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Vídeo: Brasileira é alvo de xenofobia em Portugal, e Dino reage com ironia: “repatriem todos os imigrantes que lá estão, devolvendo junto o ouro de Ouro Preto, e aí fica tudo certo”

Uma brasileira de 35 anos foi vítima de um ataque xenofóbico no Aeroporto de Porto, em Portugal. Aos berros, uma portuguesa chama a brasileira de porca e diz que é portuguesa “de raça”. E afirma que “os brasileiros estão invadindo Portugal, essa raça de filho da p…”

A brasileira, que não quis se identificar, postou o vídeo, que viralizou nas redes sociais e foi alvo de comentário do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ao citar a queixa da portuguesa, Dino diz que “temos direito de reciprocidade porque em 1500 eles invadiram o Brasil”. E sugere, em tom de ironia, que Portugal repatrie todos os brasileiros que estão no país, desde que devolvam o ouro que levaram do Brasil na época de colonização.

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Política

Validação de grau escolar, habilitação e mais: veja os 13 acordos assinados por Lula em Portugal

Com as mudanças no ramo da educação, ficará menos burocrático o processo de reconhecimento de diplomas de brasileiros que vão estudar ou trabalhar no país europeu, segundo O Globo.

Durante a reunião de Cúpula Luso-Brasileira, em Lisboa, neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou 13 acordos de cooperação entre Brasil e Portugal, nas áreas de educação, produção audiovisual, turismo, comunicações e saúde. Destaca-se, entre os acordos, o que permite a validação dos diplomas das etapas educacionais que levam ao ensino superior (no Brasil, os ensinos médio e fundamental e, em Portugal, os ensinos básico e secundário). A equivalência de estudos vai tornar menos burocrático o processo de reconhecimento de diplomas de brasileiros que vão estudar ou trabalhar em Portugal.

Segundo um assessor que acompanha a visita do presidente ao país europeu, o acordo garante que o grau escolar obtido no Brasil tenha validade em Portugal, ou o contrário. Um aluno que terminar a sétima série no país de origem, por exemplo, poderia continuar a oitava série (ou o equivalente) no segundo país. A forte migração, sobretudo de brasileiros a Portugal, motivou a assinatura do acordo. Segundo este mesmo assessor, entretanto, ainda não há data definida para implementação da medida.

Outra negociação que pode facilitar a vida de quem sai do Brasil para o território português é o memorando de entendimento para promover o reconhecimento mútuo de carteiras de habilitação. A regra para imigrantes, que já está em vigor, evita a necessidade do condutor de fazer novos exames para dirigir no país.

No discurso ao fim do encontro com o primeiro-ministro português, António Costa, o presidente Lula também destacou a importância de firmar acordos em torno da promoção de boas práticas na defesa dos direitos de pessoas com deficiência. Outros temas contemplados incluem o incentivo à coprodução cinematográfica e a criação da Escola Portuguesa de São Paulo.

Veja abaixo a íntegra da lista dos atos assinados pelos dois países:

  1. Acordo Complementar ao Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Porto Seguro, em 22 de abril de 2000, sobre a concessão de equivalência de estudos no Brasil (ensino fundamental e médio) e em Portugal (ensino básico e secundário);
  2. Acordo em Matéria de Proteção de Testemunhas;
  3. Acordo sobre a criação da Escola Portuguesa de São Paulo;
  4. Memorando de Entendimento para a criação de mecanismos de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência;
  5. Memorando de Entendimento no domínio da Energia;
  6. Memorando de Entendimento no domínio da Geologia e Minas;
  7. Memorando de Entendimento para promover o Reconhecimento Mútuo de Títulos de Condução;
  8. Memorando de Entendimento para Cooperação Internacional entre o Ministério da Saúde, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Economia e do Mar e a Fundação Oswaldo Cruz-Fiocruz;
  9. Protocolo de Cooperação entre o Instituto do Cinema e do Audiovisual, de Portugal, e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), do Brasil, para o fomento à coprodução cinematográfica;
  10. Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, a Agência Espacial Portuguesa (Portugal Space), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Agência Espacial Brasileira, para Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais, Tecnologias e Aplicações;
  11. Declaração de intenções na área de saúde — “Carta de Lisboa”;
  12. Memorando de Entendimento entre a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e o Turismo de Portugal (I.P.);
  13. Protocolo de cooperação entre a Lusa e a Empresa Brasileira de Comunicações.
    Lula terá compromissos em Portugal até o dia 25, próxima terça-feira. Na sequência, irá a Madri, onde tem agenda nos dias 25 e 26 e conversará com o premier da Espanha, Pedro Sánchez.

