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Flip, a feira de indústria de livros, terá Bolsonaro na abertura e escritora americana entusiasta do golpe de 1964

Enfim, cai a máscara da indústria livreira. A Flip nunca foi feira literária coisa nenhuma, sempre foi mercantilista, elitista e rasa.

Na verdade, a Flip sempre foi a cara das excrescências chamadas “leis de incentivo à cultura”. E ganhou muito dinheiro com isso.

Se alguém quer entender o que é projeto de cultura neoliberal, estude o sistema montado pela Flip em todos esses anos.

O convescote de Paraty não resistiu ao charme sangrento da milícia bolsonarista.

Isso seria fatal.

Essa gente nunca teve compromisso com literatura, sempre trabalhou com a cabeça em best-seller.

E não me venham falar dos escritores brasileiros medalhonados que ela “promoveu”.

Eles sempre promoveram a indústria do livro e não o oposto.

Por isso, a grana que vai entrar para os produtores do evento e para a indústria do livro com Bolsonaro sendo o paraninfo, não será pouca não, porque será marcada pela abertura de um idiota de fama mundial e dará destaque ao panfleto fascista da estadunidense Elizabeth Bishop, que já descreveu o golpe militar de 1964 no Brasil como “uma revolução rápida e bonita”

A coisa será nesse nível.

A figura que terá papel de destaque na Flip, diz que a suspensão dos direitos no Brasil, a cassação de boa parte do Congresso, torturas e assassinatos produzidos pelo golpe de 1964, segundo a esperta, “tinha de ser feito, por mais sinistro que pareça”

Espero que o banquete bolsonarista signifique o fim daquele piquenique “cultural” feito com grana pública há anos para encher as burras do mercado privado do livro e produzir furúnculos conceituais e outras futilidades.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas