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Lula demite mais de 200 da GSI e acena com fim do órgão por quebra de confiança

General Gonçalves Dias pediu demissão após a divulgação de suas imagens no Planalto durante o 8 de janeiro; Capelli é nomeado em seu lugar.

De acordo com fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo avalia acabar com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Aliados do presidente afirmam que houve uma quebra de confiança, e que o presidente não acredita no GSI atual. As investigações em curso ajudarão Lula a tomar a decisão final, diz a Forum.

O ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão após a divulgação de suas imagens dentro do Palácio do Planalto durante a invasão ocorrida em 8 de janeiro.

Desde a transição, interlocutores de Lula têm defendido que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a segurança presidencial, comandada pela Polícia Federal (PF), sejam alocadas em uma nova secretaria que seria criada diretamente no Palácio do Planalto. No início do terceiro mandato de Lula, o GSI teve suas funções esvaziadas com a criação da Secretaria Extraordinária de Segurança Aproximada, cuja atuação está prevista para durar até 30 de junho.

Fontes do Planalto também relatam que essa Secretaria Extraordinária, responsável pela segurança do presidente e comandada pela Polícia Federal, pode se tornar permanente. Essa ideia já vinha sendo discutida há algum tempo no Planalto e policiais já estão sendo treinados em Brasília para esse fim.

Mais de 200 pessoas foram exoneradas da pasta no início do mandato de Lula. A possibilidade de o GSI ser extinto não foi discutida na reunião que Lula teve com seus ministros e auxiliares, antes do pedido de demissão de Gonçalves Dias, mas prossegue o esvaziamento e a perda de poder do órgão.

Capelli no GSI

Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (19), Lula exonerou o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias, do cargo de Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Na mesma leva, foi exonerado Ricardo José Nigri, ex-secretário Executivo do GSI.

A edição extra do DOU ainda traz a nomeação de Ricardo Garcia Capelli, número 2 do Ministério da Justiça, para comandar o órgão.

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Lula destitui diretores da EBC após emissora chamar vândalo de manifestante

Petista nomeou Kariane Costa como presidente interina para liderar processo de transição na empresa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destituiu toda a diretoria da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) na noite de sexta-feira (13) e nomeou a jornalista Kariane Costa para a presidência, de forma interina.

De acordo com a Folha, a troca no comando foi acelerada após a linha editorial adotada nos atos golpistas do último domingo (8), segundo auxiliares do chefe do Executivo. Os diretores eram ainda da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A avaliação é a de que a estatal estava com uma postura distante da adotada pelos demais veículos de imprensa, visando minimizar os atos.

Um integrante do governo citou, como exemplo, que as pessoas que depredaram a sede dos três Poderes eram chamadas de manifestantes, em vez de vândalos ou golpistas.

Outro afirmou que o temor era de que a cúpula indicada por Bolsonaro tivesse sido ainda mais radical na cobertura do ato golpista. Havia receio de que a empresa fosse utilizada para eventualmente propagar ideias antidemocráticas ou que houvesse uma espécie de sabotagem técnica, interrompendo transmissões da Presidência, por exemplo.

No dia seguinte ao ato golpista, o jornal da TV Brasil transmitiu a sessão do Congresso e colocou uma passagem do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o que foi interpretado por petistas como provocação.

Dessa forma, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), sob a qual fica subordinada a EBC, decidiu iniciar a transição na EBC. Nos próximos 30 dias, a pasta deve iniciar um processo de reorganização da empresa e retirada de indicados de bolsonaristas em postos-chave.

Kariane conta com a confiança do ministro Paulo Pimenta.

Atualmente, ela integra o Conselho de Administração da empresa, na vaga que representa os empregados da casa.

Por isso, ela já tem o nome aprovado pela Lei das Estatais, processo que dura cerca de 30 dias e pelo qual todos os indicados devem ainda passar.

Assim, Kariane assume de forma interina a presidência e “conduzirá o processo de transição para nova gestão, a ser implementada nos próximos meses”, segundo nota divulgada pelo Planalto.

A jornalista está há mais de dez anos na estatal. Chegou a trabalhar como editora de agosto de 2012 a fevereiro de 2014. Deste então, é repórter de política.

“Aceitei o convite do presidente Lula e do ministro Paulo Pimenta para estar à frente, de forma interina, do processo de transição para a retomada da missão da EBC. Agradeço a confiança! Juntos vamos reconstruir nossa empresa!”, disse Kariane, nas redes sociais.

Já Pimenta afirmou iniciar, na sexta, uma transição na empresa, “que resultará no fortalecimento da comunicação pública, na valorização dos empregados e no aprimoramento da governança.

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