Mês: outubro 2020

Vídeo: Até Caio Coppolla joga a toalha e detona Bolsonaro

Um dia após Sara Winter, a mais bolsonarista dos bolsonaristas, aos prantos se dizer decepcionada com Bolsonaro, numa cena patética, Caio Coppolla, em plena CNN, dobra as críticas e, de lambuja, encaixota na mesma encomenda o clã representado por Flávio Bolsonaro.

A ira do rapaz, não se enganem, não é pelo que ele apregoa no vídeo, isso é apenas uma demonstração de quem berra diante de um governo cretino que está com seus dias contados.

Na prática, os morcegos que habitam nas fendas do Palácio do Planalto sentem o cheiro mais forte de toucinho de um presidente que está cada dia mais enfraquecido, perdido e sem rumo e, portanto, prestes a cair da ribanceira direto para a frigideira.

Essa gente toda que agora entorta o nariz para Bolsonaro, justificando que é inaceitável sua aproximação com Dias Toffoli, Gilmar Mendes e etc., assim como se diz indignada com a com a indicação para o STF do desembargador Kassio Marques, comemorou e muito a condenação e prisão de José Dirceu e José Genuino na farsa do mensalão, protagonizada pelo mesmo STF, a partir da “teoria do domínio do fato”, de Barbosão e, da mesma forma, aplaudiu o silêncio do STF no golpe contra Dilma, assim como também fogueteou o aval que o STF deu a Moro para, sem provas, condenar e prender Lula que, provavelmente, venceria a eleição no primeiro turno.

Em seguida, essa gente comemorou nas redes sociais a barganha entre Moro e Bolsonaro que levou o vigarista de Curitiba para a pasta da Justiça e Segurança Pública para “combater a corrupção”.

O fato é que, com a desmoralização de Aécio, depois de fazer o mesmo discurso moral e ser pego em gravações, com áudio e vídeo, em grossa corrupção recebendo propina da JBS, implodindo o próprio PSDB, a saga do clã Bolsonaro promete um espetáculo de degradação moral da família miliciana infinitamente maior do que foi com Aécio, Temer e Cunha juntos. Gente que tinha apoio de quem hoje começa a detonar Bolsonaro porque, na prática, Bolsonaro já está detonado pelo governo trágico que faz e pelos crimes da família que, por mais que ele tente segurar, estão vazando entre os dedos.

O oportunista Caio Coppolla, aqui, só assume que sempre defendeu, ou seja, o que existe de pior na vida pública em nome de um ódio imbecil e infrutífero contra o PT e, sobretudo contra Lula, o presidente que teve a maior aprovação da história e que segue cada vez mais forte no coração do povo brasileiro.

Agora o rato, como qualquer rato faz, está abandonando o barco, assim como tantos outros, como JR Guzzo que ele cita, o decano dos ratos da revista Oeste, criada para lamber as botas de Bolsonaro.

https://youtu.be/cr6gJjrxSdE

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Governo Bolsonaro, o que recomeça toda segunda e termina na terça

Enquanto o brasileiro se acostumou a, durante 13 anos dos governos do PT lançarem projetos como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, Mais Médicos e tantos outros programas que revolucionaram o Brasil e, por isso mesmo instigou a ira das classes economicamente dominantes, o que se vê no governo Bolsonaro é esse espetáculo de patetice com ingredientes piegas, como ao que assistimos nesta segunda-feira, protagonizados por Maia e Guedes para, no final das contas, dizerem o que todos já sabem, não tem dinheiro para o Renda Brasil fogueteado por Bolsonaro, pois o mercado não aceita, de forma nenhuma, que se fure o teto de gastos.

O mercado, que é quem manda na birosca do miliciano, mandou Guedes e Maia, dois totozinhos dos banqueiros, se entenderem e fazerem juras de amor diante das câmeras. Um espetáculo piegas, pegajoso que embrulha o estômago.

Tudo para, no final das contas, dizerem, em outras palavras, que eles querem que os pobres se explodam.

