Ano: 2020

O que Bolsonaro e Mourão têm medo é que o povo negro promova um grande levante nas ruas

Sejamos diretos e sinceros, o que essa tem medo é de que o povo negro vá para as ruas. Ele não esteve em 2013 contra Dilma e nem 2015 no convescote tucano para a derrubada da presidenta.

Mas, agora, há motivos de sobra para que os negros tomem as ruas e convoquem parte da população de quem a direita tem muito medo, já que a maioria dos brasileiros é negra.

A consequência disso é que as favelas queiram descer e mostrar a sua força, e o resultado pode ser o pedido da cabeça de Bolsonaro, com Mourão, com tudo.

É esse medo que está na fala de Mourão quando nega o racismo no Brasil e na de Bolsonaro, falando ao G20, que horrorizou a todos os participantes. É o medo de quem sabe que suas políticas e suas declarações são absolutamente racistas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Folha reconhece que Haddad foi quem mais investiu na cidade de São Paulo

A gestão de João Doria e Bruno Covas, do PSDB, foi a que menos investiu na cidade de São Paulo ao menos desde 2005, de acordo com levantamento feito com dados da prefeitura.

Os investimentos são aquilo que se gasta com obras e outras melhorias que não incluem as despesas fixas, como pagar os salários dos funcionários, a Previdência e os desembolsos com custeio em geral.

Covas tem usado a questão para fazer campanha, além de dizer que recebeu a prefeitura com um rombo nas finanças, embora houvesse dinheiro em caixa.

A menos de dois meses de terminar o mandato, a gestão iniciada por João Doria, em 2017, e continuada desde abril de 2018 por Covas havia investido R$ 8,2 bilhões, menos do que as gestões de Fernando Haddad (PT), Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB)/Kassab.

De acordo com levantamento feito pela Folha, em valores corrigidos, Haddad investiu R$ 15,4 bilhões, Kassab, R$ 15,2 bilhões, e Serrra/Kassab, R$ 10,4 bilhões.

O levantamento da reportagem contabiliza dados entre 2005 e o começo deste mês.

Após analisar os dados enviados pela Folha, a gestão Covas afirma que o critério usado pela reportagem é “equivocado e induz os leitores a uma conclusão errada”. Além disso, critica a inclusão de “transferências não obrigatórias da União, que variam de acordo com as disponibilidades e prioridades do governo federal”.

A reportagem fez também um cálculo de acordo com esses critérios —usando empenhos e excluindo transferências. No entanto, o investimento ainda continuaria abaixo ao menos das duas últimas gestões.

A reportagem decidiu manter dados liquidados totais, por se tratar do valor efetivamente executado —além disso, conseguir a liberação de verbas federais também é uma tarefa política do prefeito.

Conforme a Folha mostrou, o maior gasto de Covas na área de investimentos se refere ao recapeamento de rua. Nesta área de melhoria das vias, somando despesas além de investimentos, a prefeitura havia gasto R$ 1 bilhão até por volta do fim de outubro.

Fazendo a conta ano a ano, os gastos foram aumentando conforme se aproximou o período eleitoral. Em 2017, o investimento liquidado foi de apenas R$ 1,5 bilhão.

Depois disso, a gestão gastou R$ 2 bilhões em 2018 e R$ 2,4 bilhões, em 2019. Neste ano, o investimento é de R$ 2,2 bilhões, mas prefeitura afirma ter dotação disponível para que ultrapasse R$ 5 bilhões. Se previsão se concretizar, será o maior investimento dos últimos anos em apenas um ano, mas não o suficiente para que Covas invista mais que o valor total das gestões Kassab e Haddad.

Em 2020, as receitas da cidade foram impactadas pela pandemia da Covid-19 –e deve haver déficit de R$ 2,5 bilhões. A diferença, porém, dificilmente mudaria radicalmente o cenário de baixos investimentos da gestão completa, já que o volume de investimentos nos primeiros três anos já estava abaixo da média de períodos anteriores.

ovas tem usado a questão dos investimentos para fazer campanha política. Na quarta-feira (19), em uma agenda no Jardim Angela (extremo sul), exaltou o gasto previsto para o ano.

