Ano: 2020

Governo e estados americanos abrem processo contra o Facebook por práticas anticoncorrência

Promotora de Nova York diz que gigante das redes sociais agiu de forma ‘predatória’ contra concorrentes. FTC diz que pode pedir liminar obrigando empresa a vender WhatsApp e Instagram.

WASHINGTON – A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) anunciou a abertura de um processo contra o Facebook nesta quarta-feira, por práticas anticoncorrência. Segundo a comissão, ela vai pedir à Justiça uma liminar contra a empresa que pode incluir a exigência da venda dos aplicativos WhatsApp e Instagram.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que lidera um grupo de 48 estados que abriram um processo paralelo contra a empresa, afirmou que a gigante das redes sociais “usou vastas quantias de dinheiro para comprar rivais menores” de maneira ilegal e predatória, e cortou serviços para outras companhias que ameaçavam seu domínio do mercado.

O processo dos estados, aberto em um tribunal federal em Washington, pede que a Justiça “impeça a conduta anticompetitiva do Facebook”, segundo Letitia, que frisou ser fundamental que sejam bloqueadas as “aquisições predatórias”.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) está investigando o Facebook há tempos, assim como os procuradores-gerais de estados americanos.

O Facebook é a segunda grande empresa de tecnologia processada nos EUA neste ano. O Departamento de Justiça processou o Google, da Alphabet, em outubro, por monopólio.

Em depoimento ao Congresso em julho, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu aquisições muito criticadas como as do Instagram e WhatsApp, dizendo que sua plataforma de mídia social ajudou a transformar as pequenas empresas em potências. Ele também argumentou que o Facebook tem uma série de concorrentes, incluindo outros gigantes de tecnologia.

O Facebook resolveu uma investigação de privacidade com a FTC em 2019, pagando US$ 5 bilhões para resolver as alegações de ter compartilhado indevidamente as informações de usuários com a agora extinta cosultoria Cambridge Analytica, cujos clientes incluíam a campanha de 2016 do presidente Donald Trump.

 

*Com informações de O Globo

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Bombardeado por todos os lados, Bolsonaro recua e diz que vacinação pode começar em dezembro

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que a vacinação emergencial contra a covid-19 pode começar ainda em dezembro no país, com doses da vacina da Pfizer/Biontech. No entanto, o general elencou uma série de condições para que isso aconteça —todas elas, neste momento, bastante improváveis, o que torna remota a possibilidade de imunização ainda em 2020.

Em entrevista à CNN Brasil, Pazuello também afirmou que o plano nacional de imunização pode começar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, o que seria uma terceira data diferente sugerida em duas semanas. Ontem, o ministro falou que o início de uma campanha nacional de vacinação estava previsto para o final de fevereiro, com doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. Na semana passada, a expectativa era que o plano começasse em março, embora o governo não tivesse oficializado uma data.

Uso emergencial

Para dar a previsão de vacinação emergencial ainda em dezembro, Pazuello considerou a possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceder uma autorização de urgência para o uso do imunizante. Ele falou especificamente sobre a vacina desenvolvida pela Pfizer, a mesma que começou a ser aplicada ontem no Reino Unido.

“O uso emergencial pode acontecer agora em dezembro, por exemplo, em hipótese, se nós tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer”, disse Pazuello, em entrevista à CNN Brasil

Se a Pfizer conseguir autorização emergencial, e se a Pfizer nos adiantar alguma entrega, isso pode acontecer em janeiro, final de dezembro. Isso em quantidades pequenas, que são de uso emergencial.

As condições citadas por Pazuello, porém, são improváveis neste momento. Isso porque:

  • até agora, nenhuma vacina fez pedido de uso emergencial para a Anvisa;
  • o Brasil está em tratativas, mas ainda não concluiu as negociações com a Pfizer (leia mais abaixo);
  • apesar da negociação, a Pfizer vê como improvável a chance de disponibilizar doses ao Brasil antes de janeiro (leia mais abaixo).

O ministro lembrou a intenção do governo brasileiro de fechar um contrato com o laboratório Pfizer para receber inicialmente 500 mil doses da vacina. O imunizante recebeu uma autorização emergencial no Reino Unido no início de dezembro e a vacinação no país foi iniciada ontem para grupos prioritários. A vacina também fez pedidos de uso emergencial nos Estados Unidos e na Argentina.