Mais cedo, o anúncio já tinha sido feito por Marinho e Guedes de que eles já sabiam o que não fariam para arrumar recursos para o Renda Brasil, que era não furar o teto de gastos em hipótese alguma.

Já os recursos para o programa ficaram nas costas do Abreu, se ele não pagar, nem eu.

Em última análise, o que essa turma, que lambe o chão da banca disse é que, no Brasil, não há espaço para qualquer benefício para uma gigantesca nação de segregados.

Agora é moda, toda segunda-feira eles anunciam alguma coisa como definitiva e, na terça, a realidade política de Bolsonaro bate na porta do governo e desdizem tudo o que disseram no dia anterior. E assim a esculhambação vai se transformando na grande marca desse governo de militares, petequeiros, cães de guarda do mercado e uma escória política que se agarra ao poder a qualquer custo, enquanto o país naufraga diante dos olhos do mundo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

Moro pode sair do Brasil e desistir da política

Moro é pressionado pela família a sair do Brasil e se afastar definitivamente da política.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro está sendo pressionado pela família a sair do Brasil. A ideia é que ele passe uma temporada dando aulas de Direito em outro país. E, assim, fique distante da política e de eventual projeto eleitoral de concorrer à Presidência.

A mulher dele, Rosângela Moro, tem repetido a interlocutores que o marido já deu a contribuição que tinha que dar ao país e que a política partidária, com seus embates selvagens, não seria para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da vida pessoal e profissional.

O próprio Moro também já disse a políticos que o visitam que não se sente inclinado a disputar um cargo eleitoral.

O movimento lava-jatista, do qual Moro é estrela, tem sofrido derrotas seguidas na esfera política. A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o STF (Supremo Tribunal Federal) é a mais recente delas —deixando o ex-ministro e seus seguidores cada vez mais isolados.

A segurança é outra preocupação da família do ex-ministro: neste mês ele acaba de cumprir a quarentena obrigatória desde que saiu do Ministério da Justiça, perdendo também o direito a escolta da Polícia Federal.

 

*Monica Bergamo/Folha

 

Forças Armadas usam dinheiro da Amazônia para reformar quartéis

Com o dobro das verbas de órgãos ambientais e de pesquisa para combate ao desmatamento, Forças Armadas usam dinheiro para reformar quartéis.

Era uma noite de fim de maio quando a chegada de militares chamou a atenção de moradores de Juara, no Mato Grosso – município onde a floresta deu lugar a um dos maiores rebanhos bovinos do país, e os habitantes estão mais acostumados a ver boi do que gente. Acompanhando o comboio, o comandante do 47o Batalhão de Infantaria explicou ao prefeito da cidade que 32 homens da base militar localizada em Coxim, no Mato Grosso do Sul -a 1,2 mil km de distância -, haviam se deslocado para reforçar a então recém-lançada operação Verde Brasil 2, de combate ao desmatamento na Amazônia. O abate de floresta continuou crescendo nos meses seguintes, mas o dinheiro da operação já bancou a reforma dos telhados, a pintura das paredes e troca de revestimentos, pisos, portas e esquadrias do 47º Batalhão de Infantaria, distante de Juara e fora dos limites da Amazônia Legal.

Iniciada em meados de maio e prorrogada até 6 de novembro, a operação Verde Brasil 2, de Garantia da Lei e da Ordem, obteve autorização para gastar nesses seis meses 418,6 milhões de reais com a presença das Forças Armadas na Amazônia. O valor corresponde a mais que o dobro do orçamento anual para combate ao desmatamento de órgãos ambientais e da verba para o monitoramento por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelos alertas e pela taxa oficial de desmatamento. As autorizações de gastos para ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) somam 176,8 milhões de reais, de janeiro a dezembro. Para a Verde Brasil 2, o Ministério da Defesa conta, para o período de menos de seis meses, com um valor 136% maior.

