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Opinião

É R$ 19 milhões pra lá, R$ 17 milhões pra cá, esse é o mundo encantado de Moro e Bolsonaro

Antes de entrar nas questões escandalosas que envolvem Sergio Moro e Bolsonaro, em que aparecem cifras monumentais como se fossem troco de balas, só é possível no mundo de Alice bolsomorista porque, em última análise, tudo não passa de fruto de ódio da Globo, fomentado por anos contra o PT. Ódio este que está longe de ter acabado, como foi divulgado durante esta semana, o linchamento que o Globo promoveu contra Marcio Pochmann.

Isso mostra que a leviandade segue sendo o produto principal da família Marinho, sem a Globo e congêneres, jamais esses dois medíocres e fascistas chegariam aonde chegaram.

Sim, porque esse mesmo monopólio midiático, que faz Carluxo parecer jornalzinho infantil é e sempre será o câncer do Brasil.

Como não há crime perfeito, como bem sublinhou Flávio Dino esta semana, os espantosos milhões que envolvem Moro e Bolsonaro, se não assustam mais ninguém, mostram a ousadia descarada dos picaretas, além da capacidade da mídia de transformar vigaristas em heróis da moralidade.

Não são os primeiros, lógico, que estão aí a céu aberto, os últimos dois grandes “ilibados” antipetistas, Collor e Aécio, deixam claro que a Globo e o restante da mídia industrial sempre apostaram no lixo mais cínico da moralidade pública.

Certamente, como Bolsonaro, Moro, Aécio, Collor e etc, outras biscas da mesma cepa virão, até porque Eduardo Cunha e Roberto Jefferson Ganharam a alcunha de salvadores da pátria pela mídia quando interessava atacar o PT, Lula e Dilma.

O fato é que Moro, por exemplo, está intimamente ligado à questão que envolve a tentativa de desvio por Dallagnol de um bilionário dinheiro da Petrobras para criar uma fundação privada em que os próprios, Dallagnol e Moro fossem os administradores.

Já o caso de Bolsonaro, segue padrão inconteste de todo e qualquer contraventor desse país, de bicheiro a miliciano, de traficantes de drogas a traficantes de armas. Ou seja, é outro que trabalha com método utilizado pela bandidagem nacional.

Assim, não há porque se espantar com as últimas notícias que envolvem cifras milionárias captadas por Moro e Bolsonaro, afinal, como se diz no futebol, não tem bobo nessa catedral dos homens de bem, representantes da família tradicional do Brasil.

Nesse universo ninguém joga para perder, muito menos para ganhar pouco.

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Justiça

Caixa deve pagar R$ 3,5 milhões por assédio do ex-presidente bolsonarista Pedro Guimarães

Em evento institucional, Pedro Guimarães teria constrangido os trabalhadores da estatal a fazer flexões “ao estilo militar”.

Conjur – Justiça do Trabalho condenou, a título de danos morais e coletivos, a Caixa Econômica Federal a pagar R$ 3,5 milhões em indenização por conta de seu ex-presidente, Pedro Guimarães, ter humilhado e constrangido funcionários durante um evento institucional do banco público em 2021.

A decisão foi assinada pela juíza do Trabalho Viviany Aparecida Carreira Moreira Rodrigues. O processo corria sob segredo de Justiça, que acabou levantado na mesma sentença.

A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. No evento institucional chamado “Nação Caixa”, que ocorreu nos dias 14 e 15 de dezembro de 2021, Guimarães, então presidente, teria constrangido os trabalhadores da estatal a fazer flexões “ao estilo militar”.

A Caixa argumentou afirmando que o momento foi de “descontração”, como forma de “quebrar o gelo” durante a abertura do evento. Ainda disse que se tratou de uma “atividade desenvolvida num contexto de comemoração pelos excelentes resultados alcançados por esta Empresa Pública em 2021”.

A juíza, no entanto, não acatou os argumentos da estatal. “É incontroverso que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Sr. Pedro Guimaraes, em evento institucional realizado na cidade de Atibaia, obrigou os participantes a realizarem flexões de braço em nítida alusão a treinamento físico militar. Ainda que alguns possam entender que isso se deu maneira ‘descontraída’ e como forma de ‘quebrar o gelo’, a conduta em si mesmo considerada se mostra reprovável, constrangedora e humilhante”, escreveu a juíza.

“Os vídeos juntados em plataforma eletrônica própria demonstram que o ex-gestor abusou de seu poder hierárquico e submeteu os participantes do evento a constrangimento e exposição desnecessários, com utilização de ‘brincadeira’ de mau gosto, incompatível com a finalidade do evento”, afirmou Rodrigues.

Na decisão, a magistrada afirma que o valor de R$ 3,5 milhões deve ser revertido à Fundação Projeto Travessia, conforme pleiteado pelo próprio Sindicato na ação.

No pedido, o sindicato também citava questões como a não adoção, por parte do banco público, de medidas restritivas para combater a Covid-19 durante a pandemia, além de fechamento de postos de trabalho que teriam prejudicado o funcionamento e a qualidade laboral do banco. O objeto de análise da juíza, no entanto, se restringiu ao evento institucional.

Para o advogado Eduardo Antonio Bossolan, integrante da área jurídica do Sindicato dos Bancários de São Paulo e sócio de Crivelli Advogados, o processo tramitava sob segredo de justiça a pedido da Caixa Econômica Federal para não contaminar a campanha de Bolsonaro à reeleição.

“Contudo, o sigilo foi levantado pela Justiça do Trabalho por entender que os fatos apreciados são públicos, pois divulgados por vários meios de comunicação”, explica.

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