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Vídeo: Bolsonaro é hostilizado e chamado de genocida nas ruas de Roma e vê Vaticano só de fora

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a sair para caminhar pela cidade de Roma, neste sábado. Mas foi alvo de vaias e chamado de genocida. Diante da reação de populares, ele apertou o passo e voltou para a embaixada do Brasil, no centro da capital italiana.

Bolsonaro está em Roma neste fim de semana para a cúpula do G20. Mas, com poucas reuniões bilaterais, ele tem preferido sair para conhecer a cidade. Na sexta-feira, ele esteve na Fontana di Trevi e outros pontos turísticos. Neste sábado, aproveitou uma brecha na agenda para, uma vez mais, sair pela porta dos fundos da embaixada.

Num certo momento, porém, começou a ser alvo de críticas. “Genocida”, gritaram brasileiros. Um grupo ainda entoava, diante do presidente, um “Fora Bolsonaro”. Ao ser abordada por um segurança, uma mulher faz um alerta ao guarda costa: “não chega perto de mim. Vou te denunciar”. Alguns apoiadores também aplaudiram o presidente durante seu percurso.

O general Augusto Heleno, um dos ministros que acompanha Bolsonaro, revelou ainda que a delegação passou pelo Vaticano. Mas apenas conheceu a Santa Sé por fora. Ao contrário de Joe Biden e de outros líderes do G20, Bolsonaro não teve uma audiência com o papa Francisco. Isso apesar de o Brasil ser o país com o maior número de católicos do mundo.

Heleno explicou que a visita ao Vaticano ficou longe de ser um momento de um chefe de estado. “Não pode entrar. Só demos uma volta”, afirmou.

*Jamil Chade/Uol

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O encontro histórico de Lula com o Papa Francisco

Enquanto Bolsonaro destrói, Lula constrói.

Segundo o ex-presidente, “encontro histórico serviu para discutir e pensar soluções para as injustiças e desigualdades no mundo”.

Na tarde desta quinta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou no Vaticano com o Papa Francisco.

A conversa entre Lula e Francisco foi marcada por assuntos como a questão da Amazônia e o clima político na América do Sul. Em declaração ao chegar à Itália, o líder do PT afirmou que se colocará à disposição do seu anfitrião: “vim para ouvir”.

A preocupação de Francisco com a situação na Amazônia, expressada inclusive nos últimos tuítes do pontífice, tem a ver com devastação pelos recentes incêndios e as ameaças aos povos indígenas, devido às políticas de Jair Bolsonaro que priorizam os interesses do garimpo e do agronegócio, colocando em risco algumas áreas demarcadas.

No caso da política sul-americana, um dos temas prováveis será a questão do lawfare, que também já foi condenada por Francisco, e que teve em Lula uma de suas vítimas – o líder da Igreja chegou a benzer um terço e enviar de presente ao ex-presidente, quando ele estava preso.

O ex-presidente brasileiro desembarcou em Roma nesta quarta-feira (12), acompanhado de seu ex-chanceler, Celso Amorim, e aproveitou a viagem para realizar outros compromissos, como se encontrar com líderes políticos locais, como o atual secretário-geral do Partido Democrático (um dos dois partidos que governa a Itália), Nicola Zingaretti, e o ex-primeiro-ministro italiano Massimo D’Alema, que havia visitado Lula na prisão, em Curitiba. Ele também se reuniu com representantes da CGIL (sigla em italiano da Confederação Geral dos Trabalhadores da Itália), entidade similar à CUT.

 

 

*Com informações do PT

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No início do Sínodo, Papa Francisco pede respeito aos povos indígenas da Amazônia

Em fala durante a primeira sessão de trabalho dos bispos que participam do Sínodo sobre a Amazônia, nesta segunda-feira 7, o pontífice já tocou num ponto extremamente crítico para o governo Bolsonaro, que com frequência fala em levar a “civilização” aos índios. No Vaticano, Papa Francisco defendeu dizer ‘não’ ao “anseio de domesticar povos originais”.

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco disse nesta segunda-feira a uma assembleia de bispos convocada para debater a região da Amazônia que a sociedade moderna não deveria tentar impor suas regras aos povos indígenas, mas respeitar sua cultura e deixá-los planejar o próprio futuro.

Francisco, que é argentino, discursou na abertura da primeira sessão de trabalho de um sínodo de três semanas sobre o futuro da Igreja Católica na Amazônia, incluindo a possibilidade de ordenar padres casados.

O papa disse que os povos da Amazônia não deveriam ser “abordados com um tipo de anseio empresarial que procura lhes dar programas preconcebidos que visam discipliná-los” e às suas história e cultura.