“Esse ano a gente vai chegar a R$ 4,5 bilhões em investimentos com recurso da prefeitura, o maior valor dos últimos oito anos”, disse.

Por outro lado, o adversário de Covas, Guilherme Boulos (PSOL), tem usado o assunto para atacar o tucano.

Ele afirmou que pretende aumentar o nível de investimento. “Em plena pandemia, você está com R$ 19 bilhões parados em caixa. Uma dívida ativa de R$ 130 bilhões esperando pra ser cobrada”, disse.

O líder de movimento de moradia disse que o investimento de sua gestão para os próximos quatro anos seria de R$ 29 bilhões, montante que, olhando o histórico de investimento dos últimos 15 anos, também parece improvável de se concretizar.

Boulos costuma usar os R$ 19,2 bilhões em caixa para dizer que investirá no próximo ano. Segundo a prefeitura, R$ 7,9 bilhões são vinculados e R$ 11,3 bilhões não vinculados —valor é suficiente para cobrir o fluxo de caixa negativo do último bimestre, segundo a gestão.

Covas tem feito um discurso que dá a entender que encontrou uma situação desfavorável nas contas e que sua gestão colocou a casa em ordem. Ele cita um suposto rombo de R$ 7,5 bilhões.

A afirmação durante um debate fez com que o PT prometesse acionar Covas, acusando-o de propagar fake news. Em nota, a campanha de Covas diz que o orçamento de Haddad era “irrealista e maquiado”.

Checagem da agência Lupa mostro

u que a afirmação de Covas era falsa. Segundo a agência, Haddad deixou R$ 5,34 bilhões em caixa, conforme o relatório de fiscalização do Tribunal de Contas do Município de São Paulo daquele ano.

O documento afirmava que “as disponibilidades financeiras da prefeitura em 31.12.16 eram suficientes para saldar as obrigações de curto prazo. Se todas essas obrigações fossem pagas, restaria um saldo da ordem de R$ 3 bilhões”.

Covas também tem batido na tecla em debates de que o endividamento caiu em sua gestão. Checagem da agência Lupa publicada na Folha também mostrou que, de fato, o endividamento referente ao segundo quadrimestre de 2020, é de 38,5%, enquanto era de 92% no final da gestão Haddad.

A diminuição, porém, também foi consequência da renegociação de dívida entre a prefeitura e a União no início de 2016, na gestão de Haddad.

Antes da renegociação, o indexador da dívida era o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) acrescido de juros de 9% ao ano. Após renegociação, passou a ser o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acrescido de juros de 4% ao ano, limitado à variação da Selic.

Devido ao acordo o endividamento do município caiu de 182% (último quadrimestre de 2015) para 92% (último quadrimestre de 2016).

 

*Artur Rodrigues/Folha

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Vídeo:Bolsonaro aparece no Amapá depois de 19 dias de escuridão e é escorraçado

Em sua visita a Macapá neste sábado (21), Bolsonaro desfilou pelas ruas da cidade com a porta do carro aberta e com o corpo para fora. Enquanto a comitiva passava, o presidente ouviu xingamentos.

Em sua manobra, o presidente estava com um segurança, que ficou atrás dele, com o pé na porta, protegendo suas costas.

Mentiroso, como sempre, Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo em que é recebido animadamente por apoiadores no aeroporto da cidade.

No entanto, esse outro registro mostra o presidente sendo chamado de “miliciano” e xingamentos de baixo calão. Os carros que seguem a comitiva também são ofendidos e chamados de “gado”.

A principal crítica da população se refere ao fato de Bolsonaro só ter dado as caras por lá agora, 19 dias depois do estado do Amapá ser atingido por um apagão, após um incêndio em um transformador deixar 14 das 16 cidades às escuras.

Moradores da cidade informam que, no mesmo momento em que Bolsonaro visita a cidade, vários bairros estão sem energia.

