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Ex-ouvidor das polícias de SP defende campanha por Nobel da Paz para o padre Lancellotti

O ex-ouvidor das polícias de São Paulo e atual Secretário de Segurança Pública de Diadema, Benedito Mariano, informou à CNN que iniciou uma campanha por Nobel da paz para o padre Júlio Lancellotti. Para ele, “a radicalidade com que Padre Júlio defende e valoriza as pessoas em situação de rua o santifica”

Mariano já solicitou, na última sexta-feira (05), uma reunião com o Ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, pois acredita que o ministério pode ser um patrocinador da indicação do padre ao prêmio, juntamente à comunidade internacional. Ele espera que esse encontro ocorra já nos próximos dias, segundo a CNN.

A campanha foi sugerida após a CPI das ONGs ser protocolada na Câmara de Vereadores de São Paulo. A proposta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito gerou repercussão nas redes sociais, depois que o autor do requerimento, o vereador Rubinho Nunes (União) declarou que o padre Júlio Lancellotti seria convocado, na eventual aprovação da CPI, a prestar esclarecimentos sobre a atuação do pároco junto à população em situação de rua no centro da cidade.

Para Benedito Mariano, a ideia de criação dessa CPI “é absurda e vergonhosa” e acredita que “a Câmara deveria, ao contrário, premiá-lo por sua ação corajosa, permanente e profética de defesa das pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo”.

O secretário de segurança, que já trabalhou na Arquidiocese de São Paulo como diretor do Centro Santos Dias de Direitos Humanos, de 1982 até 1995, afirmou ainda que o padre Júlio demonstrou agradecimento com a sugestão da campanha que pretende indicá-lo ao Prêmio Nobel.

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Vídeo: O Nobel da Paz José Ramos-Horta diz que Lula é um preso político e que sua condenação foi para tirá-lo das eleições

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz falou com exclusividade na Rádio Brasil Atual e disse que, em qualquer outro país, o processo contra o ex-presidente seria arquivado.

Ex-presidente de Timor-Leste e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1996, José Ramos-Horta não tem dúvida de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político. Para ele, as reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos da mídia comercial provam que todo o processo que levou à prisão de Lula foi movido por perseguição política. Diz ainda que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, violou os princípios éticos, a independência e a integridade do Judiciário.

“Em qualquer outro país, seja nos Estados Unidos, na Europa, Austrália, até em meu país, o Timor Leste, as revelações do The Intercept teriam provocado a resignação de todos os que estiveram manipulando o processo de Lula, e o tribunal teria mandado arquivar o processo”, afirmou Ramos-Horta, em entrevista exclusiva para o Jornal Brasil Atual, edição da tarde.

Ramos-Horta avalia que o processo e a consequente prisão de Lula tiveram a intenção de tirá-lo das eleições à Presidência da República, em 2018. “Porque senão, ele ganharia”, acredita, destacando que o ex-presidente sempre foi muito respeitado em todo o mundo. “Lula foi uma figura internacional muito popular, muito respeitada por todos. Foi figura muito respeitada no Banco Mundial e no FMI. Foi uma pessoa que colocou o Brasil na estratosfera.”

O ex-presidente de Timor Leste ainda lembrou que, no governo de Lula, o Brasil chegou a ser elogiado pelo Banco Mundial e pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ter a melhor política de erradicação da pobreza, e também enfatizou a aprovação de cerca de 80% de Lula quando deixou a presidência da República, em 2010.
Nobel

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz, em 1996, José Ramos-Horta explicou que o comitê norueguês, que elege o ganhador do prêmio, atua sob sigilo e não aceita pressões. “O comitê trabalha em segredo absoluto, portanto, é impossível dizer com previsibilidade quem o comitê Nobel vai contemplar esse ano. E o comitê Nobel não gosta de pressões, não aceita lobby. A decisão é apenas e exclusivamente pelo mérito do candidato”, explicou. O ex-presidente Lula é um dos indicados ao Prêmio Nobel deste ano.
Meio Ambiente

Na entrevista para a Rádio Brasil Atual, Ramos-Horta destaca que o Timor Leste é signatário do Acordo de Paris e honra o que foi acordado, assim como também cumpre todos os tratados de direitos humanos já assinados. “Nós somos orgulhosos neste sentido, e também nos consideramos co-responsáveis pela proteção do meio ambiente em todo o mundo, porque todos somos cidadãos do planeta e temos obrigação de preservar as florestas, rios, lagos e mares.”

Reconhecido por uma vida dedicada a defesa dos direitos humanos, o ex-presidente de Timor Leste diz que qualquer governo, em qualquer país do mundo, que viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos, incita o ódio e o racismo, a exclusão social ou a discriminação contra qualquer ser humano, não pode ter apoio. “Seja o Brasil, os Estados Unidos de Donald Trump, a Coreia do Norte ou qualquer outro país.”

Confira a íntegra da entrevista:

 

*Com informações da Rede Brasil Atual