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Hipócrita, Bolsonaro ataca Argentina por ter aprovado a Lei do aborto legal

É contra o aborto legal, mas, por culpa exclusiva dele, morrer 200 mil brasileiros por Covid, não tem problema. É um grande hipócrita.

Bolsonaro repetiu chavões antiaborto e disse que o tema “jamais será aprovado” no Brasil, no que depender dele.

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais na tarde desta quarta-feira (30) para criticar a aprovação do projeto de lei da interrupção voluntária da gravidez na Argentina e dizer que lamentar pelas “crianças argentina”. O projeto, aprovado nesta madrugada, permite o aborto até a 14ª semana de gestação.

“Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado. No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!”, escreveu o presidente.

Em votação histórica, o Senado argentino aprovou por 38 a 29 – e uma abstenção – a legalização da interrupção voluntária da gravidez. O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 11 de dezembro, com 131 votos a favor e 117 contra, e com o resultado positivo no Senado fica faltando apenas a assinatura do presidente Alberto Fernández, que poderia acontecer ainda em 2020.

A medida é uma conquista histórica do movimento feminista da Argentina, que tem promovido massivas manifestações nos últimos anos e levantado o debate sobre a importância da legalização de uma prática que já existia, mas era feita na clandestinidade – colocando em risco principalmente pessoas mais vulneráveis.

“Esta lei é a justiça social porque iguala o acesso à saúde para ricos e pobres; porque protege meninas e mulheres jovens; porque equivale à empatia aquela desigualdade de origem com um Estado presente preservando a saúde de todos”, declarou a senadora Ana Almirón, do bloco Frente de Todos (governista) da província Corrientes.

“Ser obrigada a gestar uma gravidez completa quando não desejada é um ato de tortura”, completou.

Durante a votação, até mesmo senadoras fervorosamente católicas acabaram se convencendo de que a medida era necessária. “Recebi mensagens de meus irmãos cristãos dizendo que oravam para que eu fosse para o inferno, que Deus iria me punir. […] O Deus em que acredito é sinônimo de amor e compaixão e não de punição”, discursou a senadora Gladys Gonzalez, católica que já militou na Opus Dei.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, celebrou a aprovação do projeto, promovido pelo governo. “Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres”, disse.

 

*Com informações da Forum

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