O UOL questionou a Anvisa, por email, se seria viável, ainda neste ano, a aprovação emergencial em dezembro de uma vacina cuja autorização não foi pedida. A reportagem ainda não obteve retorno.
Vacinas de Oxford e Sinovac

Apesar de Pazuello falar sobre a vacina da Pfizer, até agora, a grande aposta do governo brasileiro é a vacina de Oxford, com a qual o país já fechou um acordo de quase R$ 2 bilhões, que prevê a disponibilização de mais de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca. No país, a produção da vacina ficará a cargo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma instituição federal.

Pazuello ainda considerou a possibilidade de contar para o PNI (Programa Nacional de Imunização) com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, que é ligado ao governo paulista. O imunizante tem sido motivo de discussões entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou um plano estadual de vacinação para janeiro, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Vacinação geral entre janeiro e fevereiro

Sobre o plano efetivo de imunização, esse feito a partir de um registro definitivo de vacinas na Anvisa, Pazuello disse que a expectativa agora é iniciar a vacinação entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

“Os quantitativos dependem da entrega. O que tem de previsão? 15 milhões da AstraZeneca e 500 mil doses de previsão inicial da Pfizer em janeiro. Em relação ao Butantan, ainda não tenho o número de disponibilidade em janeiro”, disse o ministro.

É bem provável que entre janeiro e fevereiro nós estejamos vacinando a população brasileira.
ministro Pazuello

Pazuello assumiu a Saúde de forma interina ainda em maio, após as saídas de Luiz Henrique Mandetta e depois Nelson Teich. O general não tem formação médica e é considerado um especialista em logística. Em setembro, ele assumiu de forma definitiva o ministério. O ministro chegou a ficar internado com covid-19, mas se recuperou.

Vacina da Pfizer só em janeiro

Apesar da previsão mais otimista de Pazuello, ontem o presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, afirmou não enxergar mais a possibilidade de o laboratório fornecer vacinas contra a covid-19 ao Brasil antes de janeiro. Ele falou em vacinar 2 milhões de brasileiros com o imunizante até março de 2021.

Segundo Murillo, a Pfizer e o governo brasileiro negociam um acordo para a disponibilização de 70 milhões de doses.

 

*Com informações do Uol

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Bolsonaro prova que nunca se preocupou com as pessoas, muito menos, com a economia na pandemia

A violência negacionista com que Bolsonaro enfrenta a pandemia, se já não tinha uma explicação lógica ou minimamente racional, piorou ainda mais diante dos olhos da comunidade científica, do mercado e da população.

Seu ataque ao Ministério da Saúde, ao isolamento social, ao uso de máscara sempre caracterizou que Bolsonaro que, em permanente disputa eleitoral, nunca teve como prioridade salvar a sociedade e, menos ainda, o mercado.

Agora, um novo ataque à vacina, que é uma questão crucial para a sobrevivência do povo e da própria economia, Bolsonaro está sendo duramente criticado tanto pelo povo quanto pelo mercado, porque surpreendentemente, o cavaleiro da morte se mostra absolutamente indiferente a tudo o que se refere à vida nacional.

Isso não deveria surpreender ninguém, pois Bolsonaro sempre apoiou a prática dos torturadores da ditadura, sempre defendeu os criminosos da milícia, chegando até mesmo a condecorar, mesmo preso, com a maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio, o miliciano chefe do escritório do crime, Adriano da Nóbrega, morto na Bahia meses atrás.

Se Bolsonaro já era um pato manco e só permanece presidente, porque o mercado ainda sonha com os arrochos contra os trabalhadores promovidos por Guedes e com uma dose cavalar de submissão de militares, da ativa e da reserva, a mensagem que ele deixa nesse capítulo macabro no dia em que o país volta a registrar o número de óbitos diários por covid de 840  e o total de quase 180 mil mortos, Bolsonaro brinca e hostiliza brasileiros enfermos e, com isso, o genocida estrutural vai provocando uma indignação contra seu governo que só tende a intensificar daqui por diante.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“É hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários”, diz Dilma

A ex-presidenta, que sofreu um duro golpe em 2016, alerta para a falta de gerenciamento, pelo governo Bolsonaro, de medidas contra a pandemia do coronavírus que já causou quase 180 mil mortes de brasileiros, sem falar de uma quantidade enorme de pessoas que tiveram a doença e ficaram com sequelas que não as permitem levar uma vida normal, pior, não se sabe por quanto tempo.

