Mais uma privatização anunciada, agora é a vez dos Correios. A sensação é de que, a qualquer momento, acordaremos e não haverá mais Brasil.
A venda da estatal deverá gerar prejuízos ao governo, além de inviabilizar serviços essenciais. É um alerta do presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) o General Juarez Aparecido de Paula Cunha.
Os estudos dessa privatização tiveram início no mês de abril e, na época, o presidente da ECT criticou a venda da estatal.
O General disse que poderá ficar inviável a manutenção da entrega das correspondências convencionais e que a mesma está deficitária, apesar de essencial, mas será inviabilizada se a entrega de encomendas do comércio eletrônico, por exemplo — for vendida à iniciativa privada.
“É um subsídio cruzado. Um lado compensa o outro”, Juarez Cunha. Todos os 5.570 municípios do País contam com pelo menos uma agência dos Correios. Segundo o presidente da ECT, apenas as operações em 341 dessas cidades são lucrativas. Nos 93% dos demais municípios, o serviço dá prejuízo.
Para o general Juarez, “empresa nenhuma vai querer arcar” com os custos da operação deficitária, que ficaria para o governo, acarretando gastos sem a compensação das operações.
Uma privatização a mais, uma a menos, que diferença faz? Não haverá mais Brasil mesmo.
Serviços melhores e mais baratos só podem existir com menos Estado e mais concorrência, via iniciativa privada. Entre as estatais, a privatização dos Correios ganha força em nosso Governo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 7, 2019