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A perseguição aos imigrantes revela a imagem sórdida do Império

“O ódio de Trump nas ações contra os latinos, lembra, guardadas as proporções, a perseguição da SS nazista contra o povo judeu, na era Hitler”.

Mal começou o seu segundo mandato, Trump se apresenta como imperador, como soberano todo poderoso de um império que todos sabemos estar em franco e progressivo declínio. Em apenas uma semana, o bufão da cabeça alaranjada disparou seus arroubos tirânicos contra Canadá, México, Panamá, Dinamarca, Índia, Brasil e tantos outros países. Para isto, lança mão de bullying e chantagem, tendo como vítimas preferenciais os imigrantes irregulares, de origem latinoamericana. Uma comunidade que, segundo levantamento feito pela Pew Research Center, gira em torno de 11 milhões de pessoas. Na deportação dos primeiros imigrantes, Trump não poupou mulheres, nem crianças. O ódio nas ações de sua polícia contra os latinos, lembra, guardadas as proporções, a perseguição da SS nazista contra o povo judeu, no início da era Hitler.

O ódio destilado por Trump contra os imigrantes alimenta o preconceito, o racismo e a xenofobia. Prova disto são as milícias que têm, desde a posse de Trump, perseguido, constrangido e atacado imigrantes em todo o território estadunidense, disseminando o horror.

E esse clima de ódio tem se alastrado para além daquelas fronteiras, encontrando terreno fértil na extrema-direita brasileira e de sua vizinhança. Assim que começaram a deportação nos EUA, o senador Flávio Bolsonaro postou nas suas redes sociais, inflamando os que se consideram “arianos” tupiniquins, que nossos conterrâneos deportados são um bando de “criminosos, terroristas, pedófilos e integrantes de gangues”. E que, portanto, merecem ser tratados como cidadãos inferiores.

Imitando o ídolo, Javier Milei anunciou, através de sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, a construção de uma cerca na fronteira da Argentina com a Bolívia, além da adoção de medidas que dificultem a travessia da fronteira à pé por brasileiros e paraguaios, nas diversas cidades fronteiriças. Ou seja, Milei está no caminho oposto ao da integração econômica do cone sul, levado a cabo pelos presidentes Raul Alfonsin e José Sarney, há quarenta anos atrás. Pior, está trazendo de volta o velho preconceito de parte da elite reacionária da Argentina, de que são brancos europeus vivendo em um continente cercado por etnias inferiores, composto por negros, índios e mestiços.

A cizânia espalhada pelos discursos de ódio e das mentiras da direita fascista vem minando a integração da América Latina. Tanto que a reunião emergencial da Comunidade de Estados Latino-Americanos foi suspensa por falta de consenso.

Tudo isso que está acontecendo é preocupante e coloca os governos progressistas e de esquerda em alerta. Os presidentes democráticos estão mantendo conversas entre si. Nesta quarta-feira, (29/01) Lula e Boric conversaram por telefone para tratar dos caminhos a serem seguidos para preservar e fortalecer a integração da América Latina e do Caribe, diante do avanço das ideias fascistas no mundo.

Em um trecho do livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, José Saramago diz que “a alegria e a tristeza podem andar unidas, não são como água e o azeite”. Uma não exclui a outra porque a nossa existência é permeada por ambas, indistintamente. Caminhamos nesta vida entre sorrisos e lágrimas, angústia e gozo, tristeza e felicidade. Essa é a beleza da vida.

Estávamos muito pra baixo, e tristes. Na realidade, não estamos tristes, mas preocupados com o momento extremo que vivemos.

*Florestan Fernanfes Jr/247

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Trump ameaça a economia dos EUA. Não duvide do estrago que um idiota pode produzir

Os planos do bufão norte-americano contra imigrantes ilegais podem abalar setores cruciais dos EUA, tais como agricultura, alimentação, hotelaria e tecnologia.

Se Trump levar mesmo a ferro e fogo sua promessa de mandar embora até 11 milhões de imigrantes em situação ilegal, o que pode acontecer na maior economia do planeta?

O impacto seria tão brutal que a Bloomberg Economics avalia que a deportação de todos os imigrantes indocumentados reduziria em até 8% o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, avaliado em US$ 27,3 trilhões.

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As perdas bilionárias não param por aí.

Segundo o American Immigration Council (AIC), as famílias de imigrantes contribuíram com quase um sexto de todos os dólares arrecadados em impostos no país, cerca de US$ 580 bilhões em 2022.

No total, os ilegais representam cerca de 23% da população de imigrantes, sendo que cerca de 4 milhões (23% do total) são do México, seguidos de Índia (6%), China (5%), Filipinas (4%) e El Salvador (3%), de acordo com dados do Pew Research Center.

A magnitude destes números já preocupa, inclusive, Wall Street, que faz as contas do que isso poderia causar a toda uma economia, que depende bastante desses trabalhadores. Isso porque 13,6% da população americana atualmente é composta por imigrantes. Além disso, cerca de 18,4% da força de trabalho vem dessa imensa massa e 25% das empresas são constituídas por imigrantes, segundo dados do Departamento do Trabalho.

Resultado do estrago com os setores mais afetados

Entre os setores nos EUA que mais sentirão o impacto da deportação em massa estão o hoteleiro, alimentos e construção civil, de acordo com dados do banco de investimento Jefferies. Todos eles são intensivos em mão de obra e devem sentir a pressão em seus custos.

Os restaurantes de fast food, por exemplo, já enfrentam problemas com o mercado de trabalho e os custos dos alimentos, que devem aumentar.

