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Rússia quer “desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia” e libertar o povo da opressão, diz Serguei Lavrov

A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeios. Kiev, capital do país e coração do poder, está sitiada por militares. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, defendeu a ação militar e garantiu que os russos não pretendem recuar, informa a Folha.

Nesta sexta-feira (25/2), em entrevista transmitida ao vivo de Moscou, Lavrov disse que seu país quer “libertar a Ucrânia da opressão”. A inteligência americana alertou que as tropas devem chegar ao centro de Kiev. Disparos de mísseis foram ouvidos na cidade.

O ministro argumentou a favor da operação comandada pelo presidente russo, Vladimir Putin. “Ele tomou a decisão de realizar uma operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e, assim, livres da opressão, os próprios ucranianos poderão decidir seu futuro”, resumiu.

O pronunciamento foi conturbado, com direito a respostas atravessadas a jornalistas do Ocidente. Lavrov preferiu atender à imprensa de países aliados da Rússia, como a China.

O chanceler voltou a dizer que a Rússia está disposta a “buscar outras formas de negociação”, mas que a Ucrânia não aceita. Além disso, acusou o Ocidente de “matar pessoas” que seguem os costumes russos.

Lavrov reclamou das sanções econômicas impostas pelo Ocidente, admitiu que elas causam problemas à Rússia, mas garantiu que o país tem condições de resolvê-los.

O chefe da diplomacia russa ainda reclamou das negociações com a Ucrânia. Segundo ele, o presidente Volodymyr Zelensky “mente” ao propor soluções. “Ele simplesmente não está dizendo a verdade. Em termos simples, está mentindo quando declara que está pronto para discutir o estatuto neutro da Ucrânia”, finalizou.

Tanques ucranianos são vistos em cidade da região após o ataque russo -Metrópoles

Kiev tomada

O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas entraram no distrito de Obolon, distante poucos quilômetros do centro de Kiev. A informação foi divulgada pelo jornal americano The New York Times.

Autoridades municipais recomendaram que os moradores “preparem coquetéis molotov” para deter os invasores.

A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeiros. Militares russos cercaram Kiev.

O Ministério da Defesa ucraniano diz ter abatido um avião russo e matado mais de 800 soldados.

O governo ucraniano alertou a comunidade internacional sobre o aumento da radiação nuclear radioativa na região de Chernobyl. O local está sob controle russo.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

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Rússia acusa EUA de tentarem provocar conflito na Ucrânia

Chanceleres russo e americano conversam antes de provável telefonema entre Biden e Putin sobre a crise.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os EUA de quererem provocar um conflito na Ucrânia com suas acusações de uma iminente invasão russa, informa a Folha.

Em conversa por telefone neste sábado (12) com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, Lavrov ressaltou que a “campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma ‘agressão russa’ tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev” a um eventual conflito no Donbass, região no leste do país onde as forças ucranianas enfrentam há oito anos os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

Na sexta-feira (11), o conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, voltou a falar, sem citar evidências específicas, que a Rússia já reuniu forças suficientes para lançar uma ofensiva militar contra a Ucrânia “a qualquer momento”. Segundo ele, o ataque poderia ocorrer antes mesmo do fim das Olimpíadas de Inverno, em Pequim, que terminam no próximo dia 20.

Blinken disse a Lavrov, por sua vez, que os canais diplomáticos permaneceram “abertos” para evitar um conflito na Ucrânia, mas que é necessário que Moscou inicie uma “desescalada”, informou o Departamento de Estado.

Moscou nega intenções de invadir o país vizinho, embora tenha posicionado mais de 100 mil soldados e equipamentos militares em diferentes pontos próximos à fronteira. Por outro lado, o Kremlin diz que pode tomar “ações militares”, sem especificar quais, se o Ocidente não aceitar garantias de segurança, dentre as quais a promessa de que a Ucrânia jamais vai ingressar na Otan, aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos —proposta que os EUA consideram inaceitável.

Neste sábado (12), o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski , disse que as advertências de um ataque russo a seu país “provocam pânico e não são úteis” e pediu provas concretas de uma invasão.

“Todas essas informações estão causando pânico e não estão nos ajudando”, disse o líder ucraniano à imprensa, acrescentando que, se alguém tiver dados adicionais sobre uma invasão, deve mostrá-los.

Uma invasão russa da Ucrânia “resultaria em uma resposta transatlântica determinada, massiva e unida”, garantiu o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em um comunicado.

O presidente russo, Vladimir Putin, também deve falar por telefone com Joe Biden e com o presidente francês, Emmanuel Macron, ainda neste sábado.

Os países ocidentais querem obter da Rússia algum sinal de que favorecerá uma desescalada, mas Moscou quer que a Otan abandone qualquer eventual expansão para o leste europeu. Nenhum dos lados está disposto a ceder, acusando-se mutuamente de agravar as tensões.

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