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Invasão do Parlamento de Israel: parentes de reféns em Gaza alegam ‘abandono’ de Netanyahu

Manifestantes jogaram tinta e criticaram inação do governo na libertação dos detidos.

Ativistas e parentes de reféns israelenses em Gaza invadiram o Knesset, nesta quarta-feira (03/04), e jogaram tinta amarela na divisória entre a galeria dos visitantes e o plenário do Parlamento israelense, em protesto contra a falta de ação do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na libertação daqueles que continuam detidos no enclave palestino pelo Hamas.

De acordo com a emissora catari Al Jazeera, os manifestantes gritavam “Agora! Agora!” para os parlamentares, enquanto deixavam os vidros das janelas do plenário manchados de amarelo, simbolizando a campanha em solidariedade aos cativos. Já o jornal The Times of Israel apontou que houve confronto e intervenção de seguranças, que empurraram os cerca de 20 manifestantes presentes no local para fora da galeria.

A invasão ocorreu quando os legisladores do Knesset votavam um projeto de lei relacionado ao clima. Após o incidente, o líder da oposição, Yair Lapid, expressou solidariedade às famílias.

“Nossos corações estão com vocês, as famílias dos manifestantes. Vamos lutar com vocês”, afirmou o parlamentar, apesar de não ter descartado seu repúdio ao ato, ressaltando que a “obrigação dos manifestantes é de seguirem a lei e da polícia de manter a segurança dos manifestantes”.

O protesto ocorreu após três dias de manifestações contra o governo em Jerusalém, quando milhares de israelenses saíram às ruas pedindo mais ações para libertar os reféns, além de reivindicar novas eleições para substituir Netanyahu.

Ainda segundo o The Times of Israel, parte da população revoltada com a guerra entende que o governo abandonou os reféns israelenses, enquanto critica a falta de avanços nas negociações com o Hamas que têm como objetivo costurar um cessar-fogo no enclave e permitir a retirada daqueles que continuam detidos na região.

*Opera Mundi

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Sem novas trocas de reféns, familiares israelenses tentam impedir ajuda humanitária a Gaza

Em protesto, manifestantes procuraram bloquear passagem de Kerem Shalom e exigiram que governo negasse entrada de recursos básicos a palestinos até que seus parentes fossem libertados pelo Hamas.

Familiares de reféns israelenses se mobilizaram, nesta terça-feira (09/01), para acessar a passagem de Kerem Shalom em uma tentativa de impedir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A medida foi tida como uma forma de protesto contra o “fracasso” na libertação de seus parentes, que seria possível por meio de uma negociação entre as autoridades de Tel Aviv com o grupo de resistência palestina Hamas.

Os manifestantes exigiram que Israel negasse toda a ajuda humanitária aos palestinos, enquanto os “136 israelenses em Gaza permanecessem em cativeiro”.

No entanto, as próprias forças de segurança do Estado judeu acabaram intervindo o protesto e bloqueando o comboio que transportava esses familiares. De acordo com a polícia, o veículo foi detido porque estava em uma “zona militar fechada” já designada.

Ao portal de notícias israelense Ynet, uma das manifestantes que tentou fechar o acesso de uma das únicas fronteiras que possibilitam o transporte de recursos básicos aos palestinos, afirmou que os reféns israelenses “também precisam de ajuda humanitária”: “É hora de acabar com essa piada”, concluiu.

Ainda de acordo com o Ynet, as famílias estão planejando uma segunda tentativa de chegar a Kerem Shalom nos próximos dias.

À medida que a crise humanitária entre os palestinos se agrava, Israel é cada vez mais pressionado pela comunidade internacional para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

Nesta terça-feira, o próprio representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os palestinos expressou preocupação com relação aos recursos limitados que chegam em Gaza, afirmando que “é muito pouco” e que “é tarde demais, especificamente no norte”.

