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Presidente do Irã pede que Papa interceda por palestinos

Ebrahim Raisi enviou mensagem ao pontífice por ocasião do Natal.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, enviou uma mensagem ao papa Francisco por conta do Natal e pediu que ele ajude a “interromper o massacre em Gaza”, onde mais de 20 mil pessoas já morreram desde o início do atual conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, diz o Ópera Mundi.

Segundo o mandatário iraniano, o elevado número de vítimas é resultado da “falta de ação por parte das organizações internacionais”.

“Espero que haja em breve uma iniciativa internacional para acabar com o assassinato de civis inocentes”, disse Raisi para o pontífice.

O presidente do Irã, aliado do Hamas, também desejou “saúde” ao Papa e “prosperidade para todos os seguidores de Jesus Cristo”.

 

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Política

Um abraço fraterno e emocionado sela o encontro entre Lula e o Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido nesta quarta-feira pelo Papa Francisco, no Vaticano, como mostra a foto feita há pouco.

O encontro a portas fechadas entre os dois foi um dos vários compromissos do petista no segundo dia de sua viagem à Itália, primeira parada da segunda viagem que faz à Europa desde que seu governo começou, diz o Agenda do Poder.

A paz mundial, com a busca de uma solução para a Guerra entre Rússia e Ucrânia, e o combate à desigualdade são dois dos temas principais do encontro.

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Decisão histórica: Papa permite voto de mulheres em Sínodo dos Bispos

Novas regras também ampliam participação de leigos no principal colegiado deliberativo da Igreja Católica.

O Vaticano anunciou, nesta quarta-feira, que o Papa Francisco vai permitir que mulheres votem no próximo Sínodo dos Bispos, em um movimento inédito que pode abrir caminho para maior inclusão feminina nas decisões internas da Igreja Católica, uma causa defendida pelo Pontífice ao longo de seu papado. Francisco também aumentou o número de leigos que vão participar do Sínodo, em outubro, que é o principal colegiado de deliberação da Igreja, diz O Globo.

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente de aconselhamento do Papa que reúne bispos de todo o mundo, em encontros periódicos para discutir e votar propostas sobre orientações da Igreja que são enviadas para deliberação do Papa. O tema do evento deste ano gira em torno do estímulo ao maior envolvimento dos fiéis nas questões da Igreja.

As novas regras, publicadas nesta quarta-feira em um documento sobre o próximo Sínodo, marcam uma mudança histórica nas normas da Igreja católica. Pelo documento, a maior parte dos participantes ainda é formada por bispos, mas o Papa adicionou 70 integrantes além deles, com orientação de que 35 sejam mulheres e que a presença de jovens seja incentivada. O texto determina que, por serem integrantes, “eles terão o direito a voto”.

Além disso, cinco freiras vão se juntar aos 5 padres que também podem votar como representantes de ordens religiosas. Nos Sínodos passados, as mulheres puderam apenas atuar como auditoras.

As mudanças vêm ao encontro de manifestações do Papa em defesa da ampliação do poder decisório de mulheres, assim como do estímulo à integração de leigos nos assuntos da Igreja. Francisco também nomeou mulheres para cargos na Cúria Romana — o órgão central de governo da Igreja. Em 2021, o Papa fez uma alteração no regulamento da Igreja para permitir que mulheres pudessem fazer a leitura da Bíblia nas missas e distribuir a comunhão nas missas.

O direito de voto era uma reivindicação antiga das mulheres na Igreja Católica. No encontro de 2018, ocorreram protestos pela ampliação do papel delas, com a entrega de uma petição com mais de nove mil assinaturas ao secretariado do Sínodo.

— (A mudança) É resultado de longa militância e ativismo — comemorou Kate McElwee, integrante de um grupo que defende o direito de mulheres na Igreja. (Com New York Times).

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Política

Papa Francisco diz que Lula foi condenado injustamente e que Dilma tem ‘mãos limpas’

Pontífice afirmou ainda que petistas foram alvos do uso da Justiça para perseguição política.

O papa Francisco disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado pela Justiça sem provas, e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem “mãos limpas”, além de ter sofrido um processo de impeachment classificado por ele como injusto.

Segundo a Folha, a declaração foi feita em entrevista exibida na quinta-feira (30) na rede argentina C5N. Ela foi gravada antes da internação de Francisco em um hospital em Roma, na quarta-feira (29), após queixas de dificuldade para respirar. Ele deve ter alta neste sábado (1º).

Líder da Igreja Católica afirmou que a ex-mandatária é “uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente”.

O papa ainda citou o “fumus delicti”, termo jurídico em latim para conceituar a comprovação de um crime por meio de indícios suficientes de autoria, e ainda disse que “às vezes, a fumaça do crime te leva ao fogo, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não há fundamento”.

Por fim, quando o jornalista encerrou o assunto dizendo que “inocentes são condenados”, o pontífice ressaltou que “no Brasil, isso aconteceu nos dois casos”, referindo-se a Lula e a Dilma. Para ele, “os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça injusta”.

Dilma perdeu o mandato em 2016 em processo de impeachment que tramitou na Câmara dos Deputados e no Senado. Ambas as Casas consideraram que a então presidente cometeu crime de responsabilidade pelas chamadas “pedaladas fiscais”, com a abertura de crédito orçamentário sem aval do Congresso.

A decisão, no processo e no mérito, foi acompanhada sem contestação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Em dezembro passado, Francisco já havia dito em entrevista a um jornal espanhol que o processo que levou Lula à prisão começou por uma notícia falsa. “Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça”, disse na ocasião.

O papa disse ainda, à época, que notícias falsas sobre líderes políticos são gravíssimas. “Eles podem destruir uma pessoa”.

O petista ficou preso por 580 dias entre 2018 e 2019 por causa de condenação na Operação Lava Jato, que posteriormente foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

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Carina Vitral com Papa Francisco em evento de jovens na Itália: ‘Ele viu a camiseta do Lula, fez sinal positivo e me chamou. Fizemos a foto’

Carina Vitral encontra Papa Francisco na Itália, no Evento Economia de Francisco

Neste sábado, 24-09, a economista e candidata a deputada estadual pelo PCdoB-SP, Carina Vitral, esteve com o Papa Francisco durante o evento global Economia de Francisco, que reuniu jovens em Assis, interior da Itália, de 22 a 24 de setembro, para repensar a função da economia na sociedade e formular uma nova agenda econômica mundial.

Ao Portal Vermelho, Carina disse que “estar com o Papa foi um momento muito especial. Ele é um ser humano que de longe sentimos sua energia, sua espiritualidade e sua fé na mudança e na transformação do mundo. Ele falou para milhares de jovens, inspirando e incentivando a coragem e a transformação para construirmos uma sociedade e uma economia que não destrói o ambiente e o próximo. O Papa Francisco é uma pessoa necessária para esse momento político que vivemos no mundo”.

Durante o evento, Carina vestia a camiseta do Lula presidente e da primeira fila da plateia acenou para o Papa Francisco, que acenou para ela subir subir ao palco e tirarem uma foto.

Ele viu a camiseta do Lula, meu sorriso e fez um positivo e me chamou. Fizemos a foto. Essa é a força do Lula e do que ele representa, uma mudança que tem o povo no centro de suas preocupações.”

Sobre o encontro

Carina Vitral compõe a delegação de 100 jovens brasileiros escolhidos para o Encontro da Economia de Francisco que é o resultado de uma convocação feita pelo Papa, em 1º de maio de 2019, a jovens economistas e lideranças juvenis de todo o mundo para pensar “uma economia diferente, que faz vida e não mata, que inclui e não exclui, que humaniza e não desumaniza, que cuida da criação e não a despoja”, uma nova agenda capaz de “realmar” a
economia global.

Inicialmente agendado para março de 2020, o encontro foi suspenso devido à pandemia da Covid-19 e remarcado para este mês.

O nome do evento se deve ao frade São Francisco de Assis, que, jovem, desprezou bens materiais para abraçar a igualdade e a natureza, em busca de se enriquecer espiritualmente.