Lula terá compromissos em Portugal até o dia 25, próxima terça-feira. Na sequência, irá a Madri, onde tem agenda nos dias 25 e 26 e conversará com o premier da Espanha, Pedro Sánchez.

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Política

Em Lisboa, Lula dará Prêmio Camões para Chico; ato foi vetado por Bolsonaro

Jamil Chade: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá entregar o Prêmio Camões ao compositor e escritor Chico Buarque em Lisboa, no final de abril. O prêmio, um dos principais da língua portuguesa, tinha sido concedido ao brasileiro em 2019.

O anúncio foi feito no dia 21 de maio na sede da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, pela então presidente da instituição, Helena Severo.

Mas o então presidente Jair Bolsonaro se recusou a assinar o documento que chancelava a premiação por parte do governo brasileiro.

Criado em 1988, o Prêmio Camões de Literatura visa homenagear a autora ou autor de língua portuguesa que tenha “contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural” do idioma.

Chico Buarque venceu os prêmios Jabuti de melhor livro do ano por “Leite Derramado” e por “Budapeste”. Na categoria romance, ele também foi premiado por sua obra “Estorvo”. No caso do Prêmio Camões, a escolha é pelo conjunto de sua obra.

Nomes como Silviano Santiago, Mia Couto, Lygia Fagundes Telles, Raquel de Queiroz, Jorge Amado e José Saramago também já foram premiados.

Agora, Lula vai aproveitar um convite feito pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, para uma viagem oficial para Lisboa no aniversário da Revolução dos Cravos (25 de abril) para também encerrar a polêmica sobre o Prêmio Camões.

O Palácio do Planalto e o Itamaraty confirmaram que o evento está marcado para ocorrer na capital portuguesa.

Em 2019, Bolsonaro ironizou a escolha do júri e disse que até 2026 assinaria o prêmio a um dos ícones da cultura brasileira e que ao longo dos anos fez uma campanha explícita contra o ex-presidente.

No dia seguinte, Chico Buarque retrucou os comentários do ex-presidente. “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões”, escreveu nas redes sociais.

O reconhecimento é uma tradicional iniciativa dos governos do Brasil e de Portugal, e o prêmio de 100 mil euros é dividido entre os dois países. A parcela brasileira já tinha sido paga e, em 2019, a recusa de Bolsonaro em assinar o prêmio causou surpresa do presidente de Portugal. “Não tenho informação sobre isso. Sei que eu assinei o diploma, então não tenho mais informação. Se não levem a mal, tenho que verificar o que se passou”, ele disse.

*Uol

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Partido Socialista vence eleição legislativa de Portugal

Liderado pelo primeiro-ministro António Costa, Partido Socialista conquista a maioria absoluta no parlamento português.

O primeiro-ministro socialista de Portugal, António Costa, venceu as eleições legislativas antecipadas realizadas neste domingo (30) e conquistou a maioria no parlamento, informa o G1.

Às 22h (horário de Brasília), com 99,1% das urnas apuradas, o Partido Socialista, de Costa, tinha 41,68% dos votos, o que rendia para a legenda 117 cadeiras, uma a mais do que o necessário para garantir a maioria absoluta no parlamento de 230 assentos.

Na sequência, aparecia o Partido Social Democrata (PSD), liderado por Rui Rio, com 27,8% dos votos, levando 71 cadeiras.

As pesquisas de opinião chegaram a apontar um empate técnico entre os dois partidos.

O Chega, de extrema-direita, despontava como a terceira força, com pouco mais de 7% dos votos e 12 assentos no parlamento.

Eleições antecipadas

O primeiro-ministro socialista expressa orgulho por ter “virado a página da austeridade orçamentária” aplicada pela direita após a crise financeira mundial com a aliança histórica – batizada de geringonça – formada em 2015 com os partidos da esquerda radical, Bloco de Esquerdas e os comunistas.