Desde que as Forças Armadas entraram em campo na Amazônia, as áreas de alerta de desmatamento do Inpe cresceram de 834 km² em maio para 1.043 km² em junho e 1.659 km² em julho. Em agosto, os alertas somaram 1.359 km². O total acumulado entre agosto do ano passado e julho deste ano, período de coleta da taxa anual do desmatamento, será mais um recorde na década, a ser anunciado nos próximos meses. Estimativas preliminares indicam uma taxa mais de três vezes maior do que a meta estabelecida pela Política Nacional sobre Mudança do Clima para 2020, de 3,9 mil km². Os focos de queimadas e incêndios detectados pelos satélites do Inpe entre janeiro e setembro também ultrapassam os números de 2019 para esse mesmo período.

Uma análise dos gastos registrados pelo Tesouro Nacional mostra que o dinheiro da operação financiou reformas de instalações militares além do 47o Batalhão de Infantaria, embora essa tenha custado mais caro aos cofres públicos. Foram mais de 600 mil reais em gastos já reservados (os chamados empenhos) com a revisão geral dos telhados do batalhão de Coxim (MS), contratada numa empresa do interior de São Paulo. “O serviço não tem nada a ver com o combate ao desmatamento, e quem pode falar é o Batalhão”, disse ao telefone a responsável pelas licitações da empresa, a KJ Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.

A troca de portas e esquadrias de madeira, vidro e alumínio consumiu mais 545 mil reais. As portas de madeira devem ser “padrão mogno”, árvore cuja comercialização alimentou a devastação da Amazônia e, por isso, foi proibida, ou curupixá. Documentos lançados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) registram a exigência da cor vermelha e “tinta premium” para a pintura. A reforma prevê ainda a troca dos pisos – por porcelanato – e do revestimento de paredes. Até 24 de setembro, o 47º Batalhão havia registrado despesas de 2,1 milhões de reais na conta da Verde Brasil 2.

Procurado pela piauí, o 47º Batalhão de Infantaria informou que participou da operação com o deslocamento para Juara de 141 militares durante a primeira fase do projeto, que durou um mês, até 26 de junho. Em outubro, mais 55 militares participarão da Verde Brasil 2. Localizadas no Mato Grosso do Sul, as instalações abrigaram, por período de um a três dias, um total de 460 militares durante a operação – o que, para os responsáveis, justificaria a reforma: “Os recursos advindos dessa Operação estão proporcionando uma revitalização de todo o patrimônio público sob a responsabilidade desse batalhão, particularmente nos seus bens imóveis que possuem 45 anos de existência. Essas manutenções já foram iniciadas com perspectivas de término a partir de 31 de dezembro de 2020.”

Outra unidade do Exército que usou dinheiro da operação Verde Brasil 2 para reformar as instalações foi o 44o Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá, dentro da área da Amazônia Legal. O quartel contratou a troca do telhado, além da reforma das instalações elétricas e pintura nova. As despesas lançadas em setembro ultrapassaram 1,2 milhão de reais, de acordo com registros no sistema do Tesouro Nacional. Questionado pela Piauí desde a semana passada, o Ministério da Defesa, embora tenha solicitado por duas vezes mais prazo para responder, não o fez e não explicou em que as reformas contribuem no combate ao desmatamento.

Dentro e fora da Amazônia Legal, unidades das Forças Armadas aproveitaram o dinheiro destinado à Verde Brasil 2 para pintar paredes. Em julho, o Centro de Intendência da Marinha em Ladário, cidade do Mato Grosso do Sul, comprou mais de seiscentos galões de tinta, nas cores branco gelo e neve, para as instalações. O Centro de Intendência da Marinha em Manaus contratou em agosto a recarga de mais de cem extintores de incêndio – imprestáveis no combate à queima da floresta. Em agosto, o Inpe registrou 39.253 focos de incêndio na Amazônia Legal, o maior número na década para esse mês. Em setembro, foram 50,6 mil focos de incêndio, o maior número do ano.

