PF cumpre 18 mandados em nova fase da Lesa Pátria

Mandados de busca e apreensão são cumpridos em 8 estados diferentes.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (16) a 26ª fase da Operação Lesa Pátria, com 18 mandados de busca e apreensão.

Expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados são cumpridos nos estados do Rio Grande do Norte (1); Santa Catarina (1); Pará (4); São Paulo (1); Minas Gerais (3); Espírito Santo (4); Tocantins (1) e Mato Grosso do Sul (3).

Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Segundo a PF, o objetivo é identificar pessoas que financiaram, fomentaram e promoveram os fatos ocorridos em 8 de janeiro do ano passado, em Brasília (DF), quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e vandalizados.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas.

Lesa Pátria! Avibras é vendida para grupo australiano e acende alerta na defesa nacional

A transferência do controle da Avibras, fabricante brasileira de equipamentos de defesa e tecnologia espacial, para um fundo de investimentos australiano, foi oficializada nesta semana. Esta movimentação marca a perda de importantes ativos tecnológicos brasileiros, incluindo o sistema de artilharia Astros e a tecnologia por trás do veículo lançador S-50, considerado um elemento central no […]

A transferência do controle da Avibras, fabricante brasileira de equipamentos de defesa e tecnologia espacial, para um fundo de investimentos australiano, foi oficializada nesta semana.

Esta movimentação marca a perda de importantes ativos tecnológicos brasileiros, incluindo o sistema de artilharia Astros e a tecnologia por trás do veículo lançador S-50, considerado um elemento central no programa espacial do país.

O governo brasileiro deu sinal verde para a transação, cujos detalhes financeiros ainda não foram divulgados. Esta venda coloca a Defendtex, uma empresa australiana de defesa, como a nova proprietária da Avibras, destacando-se um movimento de aquisição que levanta questões de soberania e autossuficiência tecnológica, diz o Cafezinho.

Especialistas na área de defesa classificam este episódio como um ato de autossabotagem, dado o alto valor estratégico dos ativos e tecnologias agora transferidos para uma corporação estrangeira.

A Avibras, conhecida por sua expertise em sistemas de mísseis e veículos lançadores, representava uma parcela significativa do potencial militar e espacial do Brasil.

Além das implicações imediatas na indústria de defesa, a venda tem considerável peso geopolítico.

A Austrália, parte da aliança militar AUKUS ao lado dos Estados Unidos e do Reino Unido, amplia sua capacidade militar e estratégica na região Ásia-Pacífico através dessa aquisição.

Notavelmente, isso inclui acesso ao míssil MTC, desenvolvido com financiamento público brasileiro, e potencial para uso em submarinos australianos.

A transação ocorre em um contexto onde outros ativos de defesa brasileiros foram negociados com entidades estrangeiras, como a recente venda da SIATT para o EDGE Group dos Emirados Árabes Unidos.

Estes eventos destacam uma tendência de desinvestimento em empresas nacionais de tecnologia de defesa, contrariando práticas globais de proteção e fomento à indústria de defesa interna.

A situação é vista como particularmente preocupante em comparação com episódios anteriores de perda de capacidade industrial e tecnológica, tal como a falência da Engesa, fabricante do tanque Osório, nos anos 90.

Este cenário atual desafia a capacidade defensiva convencional do Brasil e questiona a gestão de suas tecnologias estratégicas em um panorama geopolítico complexo e desafiador.

Deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1

Político e pré-candidato à prefeitura de Niterói, parlamentar classifica ação como ‘medida autoritária’. Polícia Federal cumpre dez mandados de busca e apreensão no Rio e no Distrito Federal.

O deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1Carlos Jordy (PL-RJ) é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar, em Niterói, região metropolitana do Rio, e em seu gabinete na Câmara dos Deputados. A ação tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o parlamentar aliado de Jair Bolsonaro classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

De acordo com a PF, ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio (8) e no Distrito Federal (2). “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.

Líder da oposição na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo partido de Jair Bolsonaro, Jordy (PL-RJ) é suspeito de promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais no ano retrasado, como bloqueios das rodovias no interior do Rio de Janeiro, diz O Globo.

As investigações apontam que esses atos liderados pelo deputado podem ter culminado nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Na ocasião, os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram destruídas.

Nas redes sociais, o parlamentar classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

“Isso é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Em momento algum no 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Pelo contrário. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, anterior ou depois do 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito. Então é totalmente arbitrário. Não há nenhuma postagem minha, nada que possa ser colocado contra mim ou justifique essa medida autoritária de busca e apreensão”, disse no vídeo publicado.

Os demais alvos da operação desta quinta-feira são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que montaram acampamento em frente à 2 Companhia de Infantaria do Exército, em Campos dos Goytacazes (RJ), e bloquearam trechos da BR-101 na mesma cidade. Os atos eram em protesto contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).