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Política

MPF pede a justiça que governo pague R$ 62,5 bi a famílias de vítimas da Covid

Ministério Público Federal pediu à Justiça que a União seja condenada a reparar as perdas das famílias e vítimas da Covid-19.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça, nesta quarta-feira (15/12), ação civil pública para que o governo federal seja condenado a reparar as perdas das famílias e vítimas da Covid-19. O órgão pede indenização por danos morais e materiais, informa o Metrópoles.

Na ação, os procuradores solicitam que as famílias dos mortos sejam indenizadas em, pelo menos, R$ 100 mil, e as famílias de sobreviventes com sequelas graves ou persistentes, em R$ 50 mil. Além dessa indenização, R$ 1 bilhão deve ser revertido ao Fundo Federal dos Direitos Difusos, para ser aplicado em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico.

O órgão também pede a declaração expressa de desculpas do governo brasileiro às famílias das vítimas. Para os procuradores, os gestores federais agiram de forma omissa e injustificada na aquisição tempestiva de vacinas e na realização de campanhas informativas e educacionais. Além disso, também apontam omissão da União ao coordenar o combate à pandemia.

Até essa terça-feira (14/12), 616.970 brasileiros morreram em decorrência da Covid-19. Além disso, 22,204 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

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Numa tacada só, Bolsonaro tripudia dos 400 mil mortos por covid e homenageia grupos de extermínio

É muito mais grave do que parece. Bolsonaro não apenas ironiza mortes. A placa “CPF Cancelado” é usada por grupos pró-violência e extermínio policial. Ou seja: Bolsonaro defende publicamente essas práticas. (Jandira Feghali)

A carnificina provocada por Bolsonaro através da covid é resultado da materialização do estrago que a Lava Jato fez no país.

Quando Bolsonaro tripudia da morte de 400 mil brasileiros, exibindo um jargão dos atuais esquadrões da morte, chamados de milícia ou escritório do crime, que se multiplicaram no Brasil depois de sua chegada ao poder, vê-se o alcance do estrago feito não só por Moro e seu bando de Curitiba, mas pelo abc jurídico que foi armado nos tribunais superiores, sobretudo no TRF4 para pintar Lula como corrupto e Moro como herói.

Na verdade, a Lava Jato se transformou numa escuderia Le Cocq do judiciário, tendo em Moro a personalidade central, máxima, vivendo com toda a plenitude.

Os que se filiaram a ele ruminando suas lógicas de extermínio político através de uma caçada implacável ao PT, mas principalmente à Dilma e Lula, desembocou em Bolsonaro que trouxe das sombras um rebanho inteiro de matadores de aluguel como Adriano da Nóbrega e seus comparsas que, agora, está sendo colocado no centro do debate nacional, como a reportagem do Intercept, “O cara da casa de vidro” que mostra a diabólica relação entre o atual ocupante do Palácio do Planalto (casa de vidro) e uma rede de proteção criada em torno de Adriano da Nóbrega, morto na Bahia num suposto confronto com a polícia.

Bolsonaro parece não conseguir se segurar nas suas brincadeiras sádicas e nem na cadeira presidencial. O que tudo indica é que ele está podre o suficiente para se desmanchar e ser varrido como lixo do Palácio do Planalto.

Mas é bom sempre lembrar que Bolsonaro jamais chegaria aonde chegou se não fosse pelas mãos de Moro que também chegou aonde chegou saudado pela burguesia brasileira e elevado a herói nacional pela grande mídia que serve e sempre serviu a essa burguesia contra qualquer liderança de esquerda ou mesmo do campo popular que ameaçasse a hegemonia institucional das classes dominantes.

Essa imagem de Bolsonaro, carregada de sarcasmo com as vítimas da covid e seus familiares e amigos, é das coisas mais nojentas que todo esse complexo golpista produziu no Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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