Não só reformas de quartéis explicam os gastos da Verde Brasil 2. Só em agosto, o Centro de Inteligência do Exército contratou empresas por mais de 1,5 milhão de reais em gastos sigilosos. Nesse caso, os documentos lançados no sistema do Tesouro Nacional não registram os nomes das empresas nem os motivos dos gastos, informações “protegidas por sigilo”.

Também em agosto, o Centro de Aquisições Específicas do Comando da Aeronáutica lançou despesas de 5,7 milhões de reais com a manutenção de aeronaves. A compra de peças de aeronaves mobilizou a Comissão do Exército Brasileiro em Washington, ao custo de 1 milhão de reais, igualmente lançado na conta da Verde Brasil 2.

Mas foi em setembro que os gastos da operação dispararam, sobretudo por conta da compra de combustível por 22,5 milhões de reais pelo Centro de Obtenção da Marinha no Rio de Janeiro, isoladamente a maior despesa da Verde Brasil 2. Foram mais de 6,4 milhões de litros de diesel marinho e diesel especial, 100 mil litros de querosene de aviação e mais 55 mil litros de gasolina e óleo diesel rodoviário. Os documentos lançados no sistema do Tesouro contêm uma observação, de que se trata de um “destaque de crédito”, termo usado, no jargão orçamentário, para deslocamento de verbas de sua destinação original – no caso, a Verde Brasil 2. Questionado sobre essa possível mudança de destinação de verbas, o Ministério da Defesa também não respondeu. Tampouco apresentou um planejamento dos gastos com a operação.

Essa compra de combustíveis foi superada em valor dias depois pela contratação pela Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa de suporte logístico para a frota de aeronaves, um negócio de 42,5 milhões de reais, registrado em 30 de setembro.

No início de julho, com menos de dois meses de existência, a Verde Brasil 2 já havia comprometido para gasto (de novo, os empenhos) mais do que o Inpe em nove meses. Ainda assim, o vice-presidente Hamilton Mourão, no comando do Conselho Nacional da Amazônia Legal, reclamava da falta de verbas. No dia 10, o general declarou a jornalistas encarregados da cobertura do Palácio do Planalto que as Forças Armadas não haviam recebido “um centavo” para combater o desmatamento. Uma rápida consulta ao sistema do Tesouro Nacional mostraria que não era verdade. Mas, dias depois, o presidente Jair Bolsonaro mandou ao Congresso projeto de lei pedindo autorização para mais 410 milhões de reais de gastos na operação, que se somariam aos 8,6 milhões de gastos autorizados anteriormente.

A proposta pegou carona no quadro de excepcionalidades aberto com o enfrentamento da pandemia da Covid-19, como notou o parecer do relator Jader Barbalho (MDB-PA). “A utilização de recursos do superávit financeiro de 2019 tem impacto negativo nos resultados fiscais da União. No entanto, em virtude do reconhecimento da ocorrência de estado de calamidade pública no país, a União está dispensada do atingimento dos resultados fiscais previstos.” Antes do final de agosto, com o apoio público de Mourão, o crédito extra estava aprovado pelo Congresso.

A presença das Forças Armadas na Amazônia vai continuar por mais tempo, anunciou o general, em reunião do Conselho da Amazônia realizada em julho. Ofício encaminhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, em agosto, informava planos de prorrogar o combate ao desmatamento por militares até dezembro de 2022, quando termina o mandato do presidente Jair Bolsonaro.

O cronograma de ações prevê, para outubro de 2021, a “efetividade” no combate ao desmatamento e às queimadas. O documento fala em reduzir o abate da floresta “aos níveis 2016-2019”. Nesse período, segundo a medição do Inpe, houve um desmatamento médio de 8,1 mil km², algo como a desaparição de florestas equivalente a cinco vezes o tamanho do município de São Paulo, a cada ano.

Essa meta equivale, ainda, a uma área 80% maior do que a desmatada em 2012. Nessa época, o país recebia aplausos na comunidade internacional pela contribuição para conter o aquecimento global. E não o contrário.

