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Salles é apenas uma boiadeiro, o verdadeiro dono da boiada é Bolsonaro

A harmonia do coro formado entre Bolsonaro e Salles, e este com os madeireiros e todas as dúzias de grileiros incendiários da região amazônica, é cantado a partir de uma partitura escrita dentro do Palácio do Planalto, assim como foi o dia do fogo. Para tanto, basta ver o que Bolsonaro disse dentro da Hebraica, ainda na campanha eleitoral, e que foi aplaudidíssimo, diga-se de passagem, sobre os índios e os quilombolas, mais que isso, como ele trataria a ferro e fogo os povos da floresta, sem demarcar um metro de terra.

Ainda assim, sem qualquer indagação, Bolsonaro teve apoio do grande empresariado, porque precisava destruir os direitos dos trabalhadores para aumentar o lucro dos donos do grande capital brasileiro.

Agora, a Fiesp se diz decepcionada com Ricardo Salles, porque sua visão que, na verdade, é a de Bolsonaro, é uma obra prima para produzir um boicote internacional a produtos brasileiros.

Todos sabiam que Bolsonaro governaria como um chefe de milícia. Ele manda e seus ministros que operam como milicianos, obedecem.

Não foi isso que todos ouviram da boca de Pazuello, um general da ativa que sem um pingo de amor próprio soltou essa pérola?

Pois é isso, Bolsonaro opera os negócios na Amazônia a partir de uma lógica de frouxidão total a todo tipo de bandalheira e contravenção, enquanto tem dentro do Congresso um projeto para, simplesmente, dizimar as aldeias indígenas para beneficiar desde jogatinas a mineradoras, assim como madeireiros, entre outros contraventores.

Certamente, entre essa gente o que não falta é testa de ferro do clã e, com certeza, se Salles está fazendo um péssimo trabalho na Amazônia para o país e, agora, até para o grande empresariado brasileiro que vai amargar uma série  de sanções internacionais, podem ter certeza que os negócios da família gerenciados pelo boiadeiro Salles, vai muito bem, obrigado, pois do contrário, ele já teria caído.

Amanhã vai ser o dia D para Bolsonaro com a Cúpula do Clima, tendo Biden fungando um bafo quente em seu cangote, além do Papa Francisco que não vai deixar barato para Bolsonaro e, muito menos, uma representante indígena que deverá denunciar todas as atrocidades que Salles, a mando de Bolsonaro, vem comandando na região.

Para se ter uma ideia, Mourão, que é o homem oficial na Amazônia sequer foi convidado pelo Palácio do Planalto para debater a agenda da conversa fiada que Bolsonaro vai apresentar na Cúpula, mas já sabe que ninguém vai comprar seus palavrórios, o mundo já avisou de forma explícita que quer ação concreta, não promessa. O problema é que essa ação concreta vai colidir com os interesses do clã Bolsonaro na Amazônia.

E é aí que está o grande nó, porque a Amazônia é a joia da coroa que Bolsonaro ambiciona há décadas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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