Mas, quando o governo minoritário também almejava “virar a página da pandemia” com uma taxa de vacinação recorde e a liberação dos fundos de estímulo econômico europeus, seus aliados rejeitaram o projeto de orçamento para 2022, o que provocou a convocação de eleições antecipadas.

Quando a data da votação foi anunciada há três meses, o PS tinha 13 pontos de vantagem nas pesquisas sobre a principal formação de oposição, o PSD.

‘Desencanto’

“Espero que todos sintam-se seguros para votar”, declarou Costa, que votou no fim de semana passado, como também fizeram 300 mil eleitores, em uma votação antecipada organizada por causa da crise de saúde.

Com um a cada 10 portugueses em quarentenas, o nível de participação nas eleições, as terceiras organizadas em Portugal durante a pandemia, foi outro fator de incerteza.

“Votei nos socialistas, pois precisamos deles neste momento difícil”, disse à AFP Manuel Pinto, um ex-marceneiro de 68 anos em Lisboa.

“O balanço do governo não é muito bom, mas com a Covid não se pode esperar muito mais”, afirmou Isabel Rodrigues, moradora de Lisboa, de 50 anos.

“Apesar de um certo desencanto com o Partido Socialista, a maioria dos eleitores considera que Costa tem mais competência e experiência para governar que Rio, um economista de 64 anos elogiado por sua sinceridade e autenticidade”, explica a cientista política Marina Costa Lobo.

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Diante da conduta de Bolsonaro, deputados querem suspensão total de voos entre Brasil e Portugal

O Parlamento português vai votar, na tarde desta quarta-feira (8), um projeto de lei que determina a suspensão total do tráfego aéreo entre Brasil e Portugal durante um mês. A justificativa é a conduta do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.

A proposta é do grupo parlamentar do partido PAN (Pessoas, Animais, Natureza). O projeto propõe o início da suspensão para o próximo dia 14, logo após o fim do estado de emergência no país, e que seja válida até 14 de maio.

Atualmente, Portugal está no segundo período de estado de emergência por causa da pandemia, que vai até 13 de abril. A maioria das atividades nos aeroportos nacionais já está suspensa desde o mês passado. As exceções foram os voos de e para países onde existe uma forte presença de comunidades portuguesas, como o Brasil. No entanto, apenas as rotas de Lisboa com São Paulo e Rio de Janeiro permaneceram. Agora, os deputados do PAN entendem que “os acontecimentos recentes exigem uma reponderação de tal exceção em nome da proteção da saúde pública”, lê-se no projeto de lei.

“O povo brasileiro não merece esta posição do seu líder, que, neste momento, está a colocar em risco a saúde de todos. Com isso, coloca também em perigo todos aqueles que viajam para outros países, porque podem trazer novos casos importados. Não nos parece razoável que um país como Portugal, ou qualquer outro que esteja a adotar medidas muito restritivas e difíceis, em uma união enorme para impedir esta pandemia, possa receber depois voos de países em que as medidas de contenção podem estar a ser, por parte do líder, absolutamente minimizadas, prejudicando o esforço que estamos a fazer”,explica à Sputnik Brasil o deputado André Silva, porta-voz do PAN.

Para o partido, “esta é uma medida que nada tem a ver com o povo brasileiro e sim com a posição do presidente do Brasil”, que “insiste em minimizar o perigo e a letalidade desta doença, quando todas as tutelas nacionais e internacionais de saúde apelam a um confinamento em massa para que seja possível controlar isso tudo”, diz André Silva.

O deputado ressalta que o cenário internacional já sofreu alterações diante da gravidade da situação. “O próprio Donald Trump, que tinha uma posição semelhante à de Jair Bolsonaro, já tomou medidas drásticas de contenção, portanto não entendemos esta postura negacionista [do presidente brasileiro]”.

Críticas internacionais

O pensamento do PAN, sigla de centro que apoia o governo do primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, em várias matérias, pode encontrar apoio até na oposição. O líder do Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, já tinha se manifestado publicamente sobre a necessidade de se rever as exceções de voos do Brasil.

No dia 25 de março, logo após o pronunciamento em que Jair Bolsonaro falou sobre reabertura de escolas, comércio e fim do isolamento, o deputado Rui Rio publicou no Twitter que a população portuguesa teria que se “proteger de forma redobrada e de imediato, relativamente aos voos vindos do Brasil. Desta vez não pode haver atrasos”.