Confira:

 

*Da redação

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Depois de dizer que Mariana Ferrer merecia ser estuprada, Constantino diz que Beto Freitas merecia ser assassinado

Depois de ser colunista supostamente econômico de revistas mundo cão de classe média, Constantino se transformou numa espécie de bombril com 1001 utilidades na sua prestação de serviços a Bolsonaro.

O rapaz tem superado até a turma do Pingo nos Is, comandado pelo insuspeito Augusto Nunes.

Depois de, em síntese, dizer que Mariana Ferrer merecia ser estuprada e humilhada pelo advogado do estuprador, agora, Constantino, que disse ser contra o Dia da Consciência Negra, decalcando as palavras de Bolsonaro pela língua de trapo de Sergio Nascimento, da Fundação Palmares, diz que, por ter dado um soco em um segurança (que não se sabe o motivo dessa reação), Beto Freitas merecia ser espancado e asfixiado até a morte.

Disse Constantino: “O que temos até aqui não indica nada parecido. O homem, um sujeito enorme, teria ficha corrida na polícia e teria agredido uma funcionária do Carrefour. Por isso ele foi espancado, não pela cor da pele.”

Para piorar o troço, ele cita Morgan Freeman de maneira desavisada, como faz todo racista, porém, o ator americano mudou sua posição completamente depois do assassinato de Geoge Floyd. Constantino ainda diz que, além de preferir as palavras de Freeman, prefere as palavras do secretário da Fundação Palmares. Ele prefere tanto que sequer cita o nome boneco de ventríloquo de Bolsonaro que comanda a Fundação.

Em suma, Constantino, em menos de um mês, negou que existe no Brasil estupro e racismo ou, no mínimo, que a culpa pelo estupro é da estuprada e a do assassinato por racismo é do assassinado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Como todo racista, Bolsonaro nega o racismo no Brasil e deixa o G20 em choque

Talvez, numa didática exercida nas Forças Armadas, Bolsonaro tenha repetido o discurso de Mourão ao dizer ao G20 que o Brasil tem questões profundas de desigualdade, mas não tem racismo, com aquela destreza típica do cavalão.

Parece que há mesmo uma instrução superior nas Forças Armadas em que a palavra cidadania é abolida, até porque o Estado de exceção é praticamente uma tara histórica dentro do ambiente militar.

Para os militares, a escravidão não alterou nada, não definiu territórios, não marcou espíritos e não marca até hoje as relações sociais.

Talvez, pela piora na vida dos negros brasileiros, quando aquele modelo econômico imposto pelo regime autoritário dos anos de chumbo, que agravou muito as nossas diferenças sociais, tenha criado uma espécie de anestesia que é utilizada como cálculo econômico em que os negros viram minguar o acesso a oportunidades produzindo uma situação estrutural cumulativa de racismo.

Negar o racismo para quem nega até hoje que Duque de Caxias comandou as Forças Militares para atacar o quilombo de Manuel Congo, em Vassouras, estado do Rio, prendendo-o e levando-o ao enforcamento, negar o racismo no Brasil, naturalizando o preconceito, é um caminho absolutamente natural. Ninguém espera nada diferente vindo da boca de quem tem em sua cabeceira um livro de Brilhante Ustra.

A questão é que, quando Bolsonaro vomitou seus preconceitos negando o racismo, ele chocou a todos os que participavam do encontro do G20, afastando ainda mais o Brasil do mundo civilizado.

Não foi por acaso que, durante a campanha de 2018, inventaram aquela facada mandrake, sem sangue e sem face, para que um idiota como esse não fosse ao debate e estragasse o serviço sujo de Moro, de condenar e prender Lula, para que os dois, Bolsonaro e Moro, assumissem seus lugares no poder.

Todas as vezes em que o ogro abre a boca, consegue ser mais estúpido que ele próprio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Urgente: Justiça rejeita 6ª denúncia descabida contra Lula

Pela 6ª. vez a Justiça rejeitou uma denúncia sem materialidade contra o ex-presidente Lula. A sentença foi proferida em 19/11/2020 pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal (Processo nº 1007965-02.2018.4.01.3400) e rejeitou a acusação de que Lula teria integrado uma organização criminosa (Lei nº 12.850/13, art. 2º, §3º e 4o).