 

*Marta Salomon/Folha

 

Celso de Mello se safa do julgamento de suspeição de Moro nos casos de Lula

O decano no Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, vai ficar de fora do julgamento da suspeição de Sergio Moro nos casos do ex-presidente Lula na Lava-Jato. O caso não está na pauta da Segunda Turma nesta semana e também não será incluído. Na próxima terça-feira (13), Celso vai se aposentar do tribunal.

O voto do ministro era tido como o voto de desempate na Segunda Turma. O caso está parado desde dezembro de 2018, quando Gilmar Mendes pediu vista. Edson Fachin e Carmen Lúcia já se posicionaram contra a suspeição do ex-juiz e Ricardo Lewandowski e Gilmar sinalizaram que devem se manifestar pela suspeição. O voto do decano ainda era uma incógnita.

Com a aposentadoria de Celso de Mello dois cenários estão postos: existe a chance de um membro da Primeira Turma ir para a Segunda Turma ou então o nome indicado por Bolsonaro ocupar o lugar do decano no colegiado. O presidente oficializou a indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga.

Pessoas ligadas a Lula afirmam que o petista está otimista em relação às duas situações. A defesa de Lula diz, porém, que ainda é cedo para fazer previsões. No ano passado, Celso de Mello chegou a votar pela manutenção da prisão de Lula, mas destacou que o voto não era um adiantamento de sua posição sobre o caso da suspeição.

A suspeição do ex-juiz da Lava-Jato pode tornar Lula ficha limpa e, portanto, apto a voltar concorrer em eleições.

 

*Bela Megale/O Globo

 

Vídeo: Queiroz foi babá de Flávio Bolsonaro

Queiroz foi babá de Flávio Bolsonaro, é o que diz o autor de “República das Milícias”.

O policial militar Fabrício Queiroz foi “uma espécie de tutor, de babá” do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), afirma o jornalista e pesquisador Bruno Paes Manso, autor de “A República das milícias — dos esquadrões da morte à era Bolsonaro” (Todavia), que acaba de ser lançado.

Queiroz e Flávio são investigados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por comandarem um suposto esquema de repasses ilegais de salários de funcionários do gabinete do filho do presidente da República, quando ele era deputado estadual da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Para Paes Manso, Queiroz serviu de instrutor e protetor para Flávio em sua plataforma política voltada ao apoio de policiais conhecidos por participação em ações violentas nas comunidades do Rio.

Em entrevista concedida ao UOL, na manhã de hoje, Paes Manso afirmou também que a família presidencial deu “apoio moral” ao falecido ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelas autoridades como chefe de uma milícia na zona oeste do Rio e de um grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Capitão Adriano, como era conhecido o ex-PM, chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro por comendas da Alerj. Quando era deputado federal, Jair Bolsonaro fez discursos no plenário da Câmara de Deputados defendendo o então policial militar de acusações de homicídios.

“A família Bolsonaro deu apoio moral e são responsáveis morais por isso [pela trajetória de Adriano da Nóbrega]. Quanto a isso, eu acho que não tem a menor dúvida”, disse.

“Essa turma [a milícia de Adriano Magalhães da Nóbrega] está relacionada aos crimes mais importantes da história recente do Rio de Janeiro, e que ajuda a entender o peso e o perigo da cena criminal da cidade, tem fortes vínculos com a família do presidente Bolsonaro. Ao mesmo, não há provas que coloquem Jair diretamente na cena dos milicianos. Provavelmente lá em Brasília ele tinha pouco conhecimento do que acontecia nos territórios. Eu não sei até que ponto também Flávio Bolsonaro tinha esse conhecimento”, acrescentou.

Caso Marielle

O jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP(Universidade de São Paulo0 é considerado um dos maiores especialistas em violência urbana do país e tem mais dois livros sobre o tema publicados: “O Homem X” (Record), sobre os grupos de extermínio em São Paulo, e “A Guerra — A ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil” (Todavia), uma coautoria com a socióloga Camila Dias Nunes.