As decisões do presidente brasileiro com relação à pandemia vêm sendo destaque internacionalmente. Jornais como o norte-americano The New York Times, o espanhol El País, o francês Le Monde e o britânico The Guardian reportam a situação no Brasil com críticas ao governo de Jair Bolsonaro.

“Como profissional que está nessa cobertura, é um choque para a gente. Vemos os países europeus adotando cada vez mais medidas restritivas rígidas e vemos o nosso país afrouxando nesse sentido. A gente está no epicentro da doença, acompanhando as medidas, e hoje entendemos que o distanciamento social e o isolamento sejam as únicas armas para evitar a propagação do vírus”, diz à Sputnik Brasil o jornalista brasileiro Peterson Izidoro, que mora em Portugal e cobre o cenário europeu.

Para o jornalista, a proposta que será votada pelo Parlamento português não surpreende. “Se você tem um país que vai em discordância com as medidas restritivas adotadas em quase todos os países da Europa, é iminente uma resposta desses países. Esse jogo político afeta sempre o mais fraco, que são as pessoas, que precisam se deslocar do Brasil para outro país por diversas razões, familiares, profissionais”, analisa.

O projeto de lei do PAN prevê autorizações apenas “para voos destinados a permitir o regresso a Portugal dos cidadãos nacionais ou dos titulares de autorização de residência em Portugal ou a permitir o regresso ao Brasil de cidadãos de nacionalidade brasileira que se encontrem em Portugal”, lê-se no texto. A exceção é importante para garantir o retorno dos mais de mil brasileiros que ainda estão retidos no país por causa dos cancelamentos de voos.

Números em Portugal

De acordo com o último boletim, Portugal tem 13.141 casos confirmados da COVID-19 e 380 mortes causadas pela doença. Nesta terça-feira (7), depois de uma reunião do comitê de avaliação da crise, que contou com especialistas de saúde e líderes políticos do país, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que as medidas de contenção estão produzindo resultados.

O presidente revelou que os especialistas avaliam que o pico da pandemia em Portugal pode já ter passado. Mesmo com a propagação do vírus ainda sendo um risco, “há uma tendência positiva, lenta, mas positiva”, disse Marcelo Rebelo de Sousa em coletiva de imprensa ao final da reunião, ressaltando que não há previsão para que o país volte ao ritmo normal.

A partir desta quinta-feira (9) e até o fim do estado de emergência, as restrições vão ser ainda mais fortes. Isso por que o feriado da Páscoa costuma movimentar muita gente pelo país, para as celebrações em família. Durante esse período, as pessoas estão proibidas de deixar a cidade de residência, por qualquer meio de transporte, e os aeroportos vão ter todas as operações suspensas.

 

 

*Do Sputnik

 

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Saúde

Um quarto dos profissionais de saúde do estado do Rio de Janeiro está se infectando com o coronavírus

O percentual, classificado como brutal pelos cientistas, é decorrente da falta de EPIs para os profissionais e a ampla disseminação do coronavírus na população.

Cerca de 25% dos profissionais de saúde da rede pública do estado do Rio de Janeiro estão infectados pelo coronavírus. O percentual é elevadíssimo, comparado com o registrado na Espanha e em Portugal, ambos de 20%, e ainda superior ao da Itália, com 15%.

Os dados são de pesquisa de uma força-tarefa pioneira para testagem molecular de Sars-CoV-2, que reúne mais de 60 pesquisadores, médicos e enfermeiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O percentual de infecção, classificado como brutal pelos cientistas, demonstra duas coisas. A falta de equipamentos de proteção (EPIs) para os profissionais e a ampla disseminação do coronavírus na população.

Além disso, os profissionais atuam em locais de grande aglomeração, os hospitais públicos.

“Se entre eles vemos um percentual colossal de infectados, temos certeza de que, entre a população, o número de positivos é muito maior do que mostram as estatísticas, que são apenas indicadoras da tendência de um aumento explosivo (de casos)”, alerta o professor Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ. “O coronavírus está solto pelo Rio e muita gente não encara a doença com a gravidade que ela tem e desrespeita o isolamento”, disse.

Tanuri explica ainda que, no início da rotina de testes, era zero o percentual de infecção. Os primeiros casos só apareceram em 16 de março e, em seguida, explodiram, um sinal de que a população não faz o isolamento que deveria e expõe os profissionais de saúde, a despeito dos apelos do poder público.