Segundo Dilma, “não há dúvida de que o aumento da pandemia, o atraso na vacinação e a emergência social levarão o nosso povo ao desespero”.

E segue, “O Brasil não aguenta mais tanta incompetência, tanta irresponsabilidade, tanto desleixo e descaso com a vida humana e com o sofrimento do povo”, disse ela em nota. “Hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários. Hora de gritar abaixo Mourão e abaixo Bolsonaro, única maneira de salvar”,

Leia a íntegra da nota de Dilma: 

O governo de Bolsonaro e Mourão se mostra alienado da realidade.

A pandemia entrou numa fase de intenso agravamento, fruto da correlação direta entre o discurso negacionista e o desprezo das autoridades federais pela gravidade da doença e o consequente descuido de parte da população, que passou a ignorar medidas de prevenção e a participar de aglomerações, fazendo subir os índices de contaminação aos piores momentos do ano.

Muitos estados e grandes cidades já estão sem leitos de UTI nos hospitais da rede pública, mesmo hospitais privados estão chegando ao limite de sua capacidade, e há registros diários chocantes de pacientes morrendo sentados em emergências de hospitais e em UPAs à espera de leitos adequados. O governo federal não tomou a tempo as medidas básicas indispensáveis para preparar o Brasil para uma vacinação em massa, o que devia ter feito antes mesmo de os primeiros imunizantes começarem a ser fabricados e distribuídos em vários países do mundo, como já está acontecendo.

A vacinação em massa no mundo começa a acontecer, mas tudo indica que os brasileiros ficarão para trás, por incompetência e descaso do governo.

Não há ainda um esquema claramente definido de compra e fabricação de vacinas, de compra e fabricação de seringas e agulhas, um plano logístico de transporte, distribuição e armazenamento de imunizantes, e sequer uma articulação e entendimento que envolva a União com estados e municípios para o trabalho de levar a vacina à população.

Não temos um plano nacional de vacinação que trate todos os estados com igualdade, traindo uma tradição brasileira de décadas de eficiência em vacinação em massa, modelo que sempre foi exemplo para o mundo.

Enquanto muitos países começam a vacinar suas populações, o governo brasileiro apenas acena, vagamente e sem objetivos claros, com prazos absurdos de no mínimo 60 a 70 dias para o início da imunização em território nacional, uma demora excessiva e inaceitável diante da gravidade e do recrudescimento da pandemia, apesar de existir uma lei, sancionada por este mesmo governo, que permite a liberação emergencial de qualquer vacina em 72 horas, desde que tenha sido testada e aprovada por agências estrangeiras equivalentes à Anvisa. Não há outra razão para esta demora que não seja o interesse político e ideológico e o desprezo pelos doentes e vítimas fatais da Covid19 neste momento agudo da pandemia.

A completa desarticulação do governo federal com os estados e os municípios, vale dizer com o povo brasileiro, produz conflito institucional e abre espaço para gestos e discursos perversos e oportunistas de caráter eleitoreiro.

Em paralelo, o Brasil é assolado pelo agravamento da crise social: a inflação dos alimentos dispara e bate recordes, o desemprego sobe a índices inéditos, ao mesmo tempo em que o auxílio emergencial está sendo extinto e a maior preocupação da área econômica, do Congresso e do mercado é manter o iníquo e injusto teto de gastos imposto pelo golpe de 2016.

O cenário em que esta grave crise acontece é o pior possível: destruição ambiental, volta da fome e da miséria e crescimento da violência contra os pobres, contra as mulheres e contra a população negra. Neste ambiente, proliferam crimes hediondos, assassinatos covardes cometidos por bandidos fardados e por milicianos – como os que mataram Marielle Franco e Anderson já há mil dias, sem que seus mandantes tenham sido apontados, e os que têm tirado a vida de crianças, como, há poucos dias, as meninas negras Emilly e Rebecca. Crimes cujos autores e responsáveis são protegidos por um manto vergonhoso de impunidade, garantida por instituições do Estado.