“A colonização ideológica é muito comum hoje… (vamos dizer) ‘não’ a esse anseio de domesticar povos originais”, disse.

Francisco, que já pediu perdão em nome da Igreja pelos erros de missionários europeus que acompanharam os primeiros colonizadores, disse que, durante muito tempo, muitos da Igreja tiveram uma atitude “depreciativa” em relação a povos nativos e suas culturas, e que alguns ainda têm.

“Fiquei muito triste de ouvir, bem aqui, um comentário debochado sobre aquele homem pio que trouxe oferendas com penas na cabeça”, contou, falando de um nativo da Amazônia que participou de uma missa papal no domingo.

“Digam-me: que diferença existe entre ter penas na cabeça e o chapéu de três pontas usado por algumas autoridades dos nossos (departamentos do Vaticano)?”

O sínodo de três semanas debaterá a disseminação da fé na Amazônia, um papel maior para as mulheres, a proteção ambiental, a mudança climática, o desmatamento, os povos indígenas e seu direito de manter suas terras e tradições.

Ele acontece no momento em que a Amazônia está sob os holofotes de todo o mundo por causa dos incêndios devastadores no Brasil. Na missa de abertura de domingo, Francisco disse que os incêndios foram ateados intencionalmente por grupos de interesse.

Presente ao encontro, o cardeal brasileiro Claudio Hummes disse em seu discurso à reunião de cerca de 260 pessoas —a maioria bispos de países amazônicos— que a Igreja tem que estar aberta à mudança.

“A Igreja não pode permanecer inativa dentro de seu próprio círculo fechado, focada em si mesma, cercada por muros de proteção, e ainda menos olhar nostalgicamente para o passado”, afirmou.

 

 

*Com informações do 247

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Papa desanca Bolsonaro desmentindo fake news sobre a Amazônia

O Vaticano divulgou na manhã desta sexta-feira um vídeo no qual confronta o governo Bolsonaro e desmente uma das fake news que o bolsonarismo tem divulgado para atacar o Sínodo da Amazônia que ser reunirá de 6 e 27 de outubro em Roma.

No vídeo, o diretor editorial do Dicastério para a Comunicação Vaticano, Andrea Tornielli, responde à falsa acusação de que o Papa Francisco e os bispos pretenderiam “desmembrar territórios da Amazônia e declará-los independentes”. Tornielli diz que a afirmativa é “pura falsidade”.

A iniciativa é relevante porque indica que o Papa e a Igreja Católica não mais receberão em silêncio a torrente de acusações falsas que o governo Bolsonaro e os católicos conservadores têm disseminado sobre o Sínodo. Tornielli é homem da mais absoluta confiança de Francisco e quando fala, expressa rigorosamente o pensamento do Papa.

O Sínodo sobre a Amazônia sob o título “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”. Estarão em Roma 250 bispos e cardeais de todo o planeta e mais assessores, especialistas, líderes dos povos originários da Amazônia. líderes de movimentos sociais amazônicos, de ONGs e de outras religiões.

O próprio título da reunião indica os caminhos opostos entre o Bolsonaro e Francisco: este fala em “ecologia integral”; aquele, em devastação total.

Assista à íntegra da resposta de Tornielli:

 

 

*Do 247

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Procurador-Geral, vice do Dodge, no Vaticano, critica Bolsonaro e sobre a prisão de Lula diz, “Uma grande dor para o Brasil”

No Vaticano, no Encontro Cúpula Panamericana de Juízes, o Procurador-Geral da República, Luciano Mariz Maia criticou o governo Bolsonaro falando sobre as ameaças que ele representa para o país e concluiu que a prisão de Lula foi “uma grande dor para o Brasil”.

O Encontro da Cúpula Panamericana de Juízes aconteceu nesta terça-feira (4), no Vaticano e contou com a presença do Papa Francisco que, por sua vez, fez um discurso forte contra a intervenção da justiça na política, “Minam processos políticos e emergentes que se inclinam para a violação dos direitos sociais”.

Mariz Maia, assim como os demais juízes presentes, teve 15 minutos para expor suas ideias sobre como o judiciário deve ser aperfeiçoado para a promoção e respeito ao direitos humanos.

O procurador disse:

“O caso Lula poderá ser apreciado em grau de apelação, não falarei sobre ele, mas posso mencionar que há uma grande dor no Brasil com essa matéria, porque o governo de Lula, seguido o de Dilma, foi o que teve mais sensibilidade social com as políticas públicas para resgatar da pobreza, programas de alimentação e programas de habitação”, afirmou.