“Temos esse primeiro resultado, mas os testes continuam. Vamos monitorar a pandemia de Covid-19 em nosso Estado. Ontem (segunda-feira), o percentual de infectados pelo coronavírus chegou a mais de 50% das 140 amostras testadas. É colossal”, encerra.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

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Mundo

Presidente do Santander morre por coronavírus, provando que o vírus não escolhe vítimas por condição social

O presidente do Santander Portugal, Antônio Vieira Monteiro, morreu hoje, segundo a imprensa local.

Ele estava em quarentena e faleceu no hospital Curry Cabral, em Lisboa, depois de ser infectado com o coronavírus.

De acordo com o jornal português Econômico, Monteiro estava de quarentena desde de começo de março, após voltar de uma viagem que fez pelo norte da Itália.

O presidente do Santander Totta, como ainda é conhecido em Portugal, tinha 74 anos e ocupava o cargo desde 2012 até 2019.

Monteiro foi a segunda vítima fatal da covid-19 em território português.

O Santander fez comunicado oficial pelo Twitter sobre o falecimento de seu principal executivo em Portugal.

Isso só prova que as medidas visando proteger economias, e não pessoas, como tem sido anunciado tanto nos EUA quanto no Brasil, são inócuas. Ou se busca salvar a todos ou não salva ninguém, principalmente com a mentalidade de que empresas e bancos são mais importantes que as pessoas.

O coronavírus não tem fronteira social.

 

 

*Com informações do Uol

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Vídeo: Bolsonaro, o “quase” miliciano, vende-se como “quase” Jesus por “quase” morrer por nós

Bolsonaro compartilhou no whatsapp um vídeo convocando manifestação em apoio ao próprio, depois de levar uma sarrafada sem precedentes na história de um Presidente da República, em pleno carnaval. O sujeito foi repudiado em uníssono, oficial e extraoficialmente.

Lógico que os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí em que quase todas elas bombardearam o camarada, pesaram muito mais, tanto que Bolsonaro ensaiou dar uma resposta malcriada criticando a Mangueira, o que não teve efeito político nenhum a seu favor.

Soma-se a isso uma saraivada de denúncias que vão sufocando o clã Bolsonaro de seu acordo e parceira com milicianos e outros contraventores envolvidos em negócios que vão de cassinos ao porto de Itaguaí, de participação direta no motim do Ceará aos cheques de Flávio assinados por uma irmã de milicianos, além do seu desmonte do Inmetro para facilitar a vida de quem vive no submundo de combustíveis adulterados.

Falamos de coisas que estouraram durante o carnaval, junto com o escracho que sofreu nos carnavais na Alemanha, em Portugal e no Uruguai.

Bolsonaro perdeu muita musculatura política. Isso ganhou dimensão maior quando criou-se uma mistura explosiva com a morte do comparsa Adriano da Nóbrega, seu ataque à jornalista da Folha, Patrícia Mello, a disparada do dólar que chegou perto de R$ 4,41 e o pibinho de Paulo Guedes logo após ter feito um discurso de discriminação nojenta contra as empregadas domésticas.

Grosso modo, esses são os motivos que formam um caldo da maré mais pesada e com risco mais forte de uma queda de Bolsonaro. Isso é evidente.

O ato, convocado por Bolsonaro para o dia 15 de março, em si, já é uma pantomima dos desesperados, mas ser convocada por Bolsonaro e, certamente, patrocinada por ele, a publicidade da chamada beira a um clichê de quem vive seus últimos horizontes em plena bacia das almas.

Bolsonaro, no vídeo, é quase um Jesus e quase morreu por nós. Uma das mais ridículas peças publicitárias que um político pôde produzir para convocar seu eleitorado, cada vez menor. Bolsonaro apela cada vez mais com seus robôs na rede para defender um governo que não governa, porque ele, desde o primeiro dia, trabalha pelos interesses de seu clã e nada mais.

https://www.facebook.com/Brasil247/videos/245285763136237/

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeos: Com Adnet interpretando Bolsonaro, São Clemente canta o “Conto do Vigário”

“Brasil, compartilhou, viralizou, nem viu
E o país inteiro assim sambou
Caiu na fake news”

Com este refrão que escracha a farsa da eleição de Bolsonaro, será que o TSE vai dar atenção ao que está acontecendo na CPMI das fake news? E a mídia, vai parar de somente defender a jornalista Patrícia Mello, da Folha, sem mostrar a matéria em que ela denuncia a rede de fake news de Bolsonaro, depois do enredo da São Clemente?