Não há dúvida de que o aumento da pandemia, o atraso na vacinação e a emergência social levarão o nosso povo ao desespero.

Os brasileiros não merecem isto.

As consequências serão muito dolorosas, o sofrimento será imenso e, por óbvio, serão ainda piores para os mais vulneráveis.

Se 2020 foi um ano terrível para todos, sobretudo para os pobres, 2021 ameaça ser muito pior.

O Brasil não aguenta mais tanta incompetência, tanta irresponsabilidade, tanto desleixo e descaso com a vida humana e com o sofrimento do povo.

Está mais que passada a hora de tomar uma atitude.

Hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários.

Hora de gritar abaixo Mourão e abaixo Bolsonaro, única maneira de salvar vidas, evitar o colapso absoluto e pensar na reconstrução do Brasil.

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Bolsonaro dá gargalhada de deboche de brasileiros com Covid: “Estou com Covid”

Diante de apoiadores, Bolsonaro faz chacota com pessoas que apresentam sintomas da Covid-19. Vídeo foi divulgado em meio a guerra travada entre o presidente e João Doria, governador de São Paulo, em torno da vacina contra o coronavírus.

Um vídeo divulgado pelo escritor e diretor cinematográfico André Fran no Twitter nesta quarta-feira (9) mostra Jair Bolsonaro (Sem Partido) gargalhando de brasileiros que foram contaminados pelo coronavírus.

“Estou com covid”, ironiza Bolsonaro, emendando uma gargalhada. “Tinha muita gente indo para lá tomar [inaudível]. Estou com Covid”, repete Bolsonaro, diante de apoiadores, no vídeo, em que não teve a data identificada.

Bolsonaro vive em meio a uma guerra contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou o início da vacinação no estado para o dia 25 de janeiro, mas depende do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que é submetido ao Ministério da Saúde.

Nesta terça-feira (8), Doria protagonizou um bate-boca com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante reunião que seria para discutir um plano nacional de imunização, mas que não teve resultados na prática diante do impasse do governo Bolsonaro frente às vacinas.

Confira:

 

*Com informações da Forum

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A Transparência Internacional e o maná da anticorrupção

A Transparência Internacional se tornou a melhor parceira da Lava Jato para gerir multas bilionárias levantadas pela operação.

Tempos atrás, mostrei como um dos principais parceiros da Lava Jato, o empresário Josmar Verrillo, prestou serviços a um grupo asiático, envolvido até o pescoço em corrupção, contra a JBS, em uma disputa em torno de uma usina de álcool. O movimento seria seguido, tempos depois, pelo ex-juiz Sérgio Moro, aceitando parecer milionário contra um empresários israelense, também envolvido até o pescoço em denúncias de corrupção, em ação contra a Vale do Rio Doce.

Antes disso, mostramos um dos braços desse movimento, a indústria do compliance, pela qual as empresas prejudicadas pela Lava Jato eram obrigadas a contratar escritórios de advocacia internacionais, com contratos milionários, em alguns casos – como na Eletrobras – por valores muito maiores do que aqueles envolvidos em operações suspeitas.

O envolvimento da TI ficou nítido na proposta de criação da tal fundação que administraria as multas da Petrobras. Ela seria a instituição escolhida para administrar o dinheiro.

Agora, repete-se o mesmo modelo pela Lava Jato Distrito Federal, tentando destinar a multa da J&F para a mesma Transparência.

Na resposta às denúncias da mídia, a Transparência Internacional, seção Brasil, produziu o melhor levantamento sobre suas relações nebulosas com as duas Lavas Jatos.

A nota em que procurou rebater matérias de imprensa, inclui links para os acordos firmados com procuradores, atropelando as determinações legais, que obrigam que o dinheiro das multas sejam encaminhados ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

O acordo foi firmado entre a J&F no bojo das operações Greenfield, Sépsis, Lava Jato e Carne Fraca.

