Ano: 2021

Bolsonaro quer levar a balbúrdia de seu governo para dentro da CPI, mas nem pra isso tem competência

São 30 anos de estrada no quesito barafunda, já que Bolsonaro em sua longa passagem pelo legislativo não tem um único projeto aprovado, e não tem porque nunca teve competência sequer para impor seus propósitos nefastos.

A única coisa que Bolsonaro fez na vida é o que está fazendo agora, e sem sucesso, no Senado para impedir a CPI da covid, criar tumulto, barulheira e desordem para que o Senado se pareça com o seu próprio governo incompetente.

Isso não tira de Bolsonaro o seu prazer genocida. Aliás, isso deu a ele, mesmo sem ter produzido nada, chancela por uma parcela da sociedade formada por gente complexada intelectualmente, racista, homofóbica, misógina, frustrada e outros espertos que entenderam cedo que Bolsonaro tinha preço e nem era tão caro assim, já que trabalha com a lógica da milícia, a de ganhar na quantidade.

E é essa mesma lógica miliciana que cresce na desordem, no tumulto e na ausência de qualquer regra civilizatória que Bolsonaro é rei. Ele tem uma capacidade latente em que a estupidez passa a ser seu grande refúgio.

É exatamente isso que Bolsonaro tenta quando quer enfiar no mesmo saco todas as violas que lhe interessam, e não quer incluir nisso nada além de prefeitos e governadores.

Poderia perfeitamente ampliar a CPI para saber por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle, assim como a fantástica loja de chocolate de Flávio lhe rendeu uma dezena de imóveis, incluindo a mansão hollywoodiana em Brasília. Sem falar nessa legião de fantasmas e laranjas que daria umas dez CPIs só com os parentes do vigarista.

E aqui nem vai ser cobrada uma CPI da farsa da facada, do seu desconhecimento sobre a vida de um vizinho de rua no condomínio Vivendas da Barra que morava a 50 metros de sua casa e assassinou Marielle. É um espanto, por que Ronnie Lessa, além de assassino, era o maior traficante internacional de armas do Rio de Janeiro, além de fornecedor de armas para as milícias cariocas.

Aliás, poderia abrir uma CPI só para tentar entender por que Bolsonaro nunca falou mal de Adélio, Ronnie Lessa e, agora, de Kajuru, a quem ele acusa de vazar a ligação com o presidente da República.

É estranho porque agora ele xinga Barroso, diz que quer dar porrada em Randolfe Rodrigues, pede o impeachment de Alexandre de Moraes, mas não dá um pio sobre esses três personagens que, de alguma forma, fazem parte de sua biografia sombria.

Seja como for, Bolsonaro não tem êxito em administrar sequer a bagunça para transformá-la em algo quer possa descredenciar a CPI do genocídio, mostrando com isso, que ele caminha a passos largos para o cadafalso sem conseguir impedir sua culpa pelas 360 mil mortes por covid até então, o que, consequentemente lhe custará o mandato e a liberdade, assim como a dos filhos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Denunciado por gestão da pandemia, governo é alvo de Comissão da OEA

A gestão da pandemia de covid-19 passa a ser alvo de um exame por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. Nesta segunda-feira, a entidade se reuniu com o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, que apresentou um levantamento detalhado da situação do país e pediu a responsabilização dos responsáveis pela resposta à crise sanitária.

A presidente da Comissão Interamericana, Antonia Urrejola, liderou o encontro, que também contou com a participação de Julissa Mantilla e de Joel Hernandez, que também compõem a comissão da OEA, além da relatora especial sobre Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais, Soledad García.

Durante o encontro, a presidente da Comissão expressou sua preocupação diante dos relatos apresentados e indicou que o objetivo da reunião era obter informações em primeira mão sobre o contexto brasileiro para que a comissão possa colaborar. “A situação do Brasil é prioritária para a CIDH. Manifestamos nossa solidariedade nessa situação sem precedentes”, afirmou Urrejola.

Mantilla ainda destacou que a comissão da OEA está especialmente preocupada com as pessoas em situação de vulnerabilidade, como indígenas, afrodescendentes, com deficiência, idosas e migrantes.

Já Hernandez, relator para o Brasil, destacou que, para a Comissão, é fundamental obter as informações do Conselho Nacional para que recomendações sejam feiras ao país.