Na construção, os problemas vão desde as varejistas de materiais de construção até os trabalhadores nas obras propriamente ditas, uma vez que em estados como Texas, Califórnia e Flórida mais de 45% dos trabalhadores da construção são imigrantes, segundo dados do Jefferies.

Na Agricultura, estima-se que em todo os Estados Unidos cerca 70% dos trabalhadores agrícolas são imigrantes, muitos deles sem documentos, segundo a Pesquisa Nacional de Trabalhadores Agrícolas do Departamento de Trabalho dos EUA.

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EUA detém imigrantes para serem deportados

Desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro, o governo anunciou a detenção de 538 imigrantes em situação irregular, muitos classificados como criminosos.

A informação foi divulgada pela Casa Branca através da rede social X e confirmada por fontes como a AFP e Folha. Segundo o governo, várias deportações já foram realizadas utilizando aviões militares.

A administração Trump, que tem adotado uma postura rigorosa em relação à imigração, não especificou claramente se todos os detidos foram condenados por crimes, incluindo indivíduos apenas acusados.

Exemplos dados incluem um dominicano condenado por abuso sexual de menor e um equatoriano sentenciado por estupro. A opacidade das informações sobre as prisões e as legalidades das deportações provocou críticas de organizações internacionais.

Nos primeiros dias de seu mandato, Trump implementou várias medidas controversas, como a suspensão da concessão automática de cidadania para filhos de imigrantes nascidos nos EUA, desafiando a 14ª Emenda da Constituição, e a declaração de “emergência nacional” na fronteira com o México, uma ação que entra em conflito com o Código Federal que permite a solicitação de asilo.

A porta-voz da ONU para direitos humanos, Ravina Shamdasani, expressou preocupações sobre essas políticas, enfatizando a necessidade de conformidade com as obrigações internacionais.

Além disso, a nova administração começou a revogar programas estabelecidos pelo governo anterior de Joe Biden que visavam reduzir a imigração ilegal. Um memorando interno revelou que os agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) foram autorizados a deportar imigrantes que haviam obtido vistos temporários por meio de programas que permitiam a cidadãos de países como Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela residir nos EUA temporariamente ou usar um aplicativo para formalizar pedidos de asilo. Desde 2023, aproximadamente 1,4 milhão de migrantes entraram nos EUA por esses métodos.

Essas ações de Trump levaram a várias reações legais. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) processou o governo, alegando violações da legislação federal. Em Newark, Nova Jersey, o prefeito Ras Baraka acusou agentes do ICE de deter pessoas sem ordens judiciais. Simultaneamente, o Congresso aprovou uma lei que amplia a detenção preventiva de estrangeiros suspeitos de crimes.

Essas medidas indicam um endurecimento significativo da política de imigração sob a administração Trump, refletindo seu compromisso de campanha com a retórica anti-imigração e gerando uma série de desafios legais e críticas por parte de defensores dos direitos humanos.

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Trump queima na largada e é desclassificado pelo juiz

Justiça bloqueia ordem de Trump contra americanos filhos de imigrantes ilegais cortando as asas do fascismo na largada.

Juiz diz que ordem executiva é “flagrantemente inconstitucional” e vai contra emenda que afirma que todas as pessoas nascidas nos EUA são cidadãos do país.

O pavão Trump mal tomou posse na última segunda-feira e já sofreu uma derrota didática. Pelo menos para quem saber ler as entrelunhas da negativa judicial.

Antes mesmo da cerimônia que oficializou o bufão laranja como o 47º chefe de Estado dos EUA, uma autoridade da Casa Branca, a mando do fogueteiro, havia adiantado à AFP que o novo governo planejava emitir decretos que acabassem com o direito de filhos de imigrantes ilegais nascidos no país serem cidadãos americanos.

De acordo com o jornal Seattle Times, o juiz John Coughenour afirmou, em audiência em resposta à ação, que a ordem é “flagrantemente inconstitucional” — a 14ª emenda da Constituição americana diz que “todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos

Estados Unidos e sujeitas à sua jurisdição são cidadãos” do país.

A regra é clara. Fora da constituição, é não!

Mas não só isso.

O procurador-geral de Washington, Nick Brown, afirma que o argumento da defesa de Trump não faz sentido — uma vez que filhos de imigrantes sem documentação pagam impostos, podem ser processados, presos e acusados de crimes: “Eles devem cumprir a lei dos EUA, assim como os pais deles”.

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Ku Klux Klan aterroriza as ruas dos EUA contra imigrantes após posse de Trump

Movimento racista distribuiu folhetos que incitam a vigilância e perseguição de imigrantes no estado de Kentucky.

A polícia do estado norte-americano de Kentucky está investigando a distribuição de folhetos pelo movimento racista Ku Klux Klan (KKK), o maior grupo supremacista branco dos Estados Unidos.

Segundo a agência RTP, os folhetos incitam a vigilância e perseguição de imigrantes, exigindo sua saída imediata do país. Os documentos, entregues no dia da posse de Donald Trump, mostram o “Tio Sam” expulsando violentamente uma família e fazem apelos para adesão ao KKK.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, vem prometendo expulsar do país todos os imigrantes ilegais através do maior programa de deportações da história norte-americana.

Líderes locais destacam a gravidade da situação e seu impacto na comunidade, enquanto a polícia investiga a situação. O chefe da polícia local, Jon McClain, disse que foi notificado dos panfletos pela primeira vez nesta segunda-feira (20), dia da posse de Trump, e que entrou em contato com autoridades federais.