No Brasil, adotou-se o nome Economia de Francisco e Clara, em homenagem à santa que também nasceu em Assis e dedicou-se à caridade e ao respeito para com os pequenos.

Formada no curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Carina também representa a instituição acadêmica – como ex-aluna – no evento que reúne mil participantes de 120 países dos cinco continentes.

A programação contou com debates, colóquios, oficinas temáticas, incubadora para projetos, sessões de networking, mostras culturais, laboratórios artísticos, apresentação de livros e outras atividades que retratam a diversidade dos países presentes.

Os jovens de Assis se reúnem em 12 “aldeias” ou “vilas” temáticas que dão seguimento às discussões virtuais nas quais trabalharam durante os dois anos de pandemia, entre elas Finanças e Humanidade; Agricultura e Justiça; Energia e Pobreza; Economia e Mulher; e Trabalho e Cuidado, sendo essas as duas escolhidas por Carina, por serem o foco de sua atenção na militância feminista e na candidatura a deputada estadual para a eleição de 2 de outubro.

Ela, que foi presidente da União Nacional dos Estudantes e da União da Juventude Socialista e hoje faz parte da União Brasileira de Mulheres, dedica seus estudos e sua atuação política à temática da economia do cuidado e à inserção das mulheres na economia brasileira.

“Luto pelo protagonismo feminino, para reorganizar o papel da mulher na economia, por igualdade salarial e por remuneração para o trabalho do cuidado”.

Carina se refere à constatação de que mulheres e meninas ao redor do mundo dedicam 12,5 bilhões de horas diárias ao trabalho de cuidado não remunerado – que resulta numa contribuição de pelo menos 10,8 trilhões de dólares por ano à economia global.

Conforme relatório da Oxfam, a população feminina responde por mais de três quartos do cuidado não remunerado feito no mundo, e representa dois terços da força de trabalho em atividades de cuidado remuneradas. No Brasil,
85% dos afazeres domésticos (trabalho informal) são feitos por mulheres, com dedicação diária de até 6 horas.

“Esse trabalho de cuidado não é amor, é trabalho invisível não pago ou mal pago, quase sempre feito por mulheres pobres e que perpetua a desigualdade econômica e de gênero. As mulheres e meninas que assumem o trabalho de cuidado têm pouco tempo para si mesmas e mal conseguem ter vida social ou política”, e por isso a política precisa servir para propor “mudança real, concreta e possível na vida dessa parcela da população”.

O sociólogo da PUC Minas Eduardo Brasileiro, coordenador da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara, diz que o papa convida jovens do mundo inteiro para criar um corpo cada vez maior na sociedade em torno da necessidade de mudança.

“Ou mudamos ou morremos todos, e teremos de ir à raiz do problema, qual seja o modelo econômico que só
beneficia os mais ricos, uma política coordenada por elites agrárias e da alta sociedade do consumo.”

Ele realça que o chamado do líder da Igreja Católica é: “não deixem que lhes roubem a comunidade”, apontando que “o caminho para a construção de um novo pacto social, ecológico, econômico e educativo passa por uma experiência comunitária de economia para os bens comuns, de economias para os territórios, para o desenvolvimento sustentável, para uma nova arquitetura econômica”.

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Política

Salles é apenas uma boiadeiro, o verdadeiro dono da boiada é Bolsonaro

A harmonia do coro formado entre Bolsonaro e Salles, e este com os madeireiros e todas as dúzias de grileiros incendiários da região amazônica, é cantado a partir de uma partitura escrita dentro do Palácio do Planalto, assim como foi o dia do fogo. Para tanto, basta ver o que Bolsonaro disse dentro da Hebraica, ainda na campanha eleitoral, e que foi aplaudidíssimo, diga-se de passagem, sobre os índios e os quilombolas, mais que isso, como ele trataria a ferro e fogo os povos da floresta, sem demarcar um metro de terra.