Durante o encontro, o presidente do Conselho Nacional, Yuri Costa, informou que o Brasil vive um quadro de indefinição que não aponta para solução a curto e talvez nem a médio prazo das diferentes crises enfrentadas pelo país, o que impacta os direitos humanos das mais diversas formas. “O Conselho Nacional dos Direitos Humanos tem buscado dar conta de toda a complexidade de diferentes lesões de direitos humanos que a pandemia tem causado, seja a sanitária ou a socioeconômica”, afirmou.

Segundo ele, voltou a ser uma realidade no Brasil a fome, fenômeno que sintetiza o agravamento das condições sociais, econômicos e sanitárias pela pandemia.

“O Brasil já caminhava para uma diminuição drásticas de políticas públicas importantes, como na área assistencial. Estamos perto de não realizar o censo demográfico mais importante que temos, além de termos uma diminuição da participação social, após a extinção de todos os fóruns nacionais de participação sem previsão legal. Dessa forma, a pandemia nos atingiu de maneira severa em um quadro que já era bastante ruim”, denunciou Costa.

Segundo ele, “a ausência de uma política articulada centrada no governo federal prejudica enormemente o país, já que o governo sequer atualizava a quantidade de pessoas contaminadas e mortas por covid”.

“Foi necessário que secretarias de estados e imprensa criassem uma contagem paralela para que a população tivesse acesso aos dados diariamente. Temos um articulação no âmbito estadual, mas não há um parâmetro único e bem definido à luz do conhecimento científico de políticas públicas mínimas para controlar a pandemia”, afirmou Costa aos peritos internacionais.

O vice-presidente do Conselho Nacional, Darci Frigo, ainda alertou que a indefinição sobre o orçamento federal anual foi mais um obstáculo e alertou que uma pesquisa recente revelou o risco de que 1.222 municípios fiquem sem oxigênio para tratar seus pacientes caso não haja diminuição de internações, além do risco de falta de medicamentos para tratar pessoas em terapia intensiva.

“As ações adotadas no âmbito do Judiciário resultaram em medidas importantes para parcelas da população, como a indígena e a quilombola, mas enfrentam dificuldades de implementação pelo governo federal”, disse.

“Enquanto isso, o Congresso está preocupado com aprovação de lei para permitir a compra privada de vacinas; o governo, com a aplicação da Lei de Segurança Nacional contra opositores políticos; e o presidente, sem máscara, reúne pessoas para dizer que não sigam as orientações sanitárias. Não há limites para nominar a tragédia brasileira”, afirmou.

Frigo defendeu a adoção de um lockdown nacional, propôs a criação de uma comissão de salvação e gestão nacional da pandemia, garantir vacinas, ampliar o auxílio emergencial e distribuir alimentos, entre outras medidas.

Responsabilização de gestores

O Conselho também explicou que tem atuado e que estabeleceu uma Comissão Especial de Direitos Humanos e Pandemia. Segundo Rogério Giannini, que coordena a iniciativa, o objetivo do grupo é buscar parâmetros, pensar na reparação e na responsabilização de gestores que contribuíram para a crise.

“Desde o começo da pandemia, houve sistematicamente a adoção de medidas que inviabilizaram o combate à pandemia”, afirma Giannini.

Ele dá como exemplo a estratégia recomendada pela Organização Mundial da Saúde de que países realizem testagem em massa e identifiquem toda a rede de contatos. Segundo o conselheiro, o Brasil foi um dos países que menos realizou testagem, mesmo tendo uma enorme rede de agentes de saúde e da assistência social.

A lentidão para adquirir vacinas, a não criação de um grupo de administração da crise, além dos efeitos das atitudes e declarações do presidente contra o isolamento e o uso de máscaras, são outros exemplos apontados por ele.

“Foram decisões tomadas, e não enganos ou incapacidade. Sistematicamente foram tomadas medidas para que a pandemia se espalhasse, com a organização de um conjunto de ações e de omissões coerentes”, denunciou.

“O que está por trás disso é a ideia de que somente os fortes sobreviverão, ou invertendo, somos o país ‘onde os fracos não têm vez’. Isso é eugenia e sim – genocídio”, disse. “Não é extirpar um povo ou etnia, mas um grupo da sociedade que seria o dos mais fracos”, avaliou.

Memória e reparação

Um dos trabalhos do Conselho Nacional será direcionado à memória para que a crise não caia no esquecimento, ao mesmo tempo em que pense em políticas públicas de reparação.

“Esse governo tirou as populações de seu calendário de assistência. Ele não se preparou, não acreditava e não acredita na doença. Mesmo com 350 mil mortes, o presidente ainda faz falas desconsiderando a pandemia, e nós estamos perdendo nossos entes”, disse a conselheira Sandra Andrade, que alertou como as comunidades mais vulneráveis estão morrendo sem assistência.

