A decisão do STF coloca as coisas no lugar: Lula voltou ao cenário, no centro dos acontecimentos, ocupando o lugar de liderança, vazio pela inépcia; restaurou a força da política que deve prevalecer no ambiente da República.
A política tem o poder de conduzir os acontecimentos, na democracia e na República, desde gregos e romanos, a não ser nos períodos sombrios. O Exército, hoje, não tem coesão e nem projeto capaz de barrar o funcionamento regular da República.
O Judiciário já se encontra esfrangalhado, sem condições de dar o respaldo que deu aos golpes que derrubaram Dilma e levaram à prisão de Lula. Além da cobertura que deu à partidarização das televisões e rádios em campanhas massivas visando à derrocada do PT, embora atividades sujeitas a concessões públicas, obrigadas pela Constituição ao dever da neutralidade política. Tudo visando e tendo como resultado a eleição do conservadorismo subserviente ao Império: deu Bolsonaro.
Brizola chamava a atenção para o papel da liderança, especialmente em momentos de crise, na condução da política (ele chamava de processo social). A nação necessita referência nessas horas. Lula foi recolocado no centro da liderança política neste momento delicado do país, já com repercussão internacional: volta-se ao respeito pelo Brasil.
A decisão do STF retira do centro da política a pecha da corrupção, sempre assacada contra setores da esquerda. O Império sempre fez isso: campanha massiva contra Getúlio utilizando a corrupção (o famoso mar de lama), que o levou ao suicídio; contra Juscelino, que foi escapando graças à sua habilidade política incomparável; contra Jango, que levou ao golpe. Deu respaldo ao lacerdismo em campanha de ódio e xingamentos, que agora Ciro tenta refazer, mas sem o brilho do Lacerda e com partidecos sem a força e respaldo político da UDN na época.
Esta decisão do STF coloca um freio nos bolsões da direita, tão assanhados e açulados pelo governo, que certamente continuarão atuando, mas mais contidos.
Recuperada a força da política na República, que é a força do povo, e sem a pecha da corrupção, será possível à esquerda se recompor e recolocar no centro do debate político as necessidades e direitos do nosso povo e os interesses gerias da nação.
Esta é a missão que nos espera. Muita luta ainda, contragolpes poderão surgir a toda hora. Mas iremos superando e vencendo. A força da política é irresistível.
*Vivaldo Barbosa – Ex-deputado federal constituinte
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