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A paciência de aliados com Bolsonaro diminui na medida em que aumenta a sua rejeição na sociedade

Bolsonaro está perdendo de 7 a 1 pra ele próprio. Ou seja, numa competição de natação ou atletismo, se correr sozinho, ficará em segundo lugar. Só que seu principal oponente tem mais que o dobro de intenção de votos, segundo pesquisas. Lula tem todas as chances de vencer no primeiro turno porque está muito à frente de todos os candidatos juntos, além de ter a menor rejeição entre os cinco melhores colocados.

Já Bolsonaro, é o mais rejeitado, seguido por Moro, que é praticamente um borralho do próprio Bolsonaro.

Burramente, Bolsonaro ainda faz propaganda das grandes obras de Lula dizendo que são dele, o que, além de ser extremamente contraproducente, porque o país inteiro sabe que são de Lula, ele ainda acaba utilizando a máquina do Estado como propaganda do principal oponente. Mas como inteligência nunca foi o forte de Bolsonaro e sua assessoria é absolutamente subserviente às suas vaidades, ninguém tem coragem de dizer a ele sobre a notável lambança que produz com esse tipo de prática.

Em compensação, Bolsonaro vai sentindo que aquela muralha que o protegia, agora, está toda esburacada e vazando água pelo ladrão.

Uma nova fotografia cada vez mais atrofiada de sua base vai sendo revelada, assim foi a sua crise com Barra Torres, como está sendo agora com os militares que ele colocou como imagem primeira do seu governo, mas com quase 70% de rejeição nas pesquisas, cada vez menos militares querem sair na foto oficial ao lado de um queima-filme como Bolsonaro.

Sabemos como funciona isso. Depois que se dá a dispersão por desapontamento com quem comanda a tropa, a angústia e a melancolia tomam conta do ambiente servindo de alerta para os outros aliados que ainda se mantêm a reboque da canoa furada. Isso é tradicional no Brasil, possivelmente em qualquer país.

Ninguém quer associar a sua imagem a fracassados. O exemplo típico disso é a crise entre Bolsonaro e o presidente da Anvisa, Barra Torres, que azedou ainda mais a já azeda relação com os militares.

Com o centrão não é diferente, ainda mais agora que a inflação, juros, preços altos de combustíveis e alimentos já estão num tipo de aceleração irreversível em que uma coisa alimenta a outra e se forma uma bola de neve que vai atropelando a base de Bolsonaro, porque lá aonde o Brasil de fato reside, que é na massa do povo, seu governo já acabou há muito tempo.

O que se lê nas pesquisas já estava escrito e anunciado pelas famílias brasileiras que viram o desemprego aumentar, o alimento faltar e ou escassear, a pandemia, que por negacionismo de Bolsonaro, levar embora mais de 620 mil pessoas.

Se a imagem do Brasil é de terra arrasada, a de Bolsonaro, diante de sua própria base, não é diferente.

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