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Deltacron: nova cepa do coronavírus, que combina delta com ômicron, é identificada no Chipre

O Chipre, país europeu no Mar Mediterrâneo, anunciou neste fim de semana ter identificado uma nova variante do coronavírus. A mutação ganhou o nome de “Deltacron” por misturar elementos já identificados anteriormente nas cepas da Delta e da Ômicron. Ao menos 25 casos foram notificados nos últimos dias, informa a BandNews.

O pesquisador da Universidade do Chipre Leondios Kostrikis, responsável pela notificação da nova mutação, disse ainda ser muito cedo para falar se a variante é mais transmissível ou mortal que cepas já em circulação no mundo.

Os cientistas devem observar nos próximos dias se aparecem mais casos da nova cepa, que tem característica justamente de outras das cepas dominantes no cenário da pandemia. Dados do site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, indicam que 95% das mostras analisadas em laboratório atualmente são da Ômicron e 4% são da Delta.

A nova variante foi descrita no Gisaid, banco de dados internacional que rastreia alterações do vírus, no último dia 7 de janeiro.

Está não é a única mutação a chamar a atenção dos cientistas nos últimos dias. Na semana passada, franceses descreveram uma nova cepa com origem no Congo e monitoram casos da nova variante.

Enquanto novas mutações surgem, o mundo corre para avançar na vacinação contra a Covid-19 e na dose adicional da vacina, que reforça o esquema vacinal e tem maior capacidade de proteger contra variantes, segundos os cientistas.

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Saúde

OMS alerta: Nova cepa do coronavírus pode ser perigosa para crianças e adolescentes

Entidade confirmou a existência de estudos certificando que a variante do coronavírus descoberta no Reino Unido tem maior capacidade de manifestar sintomas entre pessoas menores de 30 anos.

A pandemia do coronavírus pode se tornar muito mais preocupante para jovens e crianças a partir da descoberta da nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 encontrada no Reino Unido.

Em uma entrevista para o canal Sky News, o epidemiologista David Nabarro afirmou a nova cepa do coronavírus, batizada como VUI-202012/01, pode afetar muito mais pessoas com idades inferiores a 30 anos, incluindo adolescentes e crianças.

Nabarro é um dos seis especialistas enviados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) ao Reino Unido para estudar a nova cepa do coronavírus e suas características. Ele estaria realizando análises junto com a equipe da Universidade de Leeds, comandada pelo professor Mark Harris.

“Há a preocupação muito grandes pelo fato de que esta segunda onda da pandemia no Reino Unido registrou muitos novos casos de covid-19 em escolas e universidades”, comentou Nabarro.

O epidemiologista britânico também afirmou que “esta nova mutação do vírus se realmente está se replicando e se desenvolvendo melhor em crianças e adolescentes, que eram assintomáticos na maioria dos casos da cepa original do SARS-CoV-2”.

O especialista também disse que ainda não há dados capazes de dizer que ela seria mais mortal, apenas que provoca mais casos de covid-19 (ou seja, casos com sintomas) entre pacientes mais jovens.

A nova cepa do coronavírus também é considerada 70% mais contagiosa do que a original, ou seja, se transmite muito mais rapidamente. Razão pela qual esta segunda onda da doença no país tem gerado um número muito mais de novos contágios e de óbitos no Reino Unido, em comparação ao registrado no primeiro semestre de 2020.

 

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Mundo

Reino Unido identifica nova cepa do coronavírus que se multiplica mais rapidamente

Ministro da Saúde afirma que OMS já foi notificada e relaciona surto de casos à nova variante do Sars-CoV-2. País é o mais atingido pela COVID-19 na Europa ocidental.

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta segunda-feira (14) ao Parlamento britânico que uma nova cepa do novo coronavírus foi identificada no país, informou o jornal O Globo.

A descoberta ocorre em meio à vacinação contra a COVID-19, iniciada na semana passada. Segundo Hancock, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada.

A variante do Sars-CoV-2 poderia estar relacionada à alta de casos no sudeste da Inglaterra e se multiplicaria mais rapidamente do que as demais cepas do patógeno.

Ainda segundo o ministro britânico, mais de mil casos já foram registrados no Reino Unido em mais de 60 localidades diferentes. Os números, descreveu Hancock, estão “crescendo rapidamente”.

Ele ponderou que ainda não há elementos que indiquem que a nova cepa tem maior probabilidade de agravar o quadro da COVID-19 do que as demais.

“Nós identificamos uma nova variante do coronavírus que pode estar associada à disseminação acelerada [da COVID-19] no sudeste da Inglaterra”, disse Hancock em uma reunião com parlamentares.

Análises iniciais sugerem que essa variante está se multiplicando mais rapidamente do que as já existentes.

O ministro afirmou ainda que o laboratório de Porton Down, vinculado ao Ministério da Defesa britânico, fará testes para avaliar se a nova cepa é resistente a vacinas. Hancock ponderou, no entanto, que assessores médicos da pasta acreditam que essa possibilidade é “altamente improvável”.

Restrições mais rígidas

Na mesma ocasião, Hancock confirmou que o governo britânico colocará a capital, Londres, sob o nível mais rígido de restrições por conta da alta de casos de COVID-19. Outras cidades no entorno também entrarão em regime de confinamento.

De acordo com os procedimentos previstos pelo governo, restaurantes, cafés e bares serão fechados e empresas deverão adotar o trabalho remoto para todos os serviços não essenciais.

“Não sabemos até que ponto isso se deve à nova variante, mas, independentemente da causa, precisamos tomar ações decisivas e rápidas que, infelizmente, são absolutamente essenciais para controlar essa doença mortal enquanto executamos a vacinação”, disse o ministro se referindo à alta de casos em regiões da Inglaterra.

O Reino Unido é o país mais afetado pela COVID-19 na Europa Ocidental junto da Itália e já soma mais de 1,8 milhão de casos da doença. Mais de 64 mil pessoas morreram por conta do novo coronavírus em solo britânico.

O governo se tornou no último dia 8 o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação contra a COVID-19 dentro dos procedimentos científicos.

 

*Com informações do Sputnik

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