Já o conselheiro Everaldo Patriota alertou sobre o estado da democracia brasileira. “Há ameaças latentes e constantes ao Estado democrático de Direito, que são minoritárias mas possuem apoios no governo”, disse, destacando como no fim de semana grupos pediram o fechamento do STF e do Congresso. “A democracia nunca correu tanto risco depois da retomada de 1988, e o governo federal tem zombado do Estado democrático de Direito” afirmou.

*Jamil Chade/Uol

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Globo e Merval, com uma no cravo e outra na ferradura, atacam Bolsonaro e defendem Moro, o seu criador

A mesma Globo que banca a promotora de Bolsonaro no genocídio promovido por ele, é quem defende o ex-juiz que, em acordo espúrio com o mesmo Bolsonaro, condenou e prendeu Lula para o genocida se eleger e recompensá-lo.

Essa relação que o mundo inteiro escancarou e que também foi denunciada pelo excelente artigo do Le Monde que expôs as vísceras do lavajatismo, é absolutamente apagada de qualquer narrativa da Globo sobre o genocídio, o genocida e quem o colocou na cadeira da presidência.

Lógico que essa narrativa forçada tem um único objetivo, insistir na condenação de Lula e tirá-lo da eleição, agora, de 2022, como foi feito em 2018, mesmo sabendo que jamais Moro apresentou prova de qualquer delito de Lula.

Assim, a orientação do jornalismo da Globo é focar na salvação de Moro, o que consequentemente significa a condenação política de Lula, tendo o STF como fiel da balança, seja no caso do HC de Fachin ou na Segunda Turma que votou pela suspeição de Moro.

O problema maior que está posto, inclusive na matéria do Le Monde que a Globo faz questão de censurar, é que os Marinho e Moro se confundem nessa trama macabra, assim como a Globo.

Se o STF mudar o seu entendimento para atender a Merval e cia, estará salvando não somente Moro, mas a reputação da Globo, sócia do ex-juiz que colocou o genocida no poder. E é nessa emboscada que a própria Globo se meteu tentando criar uma narrativa sobre Bolsonaro a partir dele próprio e não por uma trama criminosa que envolveu uma recompensa ao juiz corrupto.

Claro que, tanto por Merval quanto pelo editorial de O Globo de hoje, essa trama é absolutamente esquecida, pois querem construir Moro a partir de Moro e Bolsonaro a partir de Bolsonaro quando, na verdade, a tragédia brasileira que já matou 360 mil brasileiros, começa efetivamente com o golpe em Dilma, com a participação efetiva da Lava Jato, até a chegada de Bolsonaro ao poder em que a Lava Jato foi tão direta que o juiz corrupto, protegido pela Globo, recebeu uma espécie de prêmio Faz Diferença de Bolsonaro com a pasta da Justiça e Segurança Pública.

A decisão será do STF se aceitará ou não ser pautado pela redação da Globo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A vergonhosa censura imposta a Marcelo Lins quando citou da matéria do Le Monde contra a Lava Jato

Marcelo Lins, repórter da GloboNews e um dos participantes do programa Estúdio I, comandado por Maria Beltrão, foi ignorado solenemente logo após fazer um breve comentário sobre a matéria do Le Monde que diz textualmente: A maior operação anticorrupção da história do Brasil tornou-se seu maior escândalo jurídico.

Pois bem, assim que Lins terminou a sua fala elogiando a matéria que traz um raio-x de uma operação criminosa chamada Lava Jato que, segundo ele, foi romantizada no Brasil pela nossa mídia, devolveu a palavra a Maria Beltrão esperando que ela colocasse a matéria em debate, e ela, certamente recebendo pelo ponto ordem de censura, mandou abortar a prosa, e usou uma saída patética pedindo para que Lins repetisse o nome do jornal em francês e não o conteúdo, porque ela adora a língua francesa e encerrou o assunto.

Isso mostra que ninguém censura mais a justiça do que a própria grande mídia, sobretudo quando ela é parte de uma matéria em que é acusada de conluio com os criminosos, como é o caso da acusação que o Le Monde faz à Globo que se uniu aos criminosos que comandavam a república de Curitiba.