Lula já havia sido definitivamente absolvido (decisão transitada em julgado) da mesma acusação pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal por meio de sentença proferida em 04/12/2019 (Processo nº 1026137-89.2018.4.01.3400).

Em todos os processos em que Lula foi julgado fora da autointitulada “Lava Jato de Curitiba” a acusação foi sumariamente rejeitada ou o ex-presidente foi absolvido, com trânsito em julgado. Tais decisões se referem aos processos abaixo listados:

1) Caso “Quadrilhão”
12ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 1026137-89.20184.01.3400 – o ex-presidente Lula foi absolvido sumariamente e a decisão se tornou definitiva (trânsito em julgado);
2) Caso “Obstrução de justiça”
(Delcídio do Amaral) – 10ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 0042543-76.2016.4.01.3400 (42543-76.2016.4.01.3400) – o ex-Presidente Lula foi absolvido por sentença que se tornou definitiva (trânsito em julgado);
3) Caso “Frei Chico”
7ª Vara Criminal Federal de São Paulo – Inquérito n.º 0008455-20.2017.4.03.6181 – rejeição da denúncia em relação ao ex-presidente Lula confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª. Região;
4) Caso “Invasão do Tríplex”
6ª Vara Criminal Federal de Santos – Inquérito n.º 50002161-75.2020.4.03.6104 – denúncia sumariamente rejeitada em relação ao ex-presidente Lula.
5) Caso Janus I
10ª Vara Federal de Brasília – Ação Penal n° 0016093-96.2016.4.01.3400 – processo trancado por inépcia da denúncia e ausência de justa causa por decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região proferida em 1º/09/2020).
A nova decisão da Justiça Federal de Brasília é mais uma evidência de que Lula é vítima de lawfare, pois o ex-presidente foi vítima de múltiplas acusações frívolas e descabidas com fins ilegítimos.

Teixeira Zanin Martins & Advogados

*Com informações do site Lula

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Boicote nacional ao Carrefour: “Não vá e não compre”, convoca a Coalizão Negra

“A rede é reincidente em casos de violência racial, e portanto precisa ser responsabilizada por essas práticas”, diz o coletivo.

A Coalizão Negra por Direitos, grupo que reúne 150 organizações antirracistas, divulgou uma campanha na sexta-feira (20) pelo boicote nacional ao Carrefour. Mobilização ocorre após o assassinato de João Alberto, um homem negro, por seguranças brancos da rede.

De acordo com o coletivo, o Carrefour é reincidente em casos de violência racial e “precisa ser responsabilizado por essas práticas”. O boicote consiste em não frequentar ou comprar em unidades da rede.

A Coalizão lembra ainda outros caso de violência que aconteceram em 2009 e 2018 em outras unidades do supermercado.

“No ano de 2009, seguranças da rede de supermercados espancaram Januário Alves de Santana na unidade de Osasco, ao argumento de que o homem foi confundido com um ladrão”, relembra.

“Em 2018, na unidade de São Bernardo do Campo, seguranças espancaram Luís Carlos Gomes porque ele teria aberto uma lata de cerveja no interior da loja. Todos esses casos aconteceram no interior de lojas da rede Carrefour, o que demonstra que não se trata de exceção, violência racial é regra dentro do Carrefour”, completa.

Um dos responsáveis pelo assassinato de João Alberto em Porto Alegre é um policial militar temporário, enquanto outro era segurança da loja. Ambos foram detidos em flagrante e devem responder por homicídio qualificado.

 

*Com informações da Forum

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União Europeia quer critério climático no comércio mundial e pressiona governo Bolsonaro

Se depender da Europa, a pressão ambiental sobre as exportações brasileiras vai aumentar. A partir de hoje, líderes das maiores economias mundiais se reúnem para a cúpula do G-20 e, na agenda, estará o esboço de uma arquitetura para o mundo pós-pandemia.

Uma das propostas feitas pela UE (União Europeia) é de que todos os acordos comerciais sejam permeados e condicionados por critérios de compromissos ambientais, de biodiversidade, emissões de gases e climáticos.

