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Butantan desenvolve soro contra o Coronavírus

O Instituto Butantan concluiu o desenvolvimento do processo de produção de um soro contra o Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. Mais de 2 mil frascos estão prontos para o início dos testes de segurança e eficácia em pessoas, informou a bioquímica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora de Inovação do instituto.

Se apresentar a eficácia esperada na próxima etapa de testes, o soro poderia ser usado para tratar pessoas que apresentem os primeiros sintomas da doença, para bloquear o avanço da infecção, segundo a pesquisadora. “O soro poderia ajudar bastante, já que ainda não temos antivirais eficazes contra a Covid-19”, disse Chudzinski-Tavassi.

Resultado de cinco meses de trabalho, o soro é feito a partir de vírus inativado por radiação, por meio de uma técnica desenvolvida com o Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), aplicado em cavalos. Em resposta ao vírus, os animais produzem anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG), extraídos do sangue e purificados de acordo com uma técnica usada no instituto há décadas para produção de outros soros.

Segundo Chudzinski-Tavassi, o soro mostrou resultados satisfatórios em testes de neutralização em células e segurança em camundongos e coelhos. O estudo está sendo discutido com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter autorização para os testes de segurança e eficácia em pessoas, mesmo sem testes similares em modelos experimentais animais.

“Não há nenhum modelo animal que reproduza a Covid-19 do mesmo modo que nos humanos”, comentou. “Por causa dessa impossibilidade, a Argentina, o México e a Costa Rica não realizaram essa etapa, alguns soros já conseguiram a autorização oficial e a Argentina já começou os testes clínicos com seu próprio soro.”

*Publicado originalmente na Revista Pesquisa FAPESP

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Morte de voluntário faz Anvisa suspender testes com CoronaVac no Brasil

O motivo da suspensão dos testes é a morte de um voluntário brasileiro durante o estudo. Segundo informações obtidas pela CBN, ele não tinha Covid-19. Ainda não se sabe a causa da morte. Um comitê será formado para analisar o caso.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu os testes com a CoronaVac no Brasil por tempo indeterminado por causa da morte de um voluntário. O brasileiro não tinha Covid-19, segundo informações obtidas pela CBN. Após a veiculação da reportagem, a Anvisa enviou nota confirmando a interrupção.

Não foi informada, ainda, a causa da morte do participante da pesquisa. A Agência vai montar um comitê para analisar o caso.

Esse tipo de interrupção é previsto pelas normativas da Anvisa e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas, esperado para estudos clínicos conduzidos no Brasil, segundo nota da Anvisa.

A vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech vinha sendo testada em São Paulo pelo Instituto Butantan em mais de 9 mil voluntários na área da saúde com idades entre 18 e 59 anos. Mais cedo, o governador João Doria anunciou que as primeiras 120 mil doses chegariam ao Brasil no próximo dia 20. O Instituto Butantan já começou a construir a fábrica para produzir o imunizante no Brasil.

 

*Deborah Fortuna/CBN

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Bolsonaro cria grupo que concentra decisão de vacina contra Covid-19 no governo federal

Criação de grupo com representantes dos Ministérios ocorre após suspensão da vacina de Oxford e avanço de vacinas russa e chinesa.

Após o anúncio da paralisação dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, o governo federal poderia estimular o avanço das vacinas chinesa e russa no Brasil. Entretanto, o grupo criado nesta quinta-feira (10) para tomar essa decisão não conta com representantes da sociedade civil e acadêmicos, e sim por 19 pessoas, 18 delas integrantes dos Ministérios do governo Bolsonaro.

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) a criação do grupo de trabalho, sob o comando do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que será responsável por “coordenar as ações governamentais relativas à aquisição, ao registro, à produção e à distribuição de vacina(s) com qualidade, eficácia e segurança comprovadas”.

Pese o avanço do desenvolvimento das vacinas da chinesa Coronavac, pelo Instituto Butantã, e a russa Sputnik, pelo Instituto de Tecnologia do Paraná, o governo concentrará este poder de decisão sobre o registro e aquisição das vacinas no Brasil no grupo criado.

Trecho da resolução publicada no DOU estabelece que o coordenador do grupo de trabalho, que é o Ministério da Saúde, “poderá convidar agentes públicos, especialistas e pesquisadores de instituições públicas e privadas para participar de suas reuniões”, mas “sem direito a voto”.

A medida ocorre dias após a farmacêutica AstraZeneca anunciar a paralisação nos testes da vacina, que estavam sendo feitos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nos voluntários brasileiros, por conta de uma reação adversa verificada em um dos pacientes.

Nesta quarta (09), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho, afirmou que o contrato do governo federal com a AstraZeneca não sofrerá alteração

Paralela à de Oxford, principal aposta do governo Bolsonaro, outros quatro estudos clínicos de vacinas estão sendo feitos no Brasil. Três deles eram reconhecidos pelo governo federal, incluindo a chinesa desenvolvida pela Sinovac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan, a das farmacêuticas alemã e norte-americana BioNTech e Pfizer, e a da Johnson & Johnson.

Já a vacina russa, que já apresentou resposta imune e planeja obter a autorização da Anvisa para iniciar os testes no Paraná até o final deste mês, vem sendo ignorada pelo governo.

E, para além dos testes, caberá a este grupo de trabalho determinar quais vacinas serão adquiridas, registradas, produzidas e distribuídas no Brasil, concentrando a “estratégia nacional de imunização voluntária”, descreve a medida publicada no DOU.

Os integrantes do grupo de trabalho são 3 da Casa Civil, 3 do Ministério da Defesa, 3 do Ministério das Relações Exteriores, 1 do Ministério da Economia, 4 do Ministério da Saúde, 1 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, 1 do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 1 da Controladoria-Geral da União, 1 da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, 2 da Secretaria de Governo, e somente 1 da Anvisa.

Abaixo, confira a Resolução:

 

*Com informações do GGN