Ou seja, o assunto Le Monde, Lava Jato e Globo está com censura prévia pela emissora dos Marinho.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Eduardo diz que o pai autorizou a divulgação da conversa, mas Kajuru foi antiético

Como se esperava, depois da lambança envolvendo Bolsonaro e Kajuru, em jogo combinado, os cachorros começam a morder o próprio rabo.

Esse foi o caso não só de Eduardo Bolsonaro, como dos próprios entrevistadores do programa bolsonarista, Direto ao Ponto, na Jovem Pan, comandado por Augusto Nunes que, tudo junto e misturado, acabou se transformando numa sinfonia de trapalhões, já que Kajuru tinha sido tratado a pão de ló no mesmo programa por ordem do próprio Bolsonaro, porque todos sabem que através da Secom que irriga a Jovem Pan com um polpudo patrocínio, a rádio que virou televisão, transformou-se numa patética máquina de propaganda do governo genocida.

Então, como consertar o que não tem conserto? Tentando criar uma trapalhada maior do que a primeira?

Seja qual for a intenção, a lambança já foi feita e quanto mais se mexe, mais fede.

Ninguém consegue entender aonde Kajuru quis chegar, já que sempre foi um dos maiores lambe-botas de Bolsonaro e não teria sentido o próprio a entregar a cabeça de Bolsonaro na bandeja para Barroso exigir que a CPI contra o genocida fosse aberta no Senado em respeito à lei das minorias.

A resposta de Eduardo Bolsonaro sobre o primeiro desdobramento da lambança, que foi o próprio Bolsonaro dizer que não tinha dado permissão a Kajuru para divulgar a gravação do telefonema e, três frases depois, pedir para o senador divulgar o resto, pois “tinha mais coisas ali”, já mostra que toda essa lambança, se não foi combinada em detalhes, por algum motivo que ninguém normal possa imaginar, agora, o filho Eduardo, diz que o pai autorizou sim, mas Kajuru foi antiético ao divulgar.

Sem sombra de dúvida, mostra que a medusa do Planalto está batendo cabeça e, tudo indica, isso será mortal para ela.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Cármen Lúcia pede que STF julgue queixa contra Bolsonaro por genocídio

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia pediu que o presidente da Corte, Luiz Fux, marque julgamento de uma notícia-crime apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suspeita de genocídio contra indígenas na pandemia de coronavírus.

O objetivo é julgar se a PGR (Procuradoria-Geral da República) deve abrir ou não um inquérito para investigar o presidente por sua conduta ao vetar trecho de lei para assistência a indígenas durante a crise sanitária, que previa garantia de fornecimento de água potável e insumos médicos. A queixa ainda menciona a gestão do presidente na pandemia em relação ao restante da população.

O procurador-geral, Augusto Aras, já se manifestou contra a abertura do inquérito. Mas houve recurso, e o caso começou a ser analisado no plenário virtual. Após pedido de Edson Fachin, o caso foi remetido ao plenário comum do Supremo, cujas sessões ocorrem às quartas e quintas-feiras, com todos os ministros presentes (por videoconferência ou na própria Corte).

“A manifestação do senhor ministro sobre a questão posta será oportunamente apresentada, quando da prolação de seu voto”, disse o gabinete de Fachin em resposta ao UOL.

A reportagem apurou que Fux ainda não conversou com Cármen Lúcia sobre o conteúdo do processo ou a data do julgamento. A agenda de processos está lotada e, a princípio, isso só seria analisado a partir do segundo semestre, quando termina o mandato de Aras.

Bolsonaro agiu para povo contrair covid, diz defesa

A queixa-crime foi apresentada pelo advogado André Barros. Segundo a defesa de Barros, feita pelo advogado Luís Maximiliano Telesca, os crimes de genocídio não se referem apenas aos indígenas, mas a toda a gestão de Bolsonaro na pandemia. Ele usa estudos do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (Cepedisa), da Universidade de São Paulo, para chegar a esse raciocínio.

“O presidente da República buscou, de maneira concreta, que a população saísse às ruas, como de fato saiu, para que contraísse rapidamente a doença, sob a falsa informação da imunização de rebanho”, afirmou ele na sexta-feira (9), em petição ao Supremo.

Se o STF acatar o arquivamento, serão fechadas as portas do Judiciário para a apuração deste genocídio contra o povo brasileiro”Max Telesca, advogado do autor da ação

Bolsonaro agiu com a Constituição, diz Aras

Aras defendeu o ato de Bolsonaro ao vetar o repasse de insumos aos indígenas porque não havia indicação de orçamento para isso, o que viola a Constituição.