Já o coordenador das equipes médicas de emergência do organismo, Sean Casey, declarou que há fome em Gaza, e que a assistência humanitária, principalmente a de alimentos, é “desesperadamente necessária”.

Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza mais de 23 mil palestinos mortos pelas ofensivas israelenses, sendo que a grande maioria desse número é composta por mulheres e crianças. Além disso, pelo menos 59 mil estão feridos, o que representa aproximadamente 2,7% da população total de Gaza.

Já as autoridades israelenses contabilizam cerca de 1.200 de seus civis mortos. De acordo com o Estado judeu, 240 foram tomados como reféns, dos quais, oficialmente, 132 permanecem em cativeiro após uma trégua humanitária de sete dias negociada entre as autoridades israelenses e o Hamas, que resultou na libertação de 105.

Enquanto outros foram libertados fora do acordo temporário entre as partes do conflito, três morreram por engano pelos próprios soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF).

*Opera Mundi

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Primeiro grupo de reféns israelenses foi entregue à Cruz Vermelha pelo Hamas

RFI – Paris (França) – Liberação dos prisioneiros palestinos em Israel ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha estava prevista para às 16h local, mas ainda não ocorreu.

Um porta-voz da Cruz Vermelha declarou ao canal de tevê francês Franceinfo que 13 reféns israelenses foram entregues à ONG, na sexta-feira (24/11) e que estavam a caminho da fronteira egípcia. Fontes oficiais egípcias confirmaram a informação. Doze tailandeses já haviam sido libertados mais cedo.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) deve entregá-los às forças israelenses no ponto de passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito.

Segundo uma fonte próxima dos serviços de segurança egípcios, logo após eles pegarão um avião para o aeroporto de Al-Arich, no Sinai do Norte, para serem repatriados para Israel, o que as autoridades israelenses não confirmaram.

Os reféns devem então se reunir com suas famílias em um hospital israelense, segundo Ziv Agmon, conselheiro encarregado do processo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Fontes próximas ao Hamas confirmaram que os reféns foram entregues à Cruz Vermelha para retornarem a Israel.

Tailandeses libertados
O governo da Tailândia informou que 12 tailandeses mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza foram libertados nesta sexta-feira pelo movimento islâmico palestino, poucas horas depois do início da trégua concluída com Israel.

“Os serviços de segurança e o Ministério das Relações Exteriores confirmaram que 12 reféns tailandeses já foram libertados”, disse o primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, no X (antigo Twitter).

De seu lado, Israel prometeu libertar em troca, 24 mulheres e 15 adolescentes, de acordo com um comunicado feito nesta sexta-feira por Qadura Fares, comissário dos prisioneiros palestinos, à agência Reuters.

A entrega dos detidos, todos provenientes da Cisjordânia ocupada ou de Jerusalém, ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha na prisão militar israelita de Ofer estava prevista para as 16h (horário local), anunciou o Qatar.

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Vídeo: Hamas divulga vídeo com três reféns na Faixa de Gaza revoltadas com Netanyahu

O grupo Hamas divulgou nesta segunda-feira (30) um vídeo com três reféns na Faixa de Gaza em que uma delas critica o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que por sua vez classificou a gravação de “propaganda cruel”. No texto de divulgação, o Hamas afirma: “vários prisioneiros sionistas detidos por Al-Qassam enviam uma mensagem a Netanyahu e ao governo sionista”. Não ficou claro quando o vídeo foi feito.

O vídeo mostra três mulheres – identificadas por Netanyahu como Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht – sentadas em cadeiras de plástico.

Uma das mulheres faz uma breve declaração, provavelmente sob coação, criticando a resposta de Israel à crise dos reféns. Ela pede que Benjamin Netanyahu conclua uma troca de prisioneiros com o Hamas para ser libertada.

“Você deveria libertar todos nós. Você se comprometeu a libertar todos nós. Mas, em vez disso, estamos carregando o seu fracasso político, de segurança, militar e diplomático”, disse ela.

