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Lula promete Orçamento de 2026 com isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Presidente defendeu mudanças na cobrança do tributo para taxar ricos e isentar pobres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que o Projeto de Lei Anual Orçamentária (PLOA) de 2026 já vai prever que trabalhadores que recebem salários de até R$ 5 mil não tenham o Imposto de Renda (IR) descontado dos seus pagamentos. Segundo Lula, a mudança tornará a cobrança do tributo mais justa no país.

“Vou cumprir minha promessa. Em 2026, na hora que for mandado o Orçamento para o Congresso Nacional, estará lá a rubrica de que quem ganha até R$ 5 mil não pagará Imposto de Renda”, disse o presidente, em entrevista à rádio Difusora, de Goiânia (GO).

A mudança da faixa de isenção do IR foi prometida pelo presidente durante a campanha eleitoral de 2022. Na época, ele disse que a faixa de isenção chegaria a R$ 5 mil até o final de seu mandato, em 2027. Hoje, ela está em R$ 2.824 – dois salários mínimos.

Para Lula, a mudança é necessária para equalizar a cobrança. “Hoje, quem ganha R$ 3 mil ou R$ 4 mil paga proporcionalmente mais imposto do que um rico”, afirmou o presidente.

Ele indicou que a mudança no IR deve prever a taxação de rendimentos que hoje são isentos no país, como os dividendos. “O trabalhador recebe participação no lucro da empresa. Ganha R$ 10 mil ou R$ 15 mil. O imposto vai lá e cobra 27% dele. Agora, os acionistas da Petrobras receberam R$ 45 bilhões de dividendos. Sabe quanto de imposto pagaram? Zero. A coisa está errada”, acrescentou.

A cobrança de tributos sobre dividendos é uma das propostas que devem ser incluídas numa reforma do IR. Em janeiro 2023, dias depois de Lula assumir a Presidência, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que essa reforma seria encaminhada pelo governo ao Congresso no segundo semestre daquele ano, o que não ocorreu.

Igualdade e consumo

Ao final de 2023, quando o Congresso promulgou a reforma sobre tributos do consumo, foi estabelecido um prazo de 90 dias para que o governo encaminhasse o texto da reforma tributária da renda. O prazo venceu em março, mas não foi cumprido. Haddad disse em agosto que a proposta deve ser entregue em outubro.

O PLOA de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê reajuste da tabela do IR. Ainda assim, Lula reforçou seu compromisso de mudar o imposto, incluindo alterar os tributos cobrados sobre heranças no Brasil. “Nos Estados Unidos, a herança paga simplesmente 40% de imposto. Aqui no Brasil, é só 4%”, comparou.

Para Lula, reduzindo a tributação dos mais pobres e aumentando a cobrança sobre os mais ricos, o Brasil caminha para uma maior igualdade. Além disso, estimula sua economia, já que os mais pobres consomem mais quando têm mais renda disponível.

*BdF

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No RS, Lula vai anunciar “Vale Reconstrução” de cerca de R$ 5 mil para famílias desabrigadas

Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, comandado por Paulo Pimenta, será oficializado.

O presidente Lula vai anunciar nesta quarta-feira (15) o “Vale Reconstrução”, de cerca de R$ 5 mil para famílias desabrigadas no Rio Grande do Sul, vítimas das chuvas intensas que atingiram a região.

Segundo informa o Blog do Valdo Cruz, no portal g1, o vale será um auxílio da Secretaria Nacional da Defesa Civil e será executado com o apoio da rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), do Ministério do Desenvolvimento Social.

O formato do vale foi elaborado pelas equipes dos ministros Waldez Goes (Integração e Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Fernando Haddad (Fazenda). Serão atendidas as famílias de baixa renda e as que perderam suas residências.

Será anunciado ainda que famílias em estado de vulnerabilidade no Rio Grande do Sul serão incluídas na folha de pagamento do Bolsa Família, garantindo uma renda durante o período da calamidade pública e reconstrução do Estado.

Lula também vai oficializar a criação do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que será comandado pelo ministro Paulo Pimenta.

Paulo Pimenta será o representante do governo federal no Estado para coordenar toda a atuação federal nas obras de reconstrução do Rio Grande do Sul.

Em defesa da indicação, criticada por aliados do governador Eduardo Leite, assessores de Lula destacam que Paulo Pimenta é muito próximo ao presidente e será um elemento facilitador na liberação de verbas e montagem de projetos da reconstrução do Estado.

A escolha desagradou aliados do governador Eduardo Leite. O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) disse que a escolha foi um desrespeito ao governador do PSDB, que não foi consultado.

Além disso, Aécio acusa o presidente Lula de politizar com a escolha de Paulo Pimenta, por ser um agente com interesses eleitorais no Rio Grande do Sul.

“Uma falta de respeito, o governador não foi avisado, ficou sabendo pela imprensa, e escolheram um adversário político dele. Tinha de ser um técnico, não um político”, disse o deputado federal.