O que o noticiado [Bolsonaro] fez, portanto, foi cumprir o seu dever de vetar parcialmente projeto de lei. Caso não agisse assim, poderia ser responsabilizado”.

No Supremo, o mais comum é que os ministros confirmem os arquivamentos pedidos pelo Ministério Público. No entanto, existe uma exceção: quando o procurador confirma que os fatos e as atitudes foram realizados pelo acusado, mas entende que a prática não pode ser considerada crime. E esse foi o entendimento de Augusto Aras no caso do veto à lei para proteger indígenas.

STF poderia fazer investigação, diz professor

Lenio Streck, doutor em direito e professor da Unisinos, entende que se está “diante de um terreno pantanoso”. Para ele, se o STF decidir que o inquérito deve ser aberto, é possível que o próprio tribunal assuma a investigação, a exemplo do que ocorreu no polêmico “inquérito das fake news”.

O inquérito, me parece, pode ser aberto pelo STF. Provavelmente se fará a análise da atipicidade [se houve crime ou não]”Lenio Streck, doutor em direito

Thiago Bottino, pós-doutor em direito e professor da Fundação Getúlio Vargas, entende que, caso a investigação seja aberta, tudo poderia ser investigado, não só em relação aos indígenas. No entanto, ele entende que Aras não fará isso, pois é contra o seu entendimento. Então, Bolsonaro poderia ser investigado pelo sucessor dele na PGR.

“Se recusarem o arquivamento, ainda que não seja investigado agora, mantém uma ‘porta aberta’ para ser investigado pelo próximo procurador-geral”, avaliou Bottino. Isso pesaria na escolha de Bolsonaro para quem vai assumir a cadeira de PGR, avalia.

O criminalista Roberto Darós, mestre em direito processual penal pela Universidade Federal do Espírito Santo, concorda que o caso ficaria nas mãos do próximo procurador. Mas, para ele, essa possível investigação será um “arbítrio do ato político de exceção”.

O STF está confundindo ‘ativismo judicial’, que se fundamenta no princípio da cooperação, que não tem nada a ver com ‘justiça de exceção’. É preciso direcionar o país no caminho da democracia”Roberto Darós, mestre em direito

Mesmo que a investigação seja feita à revelia do Ministério Público, a questão ficaria mal resolvida, entendem os estudiosos. Quem vai oferecer denúncia? Um cidadão poderia fazer uma ação criminal, mas Streck destaca que ela “teria muito menos chance de ser aceita” pelo próprio STF. “Está em jogo a soberania do Ministério Público.”

*Com informações do Uol

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OMS começa a perder a paciência com Bolsonaro, diz jornal francês

“Brasil: nenhum lockdown à vista apesar da explosão da pandemia”, lamenta nesta segunda-feira (12) o jornal Les Echos. O diário econômico francês, que é referência no meio empresarial, escreve que “apesar de um tributo humano cada vez mais pesado e insuportável, o presidente Jair Bolsonaro resiste ao lockdown desejado pela comunidade científica”. “Ele terá de responder a uma comissão parlamentar de inquérito”, informa o correspondente em São Paulo, Thierry Ogier.

A média de vítimas continuou acima de 3 mil pessoas por dia nesse final de semana, e o número de mortos continua aumentando. “Até a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a perder a paciência diante de uma pandemia cuja ‘trajetória vai na má direção'”, observa o veículo. “O número de casos e mortes vem crescendo há seis semanas”, nota Maria van Kerkhove, epidemiologista da OMS. O país ultrapassou 350 mil mortes no fim de semana.

Mas Bolsonaro voltou a descartar a possibilidade de adotar um lockdown nacional. Les Echos cita a declaração recente na qual o presidente de extrema direita afirmou que não colocaria o “exército nas ruas para forçar o povo a ficar em casa”. Discurso que foi reiterado pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que disse que a polícia vai “garantir a todos a liberdade de ir e vir com serenidade e paz”.

O jornal gratuito 20 Minutos mostra que a maioria dos pacientes hospitalizados em cuidados intensivos no Brasil tem menos de 40 anos de idade, uma situação “alarmante” que é explicada pela variante brasileira P1, mais contagiosa e letal que as cepas anterior.

População dividida

A intransigência de Bolsonaro não surpreende a comunidade científica brasileira, mas causa irritação. Ouvida pela reportagem, Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, conta que “desde o início da pandemia, tem sido assim”. O governo federal insiste que medidas preventivas não são necessárias e, hoje, a população está dividida. “Tem muita gente que acaba acreditando no presidente e não adere às medidas preventivas”, lamenta a microbióloga.

