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A onda Lula que floresce no Brasil inteiro, é um fenômeno espontâneo da sociedade

O diretor-geral do DataFolha, Mauro Paulino, que sempre participa da Central das Eleições, na GloboNews, tem chamado a atenção para um fato extremamente importante nessas eleições, que os mesmos números que hoje dão vitória a Lula, davam vitória a ele em 2018, o que confirma que um juiz criminoso como Moro, que condenou e prendeu Lula sem qualquer prova, foi decisivo para levar Bolsonaro ao poder.

As eleições atuais mostram que o feito do chavequeiro de Curitiba está lhe custado muito caro quando se aventura a assumir que sempre operou na Lava Jato como político e, por isso, resolveu se candidatar à presidência, mas desistiu por falta de votos e, tudo indica, como candidato ao Senado por Curitiba, sairá derrotado das urnas.

Como bem disse Gilmar Mendes, “voltará ao nada”.

O fato é que, uma frase dita de forma genérica, inclusive, imagina isso, por Bolsonaro que “o poder emana do povo”, nunca foi tão integral como hoje, sobretudo das camadas mais pobres da população, não porque Lula é um mito ou uma figura que exerce um magnetismo divino perante a sociedade, mas porque Lula não só ouviu, como viveu como um brasileiro comum, o que a maioria da população viveu até o seu governo.

É a memória do governo Lula que sempre significou uma grande vitória para essa parcela da sociedade, que está colocando azeitona na empada de Lula e, com isso, mandando um recado claro às tais instituições que estavam funcionando, segundo as insistentes afirmações dos comentaristas da Globo sobre o golpe do impeachment de Dilma e o golpe da condenação e prisão de Lula, deixando um recado claro para os que “mandam” nessa república de cartas marcadas que, em outras palavras, sentenciou: “nós não fomos para as ruas brigar, mas jamais fizemos as pazes com vocês”.

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Datafolha: PT cresce e chega a 28% de preferência, melhor resultado desde 2013

Partido retorna ao patamar anterior aos protestos de junho de 2013 e à Lava Jato.

Na esteira da “onda Lula” que se ergue para a eleição do ano que vem, o PT alcançou seu melhor resultado na preferência partidária do brasileiro desde 2013. Segundo recente pesquisa Datafolha, o partido é o preferido de 28% dos entrevistados.

Em um muito distante segundo lugar, aparecem empatados PSDB e MDB, ambos com 2% cada um. Empatados tecnicamente com eles, PDT e PSOL têm cada um 1%. Os demais partidos não chegaram a pontuar.

A pesquisa foi realizada de 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas, em 191 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

O PT é o partido preferido dos brasileiros desde 1999.

O resultado de agora é bem próximo ao melhor desempenho já registrado pela sigla, 31% em abril de 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Vivia-se ainda o rescaldo do crescimento econômico dos governos Lula (2003-2010), mas o partido entraria pouco depois em processo de queda brusca devido ao massacre que sofreu da grande mídia e de interesses espúrios que acabaram por golpear Dilma.

​​Em junho de 2013, milhares de pessoas foram às ruas do país em protesto contra a má qualidade dos serviços públicos e os políticos em geral. Protestos que começaram com reivindicações claras, sendo depois tomados por interesses da direita contra a então presidenta Dilma.

Ocupando a Presidência com Dilma, o PT foi o partido que levou o maior baque. Em pesquisa no final daquele mês, foi citado por 19%. Três meses antes, havia marcado 29%.

Nos levantamentos seguintes, a queda prosseguiu. Em 2014 teve início a Lava Jato, que revelou um largo esquema de corrupção nos governos petistas. Prisões de expoentes da sigla e a recessão econômica derrubaram ainda mais a simpatia pela agremiação.

Em março de 2015, mês em que protestos contra o governo Dilma reuniram quase 1 milhão de pessoas pelo país, o PT chegou ao seu pior resultado em anos recentes, com 9% das menções.

Teve o mesmo índice em dezembro de 2016, após o impeachment de Dilma. Menos que isso o PT só registrou em agosto de 1989, com 6%.

Em abril de 2017, talvez em razão da também alta rejeição do governo de Michel Temer, o partido saltou para 15%. De forma geral, passou para a faixa dos 20% nas pesquisas seguintes, guinada que não foi freada nem pela prisão de Lula, em abril de 2018. Quatro meses depois, o PT registrava 24%.

Com pequenas variações, manteve-se nesse patamar nos anos seguintes. Em julho deste ano marcou 22%, 23% em setembro e agora 28%.

Lula foi solto em novembro de 2019 e desde então vem acumulando uma série de vitórias, o que pode ter se refletido na avaliação geral de seu partido.

*Com informações da Folha

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