Na distribuição das indenização, definido no documento Acordo de Leniência, o acordo destina R$ 2,3 bilhões para “projetos sociais, em áreas temáticas relacionadas em apêndice deste Acordo”.

Pode ser apenas uma profissão de fé na Lava Jato. Podem ser outras coisas. Enquanto esses fluxos de recursos não foram esclarecidos, sempre haverá desconfiança sobre possíveis operações triangulares.

 

*Com informações do GGN

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Fique em casa: Média móvel de mortes no Brasil cresce 31% e atinge maior patamar dos últimos 62 dias

País passa de 178 mil mortos com 796 novos óbitos e 47.850 casos registrados nas últimas 24 horas.

A média móvel de mortes pela doença cresceu 31%, em relação a 14 dias atrás, e teve seu maior patamar dos últimos 62 dias. Nesta terça-feira, o cálculo ficou em 617, o oitavo dia consecutivo de crescimento. Assim, o Brasil apresenta tendência de alta nas mortes causadas pelo novo coronavírus.

O país chegou à marca de 178 mil mortes causadas pela Covid-19, de acordo com o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa. Nas últimas 24 horas foram registrados 796 óbitos, totalizando 178.184 vidas perdidas para a doença. Foram notificados também 47.850 casos, elevando para 6.675.915 o número de infectados pelo novo coronavírus.

A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Há 18 unidades federativas com tendência de alta na média móvel de mortes por Covid-19: Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Cinco estados brasileiros estão com tendência de estabilidade — Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais e Pará — enquanto que quatro demonstram queda — Alagoas, Amazonas, Goiás e Rio de Janeiro.

 

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro coloca militares na Anvisa para para dividir com as Forças Armadas sua derrota trágica na política de vacinação

Especialistas temem o pior dos mundos.

Eles preveem que essa articulação politize o órgão e dê a Bolsonaro controle total sobre as aprovações de imunizantes contra covid-19, o que, de imediato, coloca não só a Anvisa num patamar de desmoralização como também as Forças Armadas.

É uma tática política que, de antemão, divide a responsabilidade com a tragédia anunciada pela irresponsabilidade em lidar com a vacinação da população que Bolsonaro adotou para manter o gado unido em seu curral.

Em 12 de novembro, Bolsonaro indicou o tenente-coronel reformado do Exército Jorge Luiz Kormann para assumir um dos cinco cargos de diretoria da Anvisa.

Para a população, pouco importa o fato de um militar do governo ser da ativa ou da reserva, o que se espera é que o comando da Anvisa seja operado por gente da área, por técnicos. Assim, um militar, não importa se da ativa ou não levará com ele o peso de jogar o ônus de uma política trágica para as Forças Armadas.

*Da redação

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Há mil dias o vizinho de Bolsonaro saiu do Vivendas da Barra para assassinar Marielle

Há mil dias o vizinho de Bolsonaro saiu do Vivendas da Barra para assassinar Marielle e a polícia até hoje não sabe quem foi mandante.

Uma matéria da Veja revela que o miliciano do escritório do crime que tinha ligação direta com outro miliciano, o mesmo que foi condecorado por Bolsonaro. Pois bem, ambos filiaram-se ao Psol poucos dias após a eleição de Marielle em 2016. Os dois também são integrantes da milícia de Rio das Pedras.

Não por acaso a data da filiação dos dois milicianos ao Psol coincide com o dia em que o policial reformado Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra, começou a fazer busca pelo nome do, então deputado estadual, Marcelo Freixo (Psol). Lessa, que é considerado pela Polícia Civil, o maior traficante de armas pesadas do Rio de Janeiro, tendo em sua posse 117 fuzis quando foi preso, era também fornecedor das milícias da zona oeste.

Outro fato curioso é o sumiço do porteiro do condomínio de Bolsonaro que, no seu primeiro depoimento, disse à polícia que a ordem para liberação da entrada do comparsa de Ronnie Lessa, Elcio de Queiroz, no dia do assassinato de Marielle, foi dada pelo Seu Jair da casa 58. No entanto, o porteiro mudou sua versão após Moro, como ministro da Justiça e Segurança Pública, comandar uma operação da PF para inquirir novamente o porteiro de quem nunca mais se ouviu falar.