Les Echos explica que os partidários de Jair Bolsonaro asseguram que é melhor “abrir” a economia a todo custo. Mas, na prática, o Brasil perde nas duas frentes. “Eles dizem que o lockdown vai arruinar a economia. Mas hoje vemos, por um lado, que a economia já está arruinada por um ano de pandemia e temos, por outro lado, até 4 mil mortes por dia”, destaca Pasternak.

Lockdown necessário

Como a maior parte de seus colegas, essa microbiologista é a favor de medidas de contenção rígidas, assinala o Les Echos. “Nunca tivemos isolamento no Brasil, como houve em Portugal ou na Inglaterra, e isso nos conduziu à situação atual”, afirma.

A única exceção nesse cenário dramático é a cidade de Araraquara, município do interior de São Paulo, que conseguiu reduzir o número de mortes após 10 dias de lockdown local. Mas no resto do país a situação permanece crítica, com falta de leitos, equipamentos e anestésicos nos hospitais.

Paulo Almeida, do mesmo instituto, teme um futuro sombrio. “Enquanto Bolsonaro estiver à frente do país, o governo federal não apoiará esse tipo de medida”, conclui o diretor-executivo do IQC.

*Com informações do Uol

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Telefonema provoca bate-boca e amplia desgaste de Bolsonaro em Poderes

Kajuru rebateu ministros do STF e disse que não faz teatro; Flávio Bolsonaro acionou Conselho de Ética.

A publicação da conversa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) sobre a CPI da Covid provocou nesta segunda-feira (12) um bate-boca que atingiu outras autoridades e ampliou o desgaste do governo com o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).

O conteúdo da ligação telefônica, que veio a público no domingo (11) e teve uma segunda parte divulgada no dia seguinte, expôs a pressão de Bolsonaro para que o Senado amplie o escopo da CPI que investigará responsabilidades na pandemia, de forma a atingir também prefeitos e governadores.

A instalação da comissão parlamentar de inquérito sobre a atuação do governo federal na crise sanitária foi determinada na quinta-feira (8) pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, em decisão monocrática que deverá ser julgada no plenário físico da corte nesta quarta-feira (14).

A exposição da conversa, feita por Kajuru em redes sociais, mostrava o presidente dizendo que, se os senadores não alargarem o foco de investigação da CPI, incluindo apurações sobre as ações de governos estaduais e prefeituras, serão escrutinados apenas o governo federal e seus aliados.

No diálogo, o chefe do Executivo também estimulou o senador a atuar pelo impeachment de ministros do STF, sugerindo que dá para fazer “do limão uma limonada”.

Na manhã desta segunda-feira, ao conversar com simpatizantes em Brasília, Bolsonaro condenou o registro e a divulgação do diálogo, indicando que não sabia que estava sendo gravado.

“O que está em voga hoje em dia é que eu fui gravado numa conversa telefônica. A que ponto chegamos no Brasil aqui. Gravado”, disse Bolsonaro, segundo imagens divulgadas na internet por um apoiador.

“Não é vazar. É te gravar. A gravação é só com autorização judicial. Agora, gravar o presidente e divulgar. E outra, só para controle, falei mais coisas naquela conversa lá. Pode divulgar tudo da minha parte, tá?”, complementou o presidente na porta do Palácio da Alvorada.

Kajuru, durante entrevista à Rádio Bandeirantes ainda pela manhã, decidiu então divulgar um trecho ainda inédito. Nele, Bolsonaro chamou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de “bosta” e afirmou que teria que “sair na porrada” com o autor do requerimento de criação da CPI da Covid.

“Se você [Kajuru] não participa [da CPI], vem a canalhada lá do Randolfe Rodrigues para participar e vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desses”, afirmou o presidente.

À rádio Kajuru disse ter avisado a Bolsonaro às 12h40 de domingo que, em 20 minutos, divulgaria o áudio da conversa. De acordo com o parlamentar, todos sabem que ele grava seus contatos telefônicos e que já divulgou outros diálogos que teve com Bolsonaro.

O senador relatou que em nenhum momento o presidente pediu que ele não publicasse o áudio. Afirmou ainda que omitiu o ataque a Randolfe para proteger o chefe do Executivo, que a ofensa foi desnecessária e que, ao ouvi-la, pediu calma a Bolsonaro e disse não ser “hora disso”.

