O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a denúncia do Brasil aos ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, expressando “grave preocupação” com a escalada militar no Oriente Médio. Em comunicado oficial, o governo brasileiro destacou que tais ações violam a soberania iraniana e o direito internacional, alertando para o risco de transformar uma região em um “campo único de batalha” com consequências globais imprevisíveis. Lula também criticou a comunidade internacional por sua inação diante de conflitos como o no Haiti.
A postura de Lula gerou reações polarizadas. Críticos, incluindo vozes da direita no Congresso brasileiro e em cartas no X, acusaram o governo de alinhamento com o Irã, enquanto outros elogiaram a defesa da soberania e as observações da escalada militar. A posição do Brasil reflete uma tradição de equidistância em conflitos internacionais, mas contrasta com a visão de países ocidentais que condenaram as ações iranianas.
Leia a íntegra da nota do governo brasileiro:
“O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional. Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.
O Governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeita com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.
O Brasil também repudia ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos a infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.
Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.”
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