Os europeus não querem que isso se limite aos tratados bilaterais. Mas também à própria reforma da OMC (Organização Mundial do Comércio), a partir de 2021, com ideias sobre o estabelecimento até mesmo de impostos climáticos sobre bens que viriam de países onde as leis ambientais não sejam da mesma dimensão. O presidente Jair Bolsonaro também defende uma reforma da OMC, mas não nos mesmos termos de Bruxelas.

A esperança da UE é de que o tema ganhe o apoio de Joe Biden, o presidente eleito americano, que já indicou às capitais europeias que colocará o clima no centro de sua agenda. A volta dos Estados Unidos (EUA) ao Acordo de Paris também está sendo visto como um incentivo para que se pressione países no que se refere às metas de emissões de CO2.

Além disso, o G-20 será liderado por um governo europeu — a Itália — e que já indicou que colocará a questão ambiental como prioridade das negociações durante todo o ano.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros confirmam que as propostas europeias no G-20, se tiverem o apoio americano, poderão representar um desafio inédito para o governo em Brasília.

Trump vinha bloqueando agenda ambiental Ao longo dos últimos dois anos, a agenda ambiental só não esteve mais presente na cúpula do G-20 por conta da oposição de Donald Trump diante do tema. A Casa Branca bloqueou negociações que pudessem indicar mais ambição ou qualquer tipo de compromisso. Para o Brasil, a blindagem americana teve um apoio positivo, evitando que o país estivesse ainda mais exposto às críticas internacionais.

Mas, com a cúpula deste fim de semana representando o adeus internacional de Trump, os demais governos já se prepararam para incrementar a pressão sobre o tema.

Antecipando uma crítica, Bolsonaro também usou a reunião dos Brics nesta semana para fazer ameaças veladas aos governos europeus, no que se refere à compra de madeira ilegal. Numa live promovida na noite de quinta-feira, o presidente voltou a criticar a França, argumentando que existem motivos comerciais para que Paris adote uma postura contrária ao Brasil.

A resposta europeia, porém, será mais estrutural e mais ampla que críticas isoladas. Ursula van der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deixou claro que o objetivo é o de estabelecer um modelo em que países terão de “desconectar o crescimento de suas economias da exploração de recursos naturais”. Um dos temas principais do governo brasileiro ao se defender das críticas é justamente sobre a necessidade de promover o desenvolvimento e crescimento de sua economia.

 

*Jamil Chade/Uol

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Bolsonaro diz que estava certo em matar até aqui quase 170 mil brasileiros com a pandemia

Cínico e sórdido, Bolsonaro disse que o tempo provou que o caminho adotado por ele para lidar com a pandemia era o correto.

Para quem tem fascínio pela morte, para quem tem em sua cabeceira o livro de Brilhante Ustra, ele está certíssimo. Motivo de piada internacional, o ogro verde e amarelo disse que era preciso cuidar da saúde e da economia, só não se sabe o que é mais frágil. Bolsonaro afirma que o tempo está provando que ele estava certo. A economia brasileira ao cacos, quase 170 mil mortos por culpa dele e ainda dá uma declaração dessa ao G20.

Depois de ler a matéria de Jamil Chade, que segue abaixo, pensa-se, como se chegou a isso? Como o Brasil , depois do golpe em Dilma, tem como presidente da República um sujeito que menospreza a morte das pessoas, que comanda o dia do fogo na Amazônia e que defende a derrubada do pantanal para se transformar em pasto, sem falar nas suas cotidianas declarações racistas, homofóbicas e outros absurdos promovidos pelo fascista tropical.

Jamil Chade: Ao G-20, Bolsonaro não cita mortes e diz que estava “certo” sobre pandemia

O “tempo provou” que o caminho adotado pelo Brasil para lidar com a pandemia da covid-19 era o correto. O recado é do presidente Jair Bolsonaro, numa mensagem promocional gravada aos demais líderes do G-20 e que foi difundida nesta manhã pelos organizadores da cúpula que ocorre neste fim de semana. Em sua breve fala, nenhuma mensagem sobre as vítimas da doença e nem sobre sua insistência em promover tratamentos sem comprovação científica e sua atitude de minimizar a violência do vírus.