Randolfe disse à Bandeirantes que “o presidente devia ter coisas mais importantes para se preocupar do que chamar senador para briga de rua”. “Eu não sei o presidente, mas eu não tenho idade para participar de briga de rua”, respondeu o parlamentar de oposição.

À Folha Kajuru disse que sua ligação não foi nenhuma armadilha para Bolsonaro e que não estava fazendo nenhum “teatro” durante a conversa, diferentemente do que interpretaram ministros do STF.

Segundo magistrados ouvidos pela coluna Mônica Bergamo, o diálogo poderia ter sido armado pelos dois para constranger ministros da corte. Ministros disseram acreditar que a conversa não teria sido espontânea, mas, sim, combinada previamente.

No plenário do tribunal, a tendência é que a decisão de Barroso pela instalação da CPI seja mantida, mas os ministros articulam um meio-termo: a comissão só começaria a funcionar depois que o Senado voltasse a se reunir presencialmente, com um risco menor de contaminação pela Covid-19.

Os ataques de Bolsonaro aos ministros causaram turbulência justamente no momento em que o tribunal discutia um entendimento que, em tese, pode beneficiá-lo, protelando a instalação da CPI. As conversas no STF se intensificaram no fim de semana, mas ainda não há conclusão definitiva sobre o assunto.

O ministro Marco Aurélio Mello disse ao Painel que as afirmações do presidente causam perplexidade. “Em tempos estranhos nada surpreende, deixa a todos perplexos”, afirmou.

“Se alguém fez teatro foi o presidente Bolsonaro. Eu não fiz teatro nenhum, não. Eu fui reivindicar o meu direito de cobrar dele para ele ser justo e não colocar todo o mundo [todos os senadores] na mesma vala”, afirmou Kajuru à Folha.

“Eu não faço parte de teatro. Que esses ministros me respeitem. Eu respeito alguns só, tanto que estou pedindo impeachment de Alexandre de Moraes e no ano passado pedi do Gilmar Mendes. […] Não tenho nada que comentar uma barbaridade dessa, dita dessa forma”, continuou.

O senador insistiu que não participa “de teatro nenhum” e afirmou que esse papel é feito, na verdade, pelo Supremo. “Basta ver os julgamentos, com esses placares de 6 a 5. Ali que é teatro. Me respeitem.”

Kajuru disse também que o presidente teve chances de se opor à divulgação, mas que não o fez e apenas nesta segunda “mudou de ideia”, muito provavelmente após ter sido alertado de que cometeu erros.

O senador afirmou que telefonou para Bolsonaro “exclusivamente para reclamar dele”. “Ele não foi correto com outros senadores e nem comigo, ao generalizar todos os senadores que queriam fazer só uma CPI contra ele, que ele chamou de ‘CPI Sacana’. […] Chegou a chamar de canalhada todo o mundo.”

Ele disse que divulgou o material porque o considerava importante. “Eu decidi colocar no ar porque é público, eu disse no Senado, na tribuna do Senado, que toda conversa minha com político eu gravo. […] Não vi crime nenhum, porque toda vez que conversei com ele, sobre diabetes, sobre outros assuntos, eu botei no ar a nossa conversa. E ele nunca reclamou. Por quê? Porque quando era bom não reclamava.”

Kajuru afirmou ainda que a divulgação da gravação ajudava a esclarecer outros senadores sobre o posicionamento do presidente.

“Eu pensei que isso aí esclarece de vez aos outros senadores que o Bolsonaro, pela primeira vez, disse que não é contra a CPI, porque eu fiz ele falar isso. Ele falou assim: ‘Não, Kajuru, se ouvir governadores e prefeitos, tem mais é que ter CPI mesmo, pronto, acabou, não estou nem aí. Coloca tudo pra frente, impeachment, CPI, mas tem que ouvir governadores e prefeitos’.”

*Com informações da Folha

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Vídeo – Kajuru denuncia: Bolsonaro se recusou a receber presidente da Pfizer, que oferecia vacinas

O presidente da Pfizer teria aguardado Bolsonaro por dez horas e, mesmo assim, não foi atendido. Kajuru afirma que “um ex-ministro da Saúde” pode confirmar a história.

O senador Jorge Kajuru, em meio aos dois vazamentos de conversa gravada com Jair Bolsonaro, concedeu entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (12) e denunciou: Jair Bolsonaro teria se recusado a receber o presidente da Pfizer em 2020.

