dinheiro, não tem liberdade nenhuma. Ao contrário, Nova York é brutal com os pobres. Seu fundamentalismo é o consumo e nada deve sobreviver se não for para impulsioná-lo.
Na verdade, o consumo é uma superstição mais forte do que a religião e seu fundamentalismo justifica todas as barbáries em nome do deus mercado.
*Carlos Henrique Machado Freitas