O fato é que Bolsonaro virou uma chacota só. Aonde tem folia no mundo, o sujeito vira personagem central e galhofa, como em Portugal, Alemanha, Uruguai e Brasil.

Certamente, não demora, teremos notícias de outros países que tiveram carnaval em que o paspalho se transformou em mote dos humoristas.

Na verdade, ninguém trata Bolsonaro como presidente, no máximo, o trata como Bolsonaro, isso, claro, com muita boa vontade. Os adjetivos que ele já ganhou mundo afora vão de monstro fascista a demente violento.

Na realidade, Bolsonaro carrega com ele toda a carga negativa da classe média brasileira que coloca esse imbecil no altar, sabendo se tratar de um vigarista com três filhos tão vigaristas quanto ele, estão há séculos na política fazendo os esquemas mais imundos nos corredores do baixo clero com todo tipo de sacripanta.

A louvável espinafrada que a São Clemente dá em Bolsonaro, soma-se a tantas outras originais que ridicularizam, acima de tudo, quem trata esse ovoide como um mito.

A pergunta é: será que no dia 15 de março alguém vai pra rua defender esse estorvo?

https://twitter.com/AnaPaulaAndr1/status/1232236169720713216?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Brasil está pronto para ser mais uma estrela na bandeira dos Estados Unidos

O que esperar de Paulo Guedes, que disse para o mundo que a pobreza é a grande inimiga do meio ambiente?

No andar das ações do governo de ocupação, que se apossou do Palácio do Planalto em outubro de 2018, não vai sobrar nada que possa significar desenvolvimento, autonomia, soberania nacional. O Brasil passará a ser mais uma estrela na bandeira dos Estados Unidos, sob aplausos de quem não conhece Porto Rico.

Em Davos, no Fórum Econômico dos milionários, o superministro da Economia, Paulo Guedes, abriu o jogo: não vai sobrar nada de brasileiro. Colocou à venda tudo. Em um primeiro momento, estatais que ainda funcionam: Eletrobras, Correios, e até a Nuclen, empresa nuclear estratégica.

Vende as coisas que não lhe pertencem, como os ativos nacionais de que ainda dispomos por míseros R$ 320 bilhões. O que ele vai fazer com esse dinheiro? Vai pagar juros da dívida e torrar nos gastos correntes da administração pública, que não tem mais de onde sacar dinheiro para pagar as contas.

Será que não existem outras formas de arrecadar dinheiro sem dilapidar o patrimônio Público?

Vejamos. Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade, o Brasil perde R$ 200 bilhões por ano e, desde 2016, essa perda só vem crescendo.

Segundo o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, o Brasil deixou de arrecadar R$ 345 bilhões por conta dos sonegadores fiscais, todos gente muito conhecida, bandidos que nunca foram punidos, como a Rede Globo, por exemplo. Em 2019, estima-se que foram quase R$ 500 bilhões que o Brasil deixou de arrecadar. E, por isentar as petroleiras estrangeiras de impostos e taxas o Brasil deixará de arrecadar nada menos que R$ 1 trilhão nos próximos dez anos.

Na falta de políticas e estratégias de desenvolvimento, com a economia sustentada pela agroindústria e mineração para exportação de produtos primários, se expande o desemprego e a economia informal. Não há trabalho, as pessoas criam estratégias de sobrevivência e formam verdadeiras cidades paralelas, excluídas da institucionalidade.

Segundo a FGV, em 2018, a economia informal movimentou em torno de R$ 1,17 trilhões, algo como 17% do PIB. Isso é o equivalente a toda a economia de países como África do Sul, Portugal ou Chile.

Além de se desfazer dos ativos nacionais, o ministro da Economia aderiu ao Acordo de Compras entre ricos, ou seja, abriu para as empresas estrangeiras as compras públicas. O poder do Estado de decidir o que e de quem comprar faz parte da política de desenvolvimento. Pois, o Estado, em qualquer lugar do mundo, é o maior comprador. Abdicar desse poder é entregar-se passivamente aos interesses das transnacionais estadunidenses.