Segundo o parlamentar, o presidente da farmacêutica teria esperado por dez horas no Palácio do Planalto e, mesmo assim, não foi atendido. “O presidente da Pfizer veio ao Brasil no ano passado para oferecer vacina ao presidente Bolsonaro. Ele chegou no Palácio às 8h. Às 18h, olha o tempo que ficou lá, o chá que ele levou. Às 18h veio dizer a ele que o presidente não poderia atendê-lo. Isso é gravíssimo”.

Kajuru afirma que a história pode ser confirmada por “um ex-ministro da Saúde”. “Há provas de que isso aconteceu. Tem um ex-ministro que conta essa situação, que ele participou disso, ele viu. Um ex-ministro da Saúde que na hora certa todo mundo saberá”.

Questionada sobre a declaração do senador, a Pfizer afirmou que a informação não procede.

O Palácio do Planalto não se manifestou.

*Com informações da CNN/247

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OMS: pandemia sofre “aumento exponencial” e não será freada só com vacinas

Os números de novos casos de covid-19 sofrem um “aumento exponencial”, a pandemia vive um momento “crítico” e está “longe de terminar”. O alerta é da OMS (Organização Mundial da Saúde), que aponta ainda que governos e populações não podem apostar apenas nas vacinas. Para a entidade, a crise precisa ser freada com medidas de saúde pública, como distanciamento social e isolamento. Se isso for adotado, a pandemia pode ser controlada em “questão de meses”.

A OMS também anunciou um plano para aumentar a produção de vacinas no mundo, mas com um impacto que será sentido apenas no final do ano ou em 2022.

De acordo com a entidade, o mundo registrou a sétima semana consecutiva de aumento nos números de pessoas contaminadas, com 4,4 milhões de casos em apenas sete dias. A taxa é 9% superior aos dados da semana anterior, além de um aumento de 5% no número de mortos. Há um ano, eram 500 mil novos casos por semana.

“Entre janeiro e fevereiro, vimos seis semanas de queda na pandemia. Agora, são já sete semanas de aumento de casos e quatro semanas de aumento de mortes”, alertou Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, que lembrou que a semana passada foi a quarta maior em termos de números totais.

Além do Brasil, os casos voltaram a subir na Índia, Ásia e Oriente Médio. “Isso tudo mesmo com 780 milhões de vacinas sendo distribuídas”, afirmou.

Para ele, vacinas são vitais e poderosas”. “Mas não são e não devem ser os únicos instrumentos”, alertou. Tedros voltou a implorar para que governos adotem medidas de distanciamento social, máscara, promovam lavar as mãos, além de testes e isolamento. “São medidas que funcionam”, insistiu.

De acordo com Tedros, “confusão, complacência e inconsistência” por parte de governos estão levando a aumento de casos e “custando vida”. “Precisamos de consistência”, disse.

“Países já mostraram que podem parar o vírus com medidas de saúde pública”, disse. “Eles controlaram o vírus e podem ir a eventos, esportes e ver a família”, afirmou.

Tedros garantiu que a OMS não quer um cenário de “lockdowns sem fim”. “Queremos ver a reabertura da sociedade. Mas, neste momento, UTIs estão lotadas e pessoas estão morrendo”, disse.

Alertando que tudo isso poderia ser evitável, Tedros ainda criticou o fato de que, em países com forte transmissão, pode-se ver mercados abertos, restaurantes e nightclubs funcionando.

“Alguns pensam que, por serem jovens, não importa se estão doentes”, disse. “Isso não é uma gripe. Jovens com saúde morreram e não sabemos as consequências de longo prazo”, alertou o diretor. “A pandemia está longe de terminar”, insistiu.

Medidas controlariam vírus em “questão de meses” Apesar do alerta, o diretor indicou que governos que agiram de forma correta conseguiram colocar um fim ao momento mais grave da crise. “Nos dois primeiros meses do ano, vimos uma queda e isso mostrou que o vírus pode ser parado. E ele pode ser freado em questão de meses. Mas depende de governos e pessoas. A escolha é nossa”, completou Tedros.

“Estamos num momento crítico. São 4,4 milhões de casos em uma semana e os números crescem de forma exponencial”, disse Maria van Kerkhove, diretora técnica da OMS. “Não é a situação em que gostaríamos de estar. Todos vão precisar reavaliar suas atitudes e o que estamos fazendo. As vacinas ainda não chegaram”, alertou.

Segundo ela, governos precisam reavaliar suas políticas de testes, se contam com locais adequados de trabalho, se existem medidas de controle de importação de casos e outras ações. “Temos de ser sérios”, insistiu.

*Jamil Chade/Uol

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