Netanyahu classificou o vídeo como “propaganda psicológica cruel”.

Na rede social X (antigo twitter), o primeiro-ministro escreveu para as três mulheres: “penso em Yelena Trupanov, Danielle Aloni e Rimon Kirsht, que foram sequestrados pelo Hamas […]. Nossos corações estão com vocês e com todas as outras pessoas sequestradas. Estamos fazendo de tudo para trazer todos os cativos e desaparecidos de volta para casa”.

Confira:

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Integrante do Hamas afirma em entrevista que reféns só serão liberados depois do cessar-fogo em Gaza

Os reféns capturados pelo Hamas, grupo terrorista que está em guerra com Israel e sequestrou mais de 200 civis no dia 7 de outubro, só serão libertados depois de um acordo de cessar-fogo. A informação foi publicada pelo jornal russo “Kommersant” e divulgada pela agência Reuters nesta sexta-feira (27).

O integrante do grupo terrorista entrevistado foi identificado como Abu Hamid. Ele faz parte de uma comitiva do Hamas que participa de uma visita a Moscou, segundo o G1

Durante a entrevista, Hamid afirmou que 50 reféns morreram em bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza. Essa informação já havia sido divulgada por um porta-voz do grupo na quinta-feira (26), sem citar mais detalhes.

Hamid disse ainda que o Hamas precisa de tempo para localizar todas as pessoas que foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, uma vez que várias facções capturaram civis em Israel, no dia 7 de outubro.

“Eles capturaram dezenas de pessoas, a maioria delas civis, e precisamos de tempo para encontrá-las na Faixa de Gaza e, depois, libertá-las”, disse Hamid.

As Forças de Defesa de Israel dizem que 224 pessoas estão sob poder do Hamas.

Desde 7 de outubro, quando o conflito começou após um ataque do Hamas contra Israel, somente quatro reféns foram libertadas pelo grupo

 

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Hamas ameaça transmitir a execução de reféns israelenses se bombardeios em Gaza continuarem

Porta-voz do grupo extremista, Abu Obeida, disse responsabiliza Israel pela decisão de matar os cativos.

O Hamas, que lançou uma ofensiva-relâmpago contra Israel no sábado, ameaçou nesta segunda-feira matar reféns caso o Estado judeu continue com os bombardeiros contra a Faixa de Gaza. O grupo extremista armado acrescentou que pretende transmitir as execuções, diz O Globo.

“Qualquer ataque a civis inocentes sem aviso prévio será enfrentada infelizmente com a execução de um dos reféns sob nossa custódia, e seremos forçados a transmitir esta execução”, disse Abu Obeida, porta-voz do Hamas.

“Lamentamos esta decisão, mas consideramos que o inimigo sionista (Israel) e a sua liderança tem responsabilidade por isto”, afirmou Obeida, de acordo com a rede de televisão Al Jazeera.

Conflito armado
Dezenas de pessoas desaparecidas podem ter sido capturadas em Israel por integrantes do Hamas no último fim de semana. Agora, de acordo com a mídia local, as vítimas estão sendo mantidas em diferentes locais da Faixa de Gaza, e o governo israelense tem se mobilizado para estabelecer o número exato de reféns.

Porta-voz internacional do exército, Richard Hecht disse à CNN que “dezenas” de pessoas foram capturadas. Ele ressaltou que a situação era “complexa”, e que “civis, crianças e avós” estavam entre os desaparecidos. Além dos israelenses, porém, pessoas de outras nacionalidades também estão entre os sequestrados.

— O vídeo parece muito ruim, mas ainda tenho esperança. Espero que ela ainda esteja viva em algum lugar. Não temos mais nada pelo que esperar. Estamos tentando acreditar — destacou Ricarda, que também divulgou um vídeo nas redes sociais para apelar por informações sobre Shani.