Aqui são somente alguns fatos resgatados para sequenciar os mil dias do assassinato de Marielle e o que foi estruturado antes de sua morte em torno do Psol pela polícia de Rio das Pedras.

Até aqui, sabe-se pouco do que está por baixo do tapete. Lembrando também que a ligação principal da família Bolsonaro com Adriano da Nóbrega, deu-se através de Queiroz, hoje em prisão domiciliar, o mesmo Queiroz que depositou R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro que, até hoje não se tem resposta dela e nem de Bolsonaro para explicar o depósito.

O mistério sobre a morte de Marielle e Anderson, por mais inacreditável que pareça, continua sem resposta.

*Da redação

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“Atrasado em tudo”, diz pesquisador da Fiocruz em crítica sobre Ministério de Bolsonaro

Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), se disse preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra a covid-19. Ele afirmou que o Ministério da Saúde deveria dar uma mensagem mais clara sobre a compra de imunizantes. E acrescentou que o Brasil está “atrasado em tudo”, inclusive na compra de materiais básicos para vacinação.

“O mundo todo corre atrás dos insumos. Não é só o Brasil. Seringas e agulhas são fundamentais para a vacinação. Vai ter competição no mercado. A gente já viu isso na época dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e dos respiradores, quando a gente não teve compra imediata e não pôde ofertar mais leitos por conta disso. Pode ser que tenha vacina em março. Mas se essa compra (dos insumos) for fracassada por falta de fornecedor, pode ser que a gente tenha que adiar essa vacinação”, afirmou Croda em entrevista à Globonews.

Então, na minha avaliação, a gente está muito atrasado em tudo. Esse movimento de vacina está ocorrendo há 6 meses. A gente sabia que ia precisar de seringas e agulhas independentemente do tipo de vacina escolhida.
Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz

O governo federal anunciou ontem que está negociando a compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer, em parceria com a BioNTech. Julio Croda, no entanto, acredita que essa movimentação foi “tardia”.

“A maioria dos países envolvidos assinou um termo de intenção de compra de um lote expressivo. E tem que fazer com antecedência, porque as empresas trabalham com previsão. O Instituto Butantan ofertou um número maior de doses para o Ministério da Saúde, que achou que não era necessário”, afirmou Croda, lembrando da polêmica sobre a CoronaVac – o Ministério da Saúde até assinou a intenção de comprar essa vacina, mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou logo depois, após discussões públicas com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Quando questionado sobre o Programa Estadual de Vacinação, divulgado por Doria ontem, Julio Croda disse que o governo federal deveria agir de outra maneira, para tranquilizar os gestores estaduais e municipais.

“Com o anúncio da antecipação da vacinação de São Paulo em mais de dois meses, isso gera pressão no governo federal. Estados e municípios estão anunciando compras de vacinas específicas. Pfizer pediu liberação. Se for liberada, não tem impedimento para que estados adquiram esse insumo”, apontou Croda.

“É importante que o Ministério assuma isso o mais rápido possível e deixe claro que, se tiver a vacina aprovada pela Anvisa antes de março, vai estar adquirindo o máximo de lotes possíveis. Essa gestão tem que estar clara para gestores municipais. Claro que depende da capacidade do fornecedor de vender vacina também. Mas se governo federal trouxer essa mensagem simples, de que vai adquirir lotes de vacina aprovada pela Anvisa, gera tranquilidade para o gestor, para ele não fazer negociações em paralelo de qualquer tipo de vacina”, disse.

O infectologista da Fiocruz também comentou sobre o início da vacinação contra a covid-19 no Reino Unido, que aconteceu hoje, e demonstrou otimismo.

“É o começo do fim da pandemia. A gente vai precisar vacinar uma grande parcela da população. O mundo todo está à espera da vacina. Existe um delay. Já existiu delay da vacina da influenza, de 6 meses, para a vacina chegar em países mais pobres. Mas é uma esperança e temos que acreditar nessa esperança”, concluiu Croda.

*Com informações do Uol

*Foto destaque de Bolsonaro: André Borges

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