Ainda assim, sem qualquer indagação, Bolsonaro teve apoio do grande empresariado, porque precisava destruir os direitos dos trabalhadores para aumentar o lucro dos donos do grande capital brasileiro.

Agora, a Fiesp se diz decepcionada com Ricardo Salles, porque sua visão que, na verdade, é a de Bolsonaro, é uma obra prima para produzir um boicote internacional a produtos brasileiros.

Todos sabiam que Bolsonaro governaria como um chefe de milícia. Ele manda e seus ministros que operam como milicianos, obedecem.

Não foi isso que todos ouviram da boca de Pazuello, um general da ativa que sem um pingo de amor próprio soltou essa pérola?

Pois é isso, Bolsonaro opera os negócios na Amazônia a partir de uma lógica de frouxidão total a todo tipo de bandalheira e contravenção, enquanto tem dentro do Congresso um projeto para, simplesmente, dizimar as aldeias indígenas para beneficiar desde jogatinas a mineradoras, assim como madeireiros, entre outros contraventores.

Certamente, entre essa gente o que não falta é testa de ferro do clã e, com certeza, se Salles está fazendo um péssimo trabalho na Amazônia para o país e, agora, até para o grande empresariado brasileiro que vai amargar uma série  de sanções internacionais, podem ter certeza que os negócios da família gerenciados pelo boiadeiro Salles, vai muito bem, obrigado, pois do contrário, ele já teria caído.

Amanhã vai ser o dia D para Bolsonaro com a Cúpula do Clima, tendo Biden fungando um bafo quente em seu cangote, além do Papa Francisco que não vai deixar barato para Bolsonaro e, muito menos, uma representante indígena que deverá denunciar todas as atrocidades que Salles, a mando de Bolsonaro, vem comandando na região.

Para se ter uma ideia, Mourão, que é o homem oficial na Amazônia sequer foi convidado pelo Palácio do Planalto para debater a agenda da conversa fiada que Bolsonaro vai apresentar na Cúpula, mas já sabe que ninguém vai comprar seus palavrórios, o mundo já avisou de forma explícita que quer ação concreta, não promessa. O problema é que essa ação concreta vai colidir com os interesses do clã Bolsonaro na Amazônia.

E é aí que está o grande nó, porque a Amazônia é a joia da coroa que Bolsonaro ambiciona há décadas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mundo

Papa pede fim do neoliberalismo

O papa Francisco denunciou as desigualdades e o “vírus do individualismo” em sua nova encíclica, com o título “Fratelli tutti” (Todos irmãos) e divulgada neste domingo, na qual pede o fim “do dogma neoliberal” e defende a fraternidade “com atos e não apenas com palavras”.

Em um momento do texto, falando sobre como diferentes culturas devem conviver, Francisco fez referência à canção “Samba da Bênção”, de Vinicius de Moraes: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”.

Segundo o papa, devemos incentivar a cultura do encontro, em que todos podem aprender algo e na qual ninguém é inútil. “Isto implica incluir as periferias. Quem vive nelas tem outro ponto de vista, vê aspetos da realidade que não se descobrem a partir dos centros de poder onde se tomam as decisões mais determinantes.”

Temas sociais

Em sua terceira encíclica, de 84 páginas, o pontífice argentino retomou os temas sociais abordados ao longo de sete anos e meio de pontificado e reflete sobre um mundo afetado pelas consequências da pandemia de coronavírus.

No documento, escrito em espanhol e que permanecerá com o título em italiano em todos os idiomas, Francisco condenou o “dogma neoliberal”, um “pensamento pobre, repetitivo, que propõe sempre as mesmas receitas diante de qualquer desafio que se apresente”.

“A especulação financeira com o lucro fácil como objetivo fundamental continua provocando estragos”, advertiu, antes de acrescentar que “o vírus do individualismo radical é o vírus mais difícil de derrotar”.

“É possível aceitar o desafio de sonhar e pensar em outra humanidade. É possível desejar um planeta que assegure terra, teto e trabalho para todos”, destacou o pontífice, um pedido que fez em várias oportunidades durante suas viagens aos países mais pobres e esquecidos.

