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“Há boas razões para se livrar de Netanyahu”, diz ex-premiê de Israel

Em entrevista ao Metrópoles, Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro israelense, acusa Benjamin Netanyahu de negligenciar a segurança do país.

Tel Aviv – Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro de Israel e crítico contumaz de Benjamin Netanyahu, disse não considerar que o país tenha cometido crimes de guerra ou genocídio, mas, sim, uma série de erros no confronto contra o Hamas na Faixa de Gaza. “Israel tem o direito de reagir para se defender”, afirmou o político em conversa com o Metrópoles, citando lideranças mundiais que tiveram a mesma opinião após o brutal ataque terrorista sofrido em 7 de outubro de 2023.

“Onde poderíamos reagir? No deserto?”, questiona Olmert, que governou Israel entre 2006 e 2009. Como os integrantes do grupo extremista Hamas estavam na Faixa de Gaza, não havia outro modo de enfrentar os adversários. “A única maneira de chegar ao Hamas, por mais que não quiséssemos e não queríamos que isso fosse uma política, aconteceu. Não é resultado de uma tentativa calculada de matar pessoas inocentes”, defende.

Olmert também reconhece que milhares de civis e inocentes foram mortos, mas que Israel não deve ser visto como vilão, tampouco como único culpado pela tragédia. O ex-primeiro-ministro pede para o mundo enxergar o que o Hamas fez inicialmente. “Eles causaram a morte de tantos outros palestinos”, afirmou.

A defesa de Olmert, entretanto, é somente do país e do povo. Ele não poupa munição contra seu grande adversário político: o atual primeiro-ministro e seu sucessor, Benjamin Netanyahu.

“Ele cometeu crimes contra o próprio povo, não atirando [diretamente neles], mas destruindo todos os fundamentos, princípios e valores com os quais o Estado de Israel foi construído”, disparou. E acusou o político de não respeitar a democracia e negligenciar a segurança do país.

“Há boas razões para se livrar de Netanyahu. Há boas razões para indiciá-lo e para derrubá-lo”, afirmou Olmert.

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Investigação

PF conclui nos próximos dias dois inquéritos que investigam Bolsonaro e vai indiciá-lo em ambos

Os casos serão enviados à PGR até esta sexta ou, no máximo, até a próxima semana.

Os próximos dias serão de péssimas notícias para Jair Bolsonaro. A PF conclui e envia à PGR até sexta-feira ou, no máximo, na semana que vem, os inquéritos que investigam o ex-presidente em dois casos: o das joias da Arábia Saudita vendidas ilegalmente nos EUA e o das fraudes nos cartões de vacinação.

Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro será indiciado nos dois inquéritos.

No caso dos cartões de vacinação, a PF concluiu o inquérito em março. Indiciou 16 pessoas, incluindo Bolsonaro e o ex-faz-tudo Mauro Cid. Mas o PGR Paulo Gonet pediu o aprofundamento de algumas investigações — é esta parte agora está a dias de ser concluída.

A temporada de tempestade sobre a cabeça de Bolsonaro continuará em julho: é o mês em que a PF prevê a conclusão das investigações sobre a tentativa de golpe de estado. Novamente, neste caso, nada sugere uma boa notícia para o ex-presidente.