“Hoje temos um presidente que acredita em Deus” disse o chefe do clã Bolsonaro.
Esta frase por si só não diz muita coisa ou não diz nada.
Deus é uma divindade com várias interpretações e significados. Uns até se chocam com outros.
Deus é um conceito de Ser Supremo presente em diversas religiões monoteístas, henoteístas ou politeístas, sendo geralmente definido como o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo.
Se pagarmos pelo lado das religiões, piorou.
Bolsonaro é católico-judeu-evangélico. Numa denominação parecida com seu time de coração que é Palmeiras-Flamengo-Vasco. Ou seja, o sujeito é a cara do oportunismo.
Dependendo da situação política, ele veste uma camisa diferente ou oposta a que ele vestiu ontem.
A coisa começa a complicar porque Bolsonaro disse essa frase, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que usava uma camiseta com o nome de “Jesus.
Michelle, como sabemos, foi a que recebeu o cheque de Queiroz, o miliciano que também tem um cardápio de contravenção, o que não é pouca coisa.
Sendo assim, Bolsonaro se coloca como cristão. Certamente, um cristo imaginário que só existe na sua régua “moral”.
Alguém imagina Cristo armado até os dentes com fuzis e metralhadoras?
Dá para pensar num Cristo que odeia negros, índios e pobres?
Algum cristão sério tem em Cristo um ser que era contra a igualdade e fraternidade?
Mas o Cristo de Bolsonaro é assim.
Um miliciano “divino”. Um líder de grupo de extermínio, um chefe de esquadrão da morte que criou seus filhos a partir de uma certa bíblia particular, na qual a violência, crimes e assassinatos são os principais mandamentos.
Então, pergunta-se: essa gente, que cheira religião e apoia esse psicopata, tem esse mesmo Cristo em sua conta? Ou seja, o sujeito é a cara do oportunismo.
*Carlos Henrique Machado Freitas