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Pezão: “Objetivo da Lava Jato era destruir a engenharia brasileira”

Ex-governador do Rio de Janeiro foi inocentado em todas as instâncias da Lava Jato e criticou impactos da operação na engenharia nacional.

No último sábado, o ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Hildegard Angel, da TV 247, na qual abordou sua inocência em todas as instâncias da Operação Lava Jato. Durante a conversa, Pezão fez críticas contundentes à condução do caso e ressaltou o impacto negativo que a operação teve na engenharia nacional e na economia do Rio de Janeiro.

Com um tom enfático, Pezão destacou: “O projeto da Lava Jato foi destruir a engenharia nacional. O Rio de Janeiro era um grande canteiro de obras. As construtoras brasileiras geravam milhões de empregos.” O ex-governador lamentou a situação atual em que muitos engenheiros, outrora responsáveis por grandes empreendimentos, agora se encontram trabalhando como motoristas de Uber.

Pezão enfatizou que a Lava Jato do Rio de Janeiro foi uma franquia da operação realizada no Paraná, liderada pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro. Ele questionou a abrangência das investigações e a forma como foram conduzidas. “Ainda vamos descobrir em nome de quem foi feita tanta violência”, afirmou o ex-governador.

Durante a entrevista, Pezão reforçou sua inocência e ressaltou que nunca houve uma prova ou delação contra ele. “Diziam que eu tinha comprado uma fazenda em dinheiro vivo, mas foi uma fazenda comprada pelo estado e doada a um município”, explicou. Ele destacou a importância de respeitar o devido processo legal e a presunção de inocência.

A entrevista do ex-governador Pezão trouxe à tona críticas contundentes à Operação Lava Jato, destacando os impactos negativos na engenharia nacional e a situação de profissionais que perderam seus empregos. O caso de Pezão, inocentado em todas as instâncias da Lava Jato, levanta questionamentos sobre o legado e os desdobramentos da operação, reforçando a necessidade de um debate amplo sobre a forma como as investigações são conduzidas e seus impactos na sociedade como um todo. Confira:

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Ex-governador Pezão denuncia esquema entre Bretas e advogado

De acordo com ex-governador, o advogado Nythalmar Ferreira Dias ofereceu seus serviços anunciando que ele seria preso 15 dias depois, em 2018, por decisão de Bretas – o que aconteceu.

O ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão disse, em entrevista ao DIA, que o advogado criminalista Nythalmar Ferreira Dias, acusado pelo Ministério Público Federal por tráfico de influência, lhe informou com 15 dias de antecedência que ele seria preso em 2018.

De acordo com ex-governador, o advogado ofereceu seus serviços e garantiu a ele que o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, já tinha convicção da prisão e que ela aconteceria dentro de 15 dias.

A revelação é mais um elemento a evidenciar que Bretas e Nythalmar mantinham relações promíscuas e inadequadas para um magistrado. Pelo depoimento de Pezão, Nythalmar usava informações privilegiadas junto ao juiz Marcelo Bretas para turbinar seus negócios no escritório de advocacia.

O ex-governador afirmou que vai recorrer da decisão de Bretas que o condenou, na última sexta, a quase 99 anos de prisão.

“Ele me falou quinze dias antes de eu ser preso que eu seria preso. Não dei importância nenhuma porque achei que ele estava vendendo ideia, como uma função que aparecia no Palácio (Guanabara) lá e falando que tinha esse contato, que fazia e acontecia. Era a coisa que mais aparecia e ele falou: ‘Você vai ser preso dentro de 15 dias. E o doutor Bretas não tem dúvida, ele tem certeza que você é sócio de uma empresa de pavimentação em Piraí’. Eu dei uma risada e falei assim: ‘se o motivo é esse, eu não vou ser preso, porque eu não sou sócio, tenho certeza da minha vida e de tudo’. Fiquei tranquilo e quinze dias depois fui preso. Eu não dei importância e agora vejo que ele tinha contato”, revelou o também ex-prefeito de Piraí.

Pela declaração de Pezão, a conversa com o advogado teria acontecido no dia 14 de novembro de 2018, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul. No dia 29 do mesmo mês, o ex-governador foi preso pela força-tarefa da Lava Jato.

A revelação do ex-governador surge após o vazamento da delação premiada de Nythalmar envolvendo Bretas. Em sua fala à PGR, o advogado cita a existência de uma articulação entre o magistrado da 7ª Vara e a força-tarefa da Lava Jato no Rio para derrubar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Pezão, Nythalmar o procurou dizendo que poderia ajudar no processo e pediu para ser contratado como seu advogado de defesa. “Ele só falou que tinha como me ajudar e pediu que eu contratasse os serviços dele. Eu falei que já tinha advogado, meu advogado é até uma pessoa que virou meu amigo, porque eu não tinha dinheiro para pagar grandes escritórios e que eu não ia mudar de advogado, ainda mais por um motivo daquele, que eu tinha certeza que não tinha cometido (o crime). Eu jamais tive qualquer empresa”, garantiu.

Sobre as acusações feitas no âmbito da operação Boca de Lobo, que resultaram na condenação de Bretas, o ex-governador do Rio disse que desconhece os valores mencionados pelo juiz e que suas finanças não apontam para a quantia milionária citada na condenação.

“Eu estou totalmente perplexo com tudo isso. Ele coloca que eu recebi quatro mesadas de R$ 150 mil, mas como é que eu vou responder a um negócio desses? Quando fui prestar depoimento, falei que nunca recebi. Eram palavras de delatores do grupo do Sérgio (Cabral) e o Sérgio falando de mim. Só tem a minha vida, o COAF a Receita Federal. Como você esconde mais de R$ 10 milhões? Eu não sei como, eu não conheço doleiro. Você pode pegar o processo inteiro, pode pegar minha vida, o meu telefone e não tem nenhuma ligação de dinheiro algum para mim. Será que eu sou o cara mais esperto do mundo, que consegue esconder o que eles falam, R$ 39 milhões, e ninguém consegue achar nenhum centavo?”, questionou Pezão.

Ainda sobre as acusações, o ex-governador reforçou a informação de um depoimento à 7ª Vara Criminal Federal em 2020, de que no período citado pelo delator para a suposta entrega da “mesada” em um apartamento no Leblon, ele estava em viagem à Itália.

“Eu pego e provo que nesse dia que meu apartamento foi assaltado, eu estava na Itália. Entreguei meu passaporte, entreguei passagens e entreguei o hotel que eu estava. Mesmo assim eles não consideram esse cara (delator) como suspeito. Eles não acharam nada, eu provei e provo que o delator está mentindo, é um negócio muito estranho. Ainda por cima recebi a maior pena do Brasil, a maior do país. Ninguém recebeu uma pena assim de uma vez só. Tenho certeza que as pessoas vão ver a minha defesa em algum momento”, concluiu Pezão.

*Do 247

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