Um mundo fechado O Papa Francisco reivindicou o direito de todo ser humano de viver “com dignidade e desenvolver-se plenamente” e recordou que a pandemia evidenciou a incapacidade dos dirigentes de atuar em conjunto em um mundo falsamente globalizado.

“A fragilidade dos sistemas mundiais diante das pandemias evidenciou que nem tudo se resolve com a liberdade de mercado”, completou.

“Vimos o que aconteceu com as pessoas mais velhas em alguns lugares do mundo por causa do coronavírus. Não tinham que morrer assim (…) cruelmente descartados”, lamentou o pontífice.

Em sua encíclica mais social, depois de reiterar sua oposição à “cultura dos muros”, Francisco pediu uma nova ética nas relações internacionais.

“Uma sociedade fraternal será aquela que conseguir promover a educação para o diálogo com o objetivo de derrotar o ‘vírus do individualismo radical’ e permitir que todos deem o melhor de si mesmos”.

Reforma da ONU, oposição à pena de morte

“O mundo de hoje é, em sua maioria, um mundo surdo”, escreveu o papa, que também defende a reforma estrutural da Organização das Nações Unidas, reitera a total oposição da Igreja à pena de morte e comenta a questão da dívida externa dos países que “deve ser paga, mas sem prejuízo ao crescimento e subsistência dos países mais pobres”.

“Hoje afirmamos com clareza que a pena de morte é inadmissível e a Igreja se compromete com determinação para propor que seja abolida em todo o mundo.”

No documento, o pontífice também pede o diálogo e defende novos caminhos para alcançar a reconciliação entre os povos.

“Não é possível decretar uma ‘reconciliação geral’ com a pretensão de fechar por decreto as feridas ou cobrir as injustiças com um manto de esquecimento”, ressaltou Francisco, que cita o Holocausto, os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki, a perseguições, o tráfico de escravos e os massacres étnicos.

“Esta encíclica representa a síntese de seu pontificado e a apresentou sozinho, sem estar acompanhado por outras autoridades da Igreja, porque é o símbolo de sua autoridade”, comentou o vaticanista Filippo di Giacomo ao canal italiano RaiNews24.

No texto, o papa afirma que “muitos ateus cumprem melhor a vontade de Deus que muitos crentes”, em uma espécie de advertência aos muitos políticos de todos os continentes que se sentem “autorizados por sua fé a apoiar diversas formas de nacionalismos fechados e violentos, atitudes xenófobas, desprezos ou inclusive maus-tratos aos que são diferentes.”

“Com esta encíclica o papa argentino toma posições claras”, declarou Carlo Petrini, fundador do movimento internacional Slow Food, ex-comunista, ecologista e autor de um livro sobre seus diálogos com o papa sobre a ecologia integral.

 

*Com informações do Uol

 

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O encontro histórico de Lula com o Papa Francisco

Enquanto Bolsonaro destrói, Lula constrói.

Segundo o ex-presidente, “encontro histórico serviu para discutir e pensar soluções para as injustiças e desigualdades no mundo”.

Na tarde desta quinta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou no Vaticano com o Papa Francisco.

A conversa entre Lula e Francisco foi marcada por assuntos como a questão da Amazônia e o clima político na América do Sul. Em declaração ao chegar à Itália, o líder do PT afirmou que se colocará à disposição do seu anfitrião: “vim para ouvir”.

A preocupação de Francisco com a situação na Amazônia, expressada inclusive nos últimos tuítes do pontífice, tem a ver com devastação pelos recentes incêndios e as ameaças aos povos indígenas, devido às políticas de Jair Bolsonaro que priorizam os interesses do garimpo e do agronegócio, colocando em risco algumas áreas demarcadas.

No caso da política sul-americana, um dos temas prováveis será a questão do lawfare, que também já foi condenada por Francisco, e que teve em Lula uma de suas vítimas – o líder da Igreja chegou a benzer um terço e enviar de presente ao ex-presidente, quando ele estava preso.

