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Dólar subiu não porque Guedes atacou as domésticas, como a Globo diz, mas porque Guedes quebrou o Brasil

Sou adepto da excelência de Brizola que disse, “se a Globo está de um lado, devemos estar do outro”.

Se a Globo está dizendo que a disparada do dólar nesta quinta-feira (13), foi em função das declarações estúpidas de Paulo Guedes contra as empregadas domésticas, é porque não foi, ao contrário, a declaração dele foi uma desculpa fuleira de quem não sabe o que fazer para tirar o país do atoleiro, do descrédito internacional que produz duas bombas ao mesmo tempo, o recorde da fuga de capitais e o recorde da falta de investimento internacional.

Todos já sabem que Bolsonaro é a réplica de Maurício Macri e, portanto, sua política produzirá no Brasil o que Macri produziu na Argentina, um estrago.

Assim, com a escassez de entrada de dólar no país, a tendência é sua disparada. Repito, só não explodiu de vez porque o Brasil tem uma rede de proteção financeira deixada pelos governos de Lula e Dilma com uma robusta e sólida reserva internacional ou, do contrário, como na era FHC, o país estaria nas mãos dos fundos abutres, dos ataques especulativos, como recentemente sofreu Macri na Argentina.

Outra mentira que os neoliberais contam para fazer fumaça no fracasso total da política de Guedes, que é a mesma porcaria de FHC, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos, é que a questão ambiental tem atrapalhado o país perante o mundo, e isso se reflete na fuga de investidores.

Isso é uma gigantesca mentira. Até no meio do varejo mais rastaquera, há um mantra de que não se coloca dinheiro bom em negócio ruim. Imagina o que os grandes agenciadores internacionais não falam do Brasil que mente em seu balanço econômico, manipula dados, porque a política econômica de Guedes é pífia e atende aos grandes banqueiros, destrói a economia e, por outro lado, o governo não tem credibilidade porque o mundo sabe que Bolsonaro é ligado aos bandidos da milícia mais barra pesada do país.

Uma coisa como essa não pode dar certo. É assim que raciocinam os investidores, e com toda razão. Não há base econômica alguma num país que produz 40 milhões de trabalhadores ociosos, biqueiros, na informalidade e sem qualquer perspectiva.

O que os investidores estão vendo é que o que avançou no Brasil de forma assustadora, foi a informalidade que transformou o país, que nas mãos de Lula era a 6ª maior economia do mundo, num gigantesco camelódromo em que se sobrevive mais do escambo do que propriamente do comércio de bugigangas.

Esse é o retrato do país depois das reformas trabalhista e da Previdência, que prometiam o céu na terra. Hoje, a maioria dos brasileiros vive entre o purgatório e o inferno.

Num mundo cada vez mais globalizado, não há investidor que não sabia de cor dos problemas que levaram o Brasil a essa tragédia econômica.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Moro caminha sobre um chão mole; se correr afunda, se parar afunda também

“Moro caminha sobre um chão mole; se correr afunda, se parar afunda também.”

Nesta frase de Saul Leblon (Carta Maior) está o destino de Moro, que hoje caminha sobre o lamaçal que se enfiou. Mais que isso, caminha sobre um território movediço e minado, prestes a explodir em mais uma ou duas revelações do Intercept.

Seus passos estão sendo vigiados de perto pela sociedade. Os papeis se inverteram depois que foi revelada uma rede de conspiração e corrupção dentro da Lava Jato, comandada por Moro.

Entidades e organizações que lutaram contra a ditadura se movimentam contra o obscurantismo e a truculência que ameaçam a democracia e convocam ato Dia 30, no Rio, em solidariedade a Gleen Greenwald.

Moro vai perdendo oxigênio em velocidade e intensidade galopantes. Sua folha corrida engrossa a cada dia na tentativa de se safar dos crimes cometidos como juiz da Lava Jato, arrastando sua pasta do purgatório para o inferno.

Em guerra aberta com Glenn, Moro tenta, em vão, dar fim ao conteúdo escandaloso dos diálogos e, assim, vai se expondo ainda mais.

Esta semana promete ser ainda pior pra Moro. Desde que começou a ser divulgado o conteúdo das mensagens pelo Intercept, Moro só perdeu território político. E sua defesa vai partindo de uma posição cada vez mais vulnerável, sem forcas para enfrentar um novo bombardeio do Intercept. Sendo assim, será uma semana que levará Moro à ruína fatal.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas