“Moro caminha sobre um chão mole; se correr afunda, se parar afunda também.”
Nesta frase de Saul Leblon (Carta Maior) está o destino de Moro, que hoje caminha sobre o lamaçal que se enfiou. Mais que isso, caminha sobre um território movediço e minado, prestes a explodir em mais uma ou duas revelações do Intercept.
Seus passos estão sendo vigiados de perto pela sociedade. Os papeis se inverteram depois que foi revelada uma rede de conspiração e corrupção dentro da Lava Jato, comandada por Moro.
Entidades e organizações que lutaram contra a ditadura se movimentam contra o obscurantismo e a truculência que ameaçam a democracia e convocam ato Dia 30, no Rio, em solidariedade a Gleen Greenwald.
Moro vai perdendo oxigênio em velocidade e intensidade galopantes. Sua folha corrida engrossa a cada dia na tentativa de se safar dos crimes cometidos como juiz da Lava Jato, arrastando sua pasta do purgatório para o inferno.
Em guerra aberta com Glenn, Moro tenta, em vão, dar fim ao conteúdo escandaloso dos diálogos e, assim, vai se expondo ainda mais.
Esta semana promete ser ainda pior pra Moro. Desde que começou a ser divulgado o conteúdo das mensagens pelo Intercept, Moro só perdeu território político. E sua defesa vai partindo de uma posição cada vez mais vulnerável, sem forcas para enfrentar um novo bombardeio do Intercept. Sendo assim, será uma semana que levará Moro à ruína fatal.
*Por Carlos Henrique Machado Freitas