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Só idiotas e bolsonaristas mascarados ainda acreditam em Bolsonaro

A mais recente mentira de um mentiroso compulsivo.

Só os idiotas de verdade serão capazes de acreditar na desculpa de Bolsonaro para justificar a transferência de R$ 800 mil de sua conta em um banco no Brasil para a conta aberta por ele em um banco nos Estados Unidos. Os bolsonaristas mascarados, também.

oi por ocasião de sua fuga para Orlando, na Flórida, onde assistiu pela televisão, em doce conforto, à tentativa de derrubada de Lula em 8 de janeiro do ano passado. Dera em nada o golpe planejado por ele entre novembro e dezembro para manter-se no poder.

Descoberta a transferência, Bolsonaro agora disse ao jornal O Estado de São Paulo:

Eu mandei o dinheiro acreditando na derrocada completa da poupança no Brasil. […] O pessoal me disse que o volume de dinheiro enviado por brasileiros após as eleições multiplicou por três”.

Grossa mentira, mais uma de quem mente compulsivamente. Diz a Polícia Federal em documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal para apurar atentados à democracia:

“Evidencia-se que o então presidente Jair Bolsonaro, ao final do mandato, transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência do exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento”.

A fuga de Bolsonaro começou a ser tramada ainda em junho de 2022, a quatro meses da eleição que perderia, quando ele e seu ajudante de ordem, o tenente-coronel Mauro Cid, embarcaram juntos no dia 8 para Los Angeles, onde haveria a Cúpula das Américas convocada pelo presidente Joe Biden.

Mauro Cid levou no avião oficial da FAB um kit de joias presenteadas por governos estrangeiros ao Estado brasileiro durante o governo Bolsonaro. Fazia parte do kit: um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.

A comitiva de Bolsonaro voltou ao Brasil sem Mauro Cid. Ele levou as joias para a casa do seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, amigo de Bolsonaro há décadas, que chefiava em Miami o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.

No dia 13 de junho, Mauro Cid viajou à Pensilvânia para vender o relógio Rolex de ouro branco e outro relógio da marca Patek Philippe. A Polícia Federal localizou um comprovante da venda no valor de US$ 68 mil, o que correspondia a R$ 332 mil.

O dinheiro foi depositado no BB Américas, na conta do general Mauro Cid, segundo ele informou ao seu filho. De fevereiro de 2022 a maio de 2023, o general movimentou em sua conta quase R$ 4 milhões – entre valores recebidos e enviados –, destaca relatório do Coaf.

*Blog do Noblat

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Bolsonaro se cercou de idiotas e agora se vê cercado por eles

A elite brasileira sempre escolheu segregar pobres, negros e índios. Ou seja, pelo menos 80% da população, até porque a maioria dos pobres do Brasil é formada por negros, resultado de cinco séculos do país dos quais, quatro foram de escravidão.

Assim a elite vai sempre preferir um sujeito como Bolsonaro que cansou de avisar que, mesmo depois de sete mandatos como deputado federal, não sabia nada de coisa nenhuma. Mais que isso, sentia orgulho por não saber, pior, fez disso marketing político dando a isso o nome de “nova política”.

Bolsonaro viu e acertou que bastaria vomitar preconceitos contra pobres, negros, índios, mulheres, gays que estava garantida sem nenhuma dúvida a segregação da imensa maior parte do povo brasileiro, assim como preconiza a cartilha da nossa inacreditável classe dominante.

Agora, Eliane Cantanhêde, uma das mais proeminentes representantes do senso comum de Higienópolis, sintetiza o sentimento dessa elite que vê o país ser centrifugado pela estupidez de Bolsonaro e fez a seguinte anotação em seu twitter:

O único assunto nacional é voto impresso?! Informo que morreram mais de 560 mil brasileiros de Covid, há 15 milhões de desempregos (fora os desalentados), milhões estão morando na rua e com fome. Ah! E tem uma tal Amazônia virando cinzas.

Ou seja, a eterna madrinha dos limpinhos e cheirosos resolveu lembrar, pior, reivindicar um grau de consciência minimamente civilizado da própria mídia em nome de uma suposta pluralidade de assuntos para não deixar que Bolsonaro paute as manchetes, como vem fazendo com suas farsas.

Todo um processo de discriminação nas falas e comportamento de Bolsonaro durante a eleição, sequer foi questionado pela mesma Cantanhêde e congêneres, assim como também pela classe dominante.

Agora, Bolsonaro se vê cercado pelos mesmos com os quais se cercou para, dentro dessa chamada democracia à brasileira, deixar que o mercado feito por algumas empresas e ou pessoas desse destino aos recursos públicos, às políticas de governo.

Nesse sentido, todos os chamados serviços sociais deveriam ser classificados, como foram, de gastos que não trazem qualquer perspectiva de futuro ao país.

O resultado foi a desintegração total do que poderia formar um ciclo econômico de prosperidade, mínimo que fosse e, ao contrário, o país se vê literalmente na fila do osso, mostrando hoje pouca diferença nas perdas concretas entre o cidadão médio que empobreceu e o pobre que foi devolvido à miséria.

Esse é o nosso país que Bolsonaro utiliza com diversionismos múltiplos, para não dizer farsas, na tentativa de produzir as manchetes que ele próprio pauta, assim como foi há poucas semanas com a farsa das fezes entupidas para que as questões que envolvem o país como um todo se agravem e ninguém as discuta com profundidade.

Com isso, ninguém sabe como estará a situação do Brasil num futuro próximo sequer como perspectiva, o que faz aquela cordialidade com que as classes dominantes trataram o tóxico Bolsonaro se transformar em crítica ácida na tentativa de impedir que destrua o que ainda resta e arraste com ele boa parte dos endinheirados.

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