Os pais da corrupção

Esse ministro está promovendo a recolonização do país e tem a desfaçatez de dizer que se abre o mercado das compras públicas para combater a corrupção.

É para rir não fosse tão trágico. O pai, a mãe e o avô da corrupção são os Estados Unidos. As grandes corporações se impõem através de práticas desestabilizadoras, corrupção e, quando nenhuma dessas dá certo: invadem.

Veja o caso do Iraque. Enquanto os dois países eram soberanos, o Brasil comprava petróleo e outros bens, e os iraquianos compravam equipamentos bélicos, automóveis e comidas. Além disso, empresas brasileiras prestavam serviço de engenharia, construindo estradas de ferro e rodovias.

Os Estados Unidos invadiram o Iraque, não ficou pedra sobre pedra. As empresas brasileiras foram expulsas, entraram as empresas estadunidenses e, com muito serviço, pois se tratava agora da ingente tarefa de reconstruir o que fora destruído pelos bombardeios. O petróleo, que era explorado pelo Estado, agora enriquece as empresas do próprio país.

À diferença do que ocorre no Brasil

Em um primeiro tempo. Juízes e promotores corruptos foram instruídos pelo Departamento de Justiça e Departamento de Estado dos Estados Unidos para iniciar processos contra as maiores empresas brasileiras. O pretexto é o combate a corrupção.

Se assim fosse, puniriam os corruptos. Aqui puniram as empresas, tirando-as do mercado. Ato contínuo, fatiaram a Petrobras, uma empresa integradora que atuava em todo o ciclo do petróleo: extração, transporte, refino, petroquímica, distribuidora e postos de gasolina.

Em um segundo tempo. Abriram totalmente a economia. Essa internacionalização anunciada é o fim do que ainda restava de soberania. Tudo está rifado. E o pior, com a conivência das Forças Armadas.

Os militares abdicaram do papel constitucional de proteger a soberania nacional e atuam como gendarmes do Império, garantia da ordem para que tudo se faça sem a menor resistência. Até quando?

Não é exagero dizer que tudo está rifado, à venda na bacia das almas. Têm pressa de vender, vendem a qualquer preço. Vendem tudo que não lhes pertencem, inclusive os parques nacionais, paraísos ecológicos como as chapadas, santuários como as florestas, paisagens únicas como os lençóis maranhense.

E depois, o que sobrará?

O que esperar de Guedes, que disse para o mundo que a pobreza é a grande inimiga do meio ambiente? Que os pobres destroem a natureza porque estão com fome?

Disse também que o Brasil está atrasado na grande onda da globalização e inovação mundial (…) Essa mudança vai levar um tempo, mas estamos a caminho.

Que caminho é esse? o da entrega total aos Estados Unidos? Eles já legislam em função de seus interesses; já comandam as nossas Forças Armadas; já possuem áreas estratégicas no pré-sal e na Amazônia; já controlam as indústrias estratégica, e também avançam na produção e no comércio de produtos de consumo durável e não durável. O que mais falta? Que os soldados ianques estuprem as nossas meninas como fazem em toda parte que invadem?

Quem são os pobres que destroem a natureza? 90% dos pobres vivem em cidades, marginalidos pela ausência total de política integradoras e pela especulação fundiária. Ocupam os morros porque não o deixam viver na planície.

Os indígenas, os quilombolas e povos ribeirinhos… são eles que protegem a natureza porque sobrevivem em harmonia com ela.

Quem derruba as florestas é o Estado e o latifúndio. O Estado porque é quem abre as fronteiras agrícolas e entregam para as companhias de colonização. São os madeireiros ilegais que derrubam a floresta e não são controlados pelo Estado. São os grileiros e são as empresas estrangeiras que avançam sobre a natureza para plantar grãos e pasto.

Gente… a coisa é séria. Não vai sobrar país nenhum. É urgente mudar o rumo das coisas.

Só uma frente de salvação nacional poderá reverter essa onda e colocar o país no eixo da soberania nacional.

Soberania. Vamos unir nossa gente em torno de uma única palavra de ordem: Soberania Nacional – Frente de Libertação Nacional para recuperar a soberania em todas as frentes.

 

*Paulo Cannabrava Filho/Diálogos do Sul