Em seu último livro, Manso faz um apanhado histórico que situa a origem das milícias do Rio de Janeiro no final dos anos 1970. Mostra como a ausência do Estado em territórios vulneráveis impulsionou a crença na “violência redentora”, que cria o ambiente para inserir os filhos de Jair Bolsonaro na política e que, depois, o elege presidente.

“É como se a solução, em vez da política, fosse a polícia”, afirma Paes Manso.

Esse mesmo contexto levou ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. O livro aborda também o papel da intervenção federal um mês antes do crime, uma tentativa do ex-presidente Michel Temer (MDB) de alavancar a própria popularidade, que acaba por fortalecer a ideia de que uso da força é o meio para enfrentar a crise na segurança pública.

A pesquisa de dois anos de Bruno Paes Manso revela que a milícia existe porque há conluio entre milicianos, políticos e policiais, além de ligações com bicheiros, donos de máquinas de caça-níqueis.

“O grande desafio do caso Marielle é o fato de a investigação lidar com autores e suspeitos que são da polícia e por causa disso sabem como enganar as ações policiais”, conta.

O caso da Marielle interrompeu esse cinismo diante da conivência que existia entre quem deveria apurar esse homicídio e os matadores do Rio”, diz Manso.

Assista à entrevista:

 

*Com informações do Uol

 

Trump diz que terá alta hoje, o que aumenta a desconfiança de uma ‘farsa da facada americana’

Donald Trump anunciou no Twitter que deixará o hospital militar Walter Reed Medical Center hoje às 18h30 (19h30 no horário de Brasília).

Michael Moore talvez tenha razão quando insinuou que essa internação de Trump pode ter sido uma jogada de marketing.

Como nessa história tudo é estranho, nós brasileiros que conhecemos bem o jogo sujo da direita na base das farsas e fake news, não nos assustamos. Quem tem um presidente como Bolsonaro, colocado no poder por uma combinação de fraudes e farsas, incluindo a da facada, comporta-se como cão picado por cobra que tem medo de linguiça.

Para aumentar ainda mais as nossas desconfianças, Trump fez um discurso de super homem que vive num super país, com a seguinte fala:

“Me sentindo muito bem! Não tenha medo da Covid. Não deixe que isso domine sua vida. Desenvolvemos, sob a administração Trump, alguns medicamentos e conhecimentos excelentes. Sinto-me melhor do que há 20 anos!”, postou.

 

*Da redação

 

Celso de Mello pede a Fux para marcar o julgamento do depoimento de Bolsonaro

Presidente tenta prestar depoimento por escrito no inquérito em que é acusado de tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para incluir na pauta de julgamentos da Corte o recurso apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro para prestar depoimento por escrito, e não presencialmente. Caberá ao presidente do STF, ministro Luiz Fux, definir a data. Celso se aposenta na terça-feira da semana que vem. Assim, ele participa de apenas mais duas sessões do plenário da Corte, que serão realizadas na quarta e na quinta-feira desta semana.

Celso é o relator do inquérito aberto no STF para investigar se Bolsonaro tentou interferir indevidamente na Polícia Federal (PF). Em uma decisão anterior, o ministro determinou a realização de depoimento presencial para que o presidente prestasse esclarecimentos. Posteriormente, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu em nome de Bolsonaro.

Celso é o relator, mas, enquanto estava de licença médica, quem ficou responsável por analisar o caso foi o também ministro do STF Marco Aurélio Mello. Marco Aurélio preferiu levar o recurso para julgamento no plenário virtual, em que os ministros não chegam a debater entre si. Eles apenas colocam seus votos no sistema eletrônico da Corte, e o resultado é computado depois.

Na semana passada, já tendo retornado da licença, Celso tirou o recurso do julgamento virtual. Ele preferiu levar o caso para ser analisado no plenário físico, que, durante a pandemia de covid-19, está se reunindo por meio de videoconferência. Segundo Celso, o julgamento dessa forma dará mais publicidade ao tema.

O inquérito tem origem em acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que deixou o governo em abril. Ele também é investigado no processo.