“Neste ano, enfrentamos desafios sem precedentes na história recente”, disse Bolsonaro. “A cooperação no âmbito do G-20 é essencial para superarmos a pandemia da covid-19 e retomarmos o caminho da recuperação econômica e social”, afirmou.

“Desde o início ressaltamos que era preciso cuidar da saúde e da economia, simultaneamente. O tempo vem provando que estávamos certos”, disse. “Devemos manter o firme compromisso para trabalhar pelo crescimento econômico e a liberdade de nossos povos e a prosperidade do mundo”, completou.

Durante este sábado, Bolsonaro ainda irá fazer um discurso oficial ao grupo que se reúne de forma virtual. O encontro, porém, não será aberto à imprensa.

Em sua declaração final, o G-20 irá insistir que só o controle da pandemia dará espaço para a retomada do crescimento mundial. Mas o grupo também reconhece que é preciso agir para garantir empregos.

“Estamos determinados a continuar a usar todas as ferramentas disponíveis, pelo tempo que for preciso, para proteger a vida, o emprego e a renda das pessoas, apoiando a recuperação da economia global e aprimorando a resiliência do sistema financeiro, enquanto o protegemos de riscos”, diz o rascunho do comunicado.

O posicionamento de Bolsonaro jamais foi questionado pela comunidade internacional no que se refere à necessidade de manter uma atenção especial à renda das famílias. O que foi questionado de sua gestão é a insistência em minimizar o vírus, em promover soluções sem base científica, em promover aglomerações, em se recusar a ouvir as recomendações da OMS e em menosprezar o impacto das mortes.

O Brasil, como resultado, é um dos países com o maior número de casos e de mortes do mundo.

Clima

Mas o G-20 deve ainda focar seu debate sobre a questão climática e como garantir que, num novo modelo de crescimento, medidas para garantir a sustentabilidade sejam implementadas. Bolsonaro não fez nenhuma referência a isso em sua mensagem.

Já Giuseppe Conte, primeiro-ministro da Itália e o presidente do G-20 em 2021, também emitiu uma mensagem na qual ele indica a necessidade de que o “novo normal” a ser criado após a pandemia não pode ser apenas restabelecer o que existia no passado. “Precisamos criar um novo normal melhor”, disse. Conte, ao contrário de Bolsonaro, aponta para a questão climática como um dos centros dessa resposta.

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, também insistiu sobre a questão climática e revelou como seu governo apresentou um pacote para promover uma “revolução industrial verde” na economia. Para ele, o mundo precisa de um “futuro mais verde” e isso só será possível se governos assumirem ações “mais ambiciosas”.

“Peço que os demais líderes façam promessas amplas para derrotar a pandemia e proteger nosso futuro”, disse Johnson.

Pedro Sanchez, presidente do governo espanhol, também defendeu que os líderes do G-20 se unam por um “mundo mais justo e mais verde”.

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Vídeo: Manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, em São Paulo

Atos de protesto contra o assassinato de João Alberto Silveira Freitas ocorrem em várias cidades do País neste Dia de Zumbi e da Consciência Negra. Numa unidade do Carrefour em São Paulo, manifestantes puseram fogo e destruíram itens à venda.

Manifestantes em São Paulo protestam contra o racismo e a empresa Carrefour, que foi novamente envolvida em um caso de racismo, após dois seguranças da empresa, em Porto Alegre, assassinarem um homem negro na noite de quinta-feira, 19.

O ato em São Paulo iniciou no Masp, na Avenida Paulista, no centro da cidade, e foi até o Carrefour da Pamplona, onde os manifestantes, revoltados com os casos de racismo, atearam fogo no supermercado.

https://twitter.com/J_LIVRES/status/1329906656382160902?s=20

https://twitter.com/Alma_Preta/status/1329905015012683783?s=20

 

*Com informações do 247

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