O ex-presidente brasileiro desembarcou em Roma nesta quarta-feira (12), acompanhado de seu ex-chanceler, Celso Amorim, e aproveitou a viagem para realizar outros compromissos, como se encontrar com líderes políticos locais, como o atual secretário-geral do Partido Democrático (um dos dois partidos que governa a Itália), Nicola Zingaretti, e o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D’Alema, que havia visitado Lula na prisão, em Curitiba. Ele também se reuniu com representantes da CGIL (sigla em italiano da Confederação Geral dos Trabalhadores da Itália), entidade similar à CUT.

 

 

*Com informações do PT

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Bolsonaro toma uma sonora vaia em Aparecida do Norte

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi vaiado e aplaudido por três vezes durante as celebrações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida, hoje, no Santuário Nacional dedicado à santa, na cidade paulista de Aparecida.

As vaias, e aplausos, muito mais vaias que aplausos, ocorreram simultaneamente em dois momentos: quando Bolsonaro entrou na basílica e quando seu nome foi anunciado pelo irmão Carlos Cunha, que conduzia a missa.

Arcebispo critica “tradicionalismo”

Durante o sermão da missa especial, pela manhã, o arcebispo dom Orlando Brandes pediu proteção à vida, focando sua palavra na proteção da Amazônia. O religioso invocou os fiéis a ajudar na proteção da vida, buscar os afastados e ocupar os espaços vazios. Ao subir o tom crítico aos políticos, Brandes falou em “dragão do tradicionalismo” e disse que a direita é “violenta” e “injusta”.

“Temos um dragão do tradicionalismo. A direita é violenta, é injusta, estamos fuzilando o papa (Francisco), o Sínodo (da Amazônia), o Concílio do Vaticano II, parece que não queremos vida”, afirmou o arcebispo durante o sermão. “Nas escrituras, o dragão é o demônio, é o diabo, é o mal que desorganiza tudo. Satanás também tem as suas comunidades, grupos do mal, que tentam e atentam contra a vida.”

Em sua fala, ele também pediu para que Nossa Senhora Aparecida livre os brasileiro do mal.

“Para que, no Brasil, nossas crianças não morram mais com bala perdida, nossos jovens não se suicidem e nossos idosos tenham um lugar de dignidade para viver e sobreviver ao dragão do pecado.”

“Dragão do tradicionalismo”

Sobre o “dragão”, dom Brandes analisou que o caminho para a corrupção está sendo facilitado, o que, segundo o religiosa, aumenta as desigualdades sociais em um momento em que os brasileiros sofrem com o desemprego e a violência.

 

 

*Com informações do Uol

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Papa reage a Bolsonaro e ao avanço evangélico; Sínodo da Amazônia terá encontro com governadores

Durante a realização da cúpula, boa parte dos governadores deve criticar a desastrosa política ambiental imposta pelo governo.

Em reação à postura do governo de Jair Bolsonaro em relação ao 11º Sínodo da Amazônia, o Vaticano marcou para o dia 28 de outubro a 1ª Cúpula dos Governadores dos Estados da Pan Amazônia.

O encontro, com a presença do Papa Francisco, foi marcado depois de um pedido conjunto dos governadores de estados brasileiros, que formam a chamada Amazônia Legal. A cúpula será realizada um dia após o encerramento do Sínodo, na Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.

O Sínodo vem recebendo diversas críticas do governo e da comunidade evangélica. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, comandado pelo ministro general Augusto Heleno, revelou preocupação com “alguns pontos da pauta”, incluindo questões de “soberania nacional”. Em tom de acusação, o governo diz que o evento representa a “esquerdização” da Igreja.

Os países da Pan Amazônia são Brasil, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Venezuela, Guianas e Suriname. Nove estados brasileiros integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte de Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Quase todos os representantes brasileiros já confirmaram presença ao evento.

Boa parte dos governadores deve criticar a desastrosa política ambiental imposta pelo governo Bolsonaro.

Oficialmente, o tema para inaugurar a agenda do encontro dos governadores será “Caminhos e Compromissos para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”.

 

 

*Com informações da Forum/G1