Celso também permitiu que Moro se manifestasse sobre o recurso de Bolsonaro. O ex-ministro da Justiça respondeu nesta segunda-feira, concordando com a decisão de Ceslo de determinar o depoimento presencial. Moro, assim como o relator do caso no STF, destacou que o presidente tem a prerrogativa de fazer esclarecimentos por escrito quando é testemunha ou vítima, não investigado. Além disso, a defesa lembrou que o ex-ministro prestou depoimento presencial em maio. Assim, é preciso dar condições de igualdade entre os dois investigados no inquérito.

“Por fim, o entendimento do Decano deste Supremo Tribunal Federal prestigia a equidade de posições entre aqueles que ostentam a condição de arguidos em procedimento investigatório, uma vez que o ora peticionário Sergio Moro fora ouvido, presencialmente, perante às autoridades da persecução penal, em longa oitiva realizada no dia 02 de maio de 2020”, escreveu Moro.

Embora não haja nenhuma regra que permita o depoimento por escrito ao presidente quando ele é investigado, há um precedente no STF nesse sentido. Em 2017, o ministro Luís Roberto Barroso permitiu que o então presidente Michel Temer respondesse por escrito as perguntas no inquérito em que era investigado por supostas irregularidade no setor portuário.

 

*André de Souza/O Globo

 

Com a escolha do desembargador para o STF, As baratas estão voando por toda parte no mundo bolsonarista

Até no meio da turma do programa Pingo nos Is, que são os guardiões de Bolsonaro na Jovem Pan, a indicação do desembargador Kassio Marques desceu quadrada.

O discurso de cada um deles segue a mesma pegada, como é comum entre a patota bolsonarista na Jovem Pan. Augusto Nunes, Guilherme Fiuza e Ana Paula do Vôlei, além de Rodrigo Constantino, são os mais destacados lambe-botas de Bolsonaro, pois abonam e explicam todas as lambanças que o patrão produz, fazendo inveja até em Caio Coppolla. Imagina isso!

Para piorar, eles ainda compram briga por Trump quando se metem a falar sobre a disputa presidencial no Estados Unidos. Ou seja, eles são os pelegos do pelego de Trump.

Por talvez perceberem que Bolsonaro perdeu muita musculatura diante da bolsonarada nessa sua escolha, Augusto Nunes, Fiuza e Ana Paula do Vôlei voltaram a enaltecer a Lava Jato, mesmo que mantenham uma crítica protocolar ao traidor Moro, segundo eles.

O troço se transformou numa batata quente e, como esta não tem alça e demora para esfriar, ninguém quer dormir de pé, mas também não quer colocar a mão em cumbuca.

E o que se viu no programa são aqueles comentários ensaboados dos guardiões, meio barro, meio tijolo, uma no cravo, outra na ferradura, ricamente pagos pela Jovem Pan que, por sua vez, é ricamente paga por Bolsonaro.

O fato é que Bolsonaro vem perdendo espaço dentro do próprio campo e o romance entre o mito e seus apoiadores, se já não foi para o brejo, não está muito longe disso. Os oportunistas da Jovem Pan captaram isso e começam a denunciar a transição de Bolsonaro que, diante de um governo balofo, multiplica muito mais desafetos do que aliados.

Até os inquilinos do governo, que sempre obedeceram cegamente à linha publicitária, começam a trocar sardas e mostrar os primeiros pés de galinha que o envelhecimento precoce do governo Bolsonaro já apresenta, e a cada dia com menos timidez, como também mostra Sarah Winter chorando sentidas lágrimas por não reconhecer mais seu mito a quem, segundo ela, deu a vida como carneirinha.

Soma-se a tudo isso o histérico boquirroto, Silas Malafaia, que anda espinafrando Bolsonaro nas redes por não colocar no STF um ministro terrivelmente mercenário da fé alinhado com o charlatão neopentecostal.

As baratas estão voando por toda parte no mundo bolsonarista.

Eles que são brancos e fascistas, que se comam.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas